A Primeira Eterna - Livro 1 - Karlena

Capítulo 14 - Cruzando com um Soldado

Lena Luthor  |  Point of View

Passamos a tarde juntas. Samantha ficou impressionada com o modelo do carro, descobri que ela era obcecada por carros e seus detalhes desde a parte mecânica até o designer assim como eu. Brainy não parava de ligar para Nia, teve uma hora que eu me estressei, então eu peguei o celular da mão dela que no momento falava com Brainy e joguei-o pela janela do carro.

Ela ficou chocada e começou a brigar, mas se acalmou quando prometi comprar um novo. Não levou muito tempo e o celular da Sam começou a tocar, só foi dar um olhar severo para ela e a mesma desligou o celular no segundo seguinte.

Ao final da tarde fui até a casa dos Zor-El para deixar as duas. Quando eu vi a mansão era realmente linda, eles sem dúvidas tinham um ótimo gosto. Logo que o carro foi estacionado. Brainy apareceu correndo tirando a Nia do carro, abraçando-a apertado.

— Está tudo bem com você? – Ele perguntou preocupado.

Ela bufou e revirou os olhos.

— Claro que sim, Brainy. – Ela murmurou.

— E por que desligou o celular? Digo o mesmo para você Samantha. – Brainy falou exaltado.

— Por favor, né Brainy. Você não parava um segundo sequer de ligar para Nia, aquilo estava ficando insuportável para qualquer um. – Sam resmungou.

— O que aconteceu para você não atender ou pelo menos retornar minhas ligações? – Ele continuou a conversa ignorando completamente o que Sam disse.

Aquilo estava ficando irritante e Nia parecia injuriada com a situação.

— Eu joguei o celular dela fora. – Eu disse simplesmente.

Ele virou para me encarar primeiramente incrédulo para depois me olhar irado.

— E posso saber por que fez isso? – Sua feição não era nada agradável, mas não me intimidei nenhum pouco.

— Sua irmã já respondeu só que você preferiu ignorá-la.

— Não me venha com essa. Você não tem o direito de me impedir de falar com ela quando eu quiser!

Estreitei os olhos o encarando, eu estava começando a ficar impaciente com ele.

— Não, não tenho mesmo, mas suas ligações intermináveis estavam me dando nos nervos, então fiz o que achei melhor não só para mim como para todas que estavam no carro.

— O que? – Não acreditei que ele ficou furioso só por eu ter jogado o celular fora. Por algum motivo comecei a ficar assustada, estranho eu nunca me intimidei com ninguém antes e agora esse sentimento de apreensão estava me fazendo ficar desconfiada. Isso não era normal. — Ora sua...

Antes que ele continuasse alguém o cortou.

— Querl Zor-El! – Ouvi a voz autoritária de Alura na escada. — Cuidado com as palavras que saem da sua boca.

Virei meu rosto em direção à mulher que estava parada em frente à entrada da sala com a expressão decepcionada.

— Não é assim que tratamos as visitas. – Disse Alura. — Agora peça desculpa a ela.

Uou! Isso começou a ficar interessante.

Os outros parentes de Brainy apareceram ao lado de Alura e pareciam se divertir tanto quanto eu com a situação.

— É melhor obedecer nossa mãe, irmãozinho. – Alex riu alto.

Brainy olhou colérico para Alex, mas por fim suspirou e voltou a me olhar.