Capítulo dezenove: Eu te amo amoremio

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— E onde vamos? — perguntei a Conrado assim que entramos no carro.
— É uma surpresa. — disse ele ao me dar um beijo rápido na boca e ligou o carro. Seguimos conversando sobre nossos gostos musicais que sempre mudava conforme nosso humor. Nunca pensei que pudéssemos ter algo em comum.

Quando papai me fez a proposta de me passar por Isabella e casar com Conrado, fiquei em Pânico. Como eu poderia casar com uma pessoa que nunca vi? Como seria essa relação? Principalmente depois de descobrir que no acordo que Sr. João havia deixava, estava claro a menção de um herdeiro. Nunca entendi ao certo o porque ele deixou isso como desejo. Se já não bastasse o casamento arranjado, tinha também que gerar um herdeiro. Tudo era muito estranho. Más, ao ver a real situação da empresa, e como a minha irmã estava prostrada naquela cama, fui vencida pela emoção. Eu precisava ajudar minha família de alguma forma. A empresa era tudo o que tínhamos, e Isabella era o legado de minha mãe. Eu não poderia fechar os olhos pra isso.

Fiquei surpresa e animada quando Conrado parou o carro na calça de uma modesta cada mais afastada da cidade. Descemos, e vi, que o lugar era simples e tranquilo. Quase não tinha casas por perto. A casa parecia um chalé. Era bem agradável. Conrado abriu a porta da casa e entramos. E por dentro, a casa era ainda mais bonita e simpática do que eu pensava.

A casa era um grande cômodo dividido os cômodos pela decoração que era simples e aconchegante, sem luxo ou glamour, diferente da mansão onde morávamos.

— Gostou? — perguntou ele enquanto eu observava tudo ao nosso redor.
— É lindo aqui. — falei.
— Sabia que ia gostar. Essa casa era do meu avô, foi uma das poucas propriedades que ele não desfez depois que fez fortuna. Ele morava aqui quando era solteiro e a família não tinha tantas posses como tem hoje. Ele dizia que essa casa era especial, foi aqui que ele viveu os melhores momentos de sua vida. — disse ele me olhando atentamente.
— Ele, a trouxe aqui? — perguntei quando tudo fez sentido. Conrado fez que sim. E ali pude entender, foi naquela casa que por breves instantes, minha avó foi feliz e amada um dia. Aquele lugar era muito especial.
— Isabella, eu não sei o que o futuro tem reservado pra nós, más, quero que saiba que, você é muito especial pra mim. — disse ele me olhando. Eu não conseguia dizer nada, apenas o olhava fixamente. —  Você me deu um novo sentido pra continuar. Nunca pensei que, o acordo louco do meu avô fosse dar certo. — disse ele com um leve sorriso. — Eu concordei com tudo isso, porque não queria dizer não pra ele, porque sabia que sua família precisava de ajuda, e porque, eu já estava cansado da solidão. Mais hoje percebo, que, não sei como pude viver por todos esses anos sozinho sem você. É como se, não tivesse tido vida antes de você, é como se eu estivesse todo esse tempo no piloto automático, eu estou vivendo agora, ao seu lado. — vi Conrado se abrir diante de mim, e não pude me conter. Tudo estava acontecendo rápido, mais era tão intenso só mesmo tempo.
— Eu te amo. — falei como num susurro. Ele me olhou atentamente. Como se processasse o que eu dizia. — Eu te amo amore mio.  — falei em alto e bom som. Conrado me olhou com um sorriso marcante em seu rosto.
— Eu também te amo Isabella. — Isabella.

Aquele tinha sido um momento tão lindo, intenso, mágico, e vi tudo sendo estragado por um simples nome, Isabella.

Porque todas as vezes em que dávamos um passo pra frente, parecia que andávamos dois pra trás. Como já diria minha avó, a mentira tem perna curta. Mais como? Como eu poderia dizer a ele ali, naquele momento, que não, eu sou quem você pensa que sou, eu não sou Isabella. Seu coração me ama más sua boca diz o nome de outra. Deus, que tormento é viver assim!

— Aconteceu alguma coisa? — perguntou ele diante de meu silêncio.
— Não, está tudo bem. — forcei um sorriso.
— Então venha. Preparei uma noite especial pra nós. — disse ele ao me abraçar.

Sentir seu calor,  seu corpo, me acalmou magicamente. Conrado era o remédio certo pra dores erradas. Não era para mim estar passando por tudo aquilo, mais a vida parecia querer brincar comigo ultimamente.

Jantamos e brindamos a nós, a nosso futuro. Depois, Conrado me levou até a parte de trás da casa, onde havia uma vista linda de toda a cidade. E ali ficamos, conversando e fazendo planos de um futuro incerto, pelo menos pra mim. E quando o sono chegou, entramos. Mais antes de adormecemos, nos entregamos novamente um ao outro, fazendo a chama da paixão reacender minhas esperanças.

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