A Primeira Eterna - Livro 1 - Karlena

Capítulo 24 - Recordações

Lena Luthor  |  Point of View

Olhei em volta a procura de Lori e nada dela, peguei meu celular para conferir a hora e meu vôo não tinha adiantado e nem atrasado, eu cheguei na hora combinada, mas pelo visto ela não estava aqui.

Disquei o número do seu celular e esperei ela atender.

— Oi mamãe, já chegou? – Ela perguntou.

— Você saberia se estivesse aqui! – Bufei irritada eu odiava esperar. — Onde você está?

—  Em casa. – Ela respondeu simplesmente.

Eu não acreditei quando ela tinha dito isso, ela ainda estava lá. Mais que porra ela estava fazendo lá? Ela levaria horas até chegar aqui em Seattle.

— Diga que você está brincando?! – Falei desacreditada.

— Não estou! – Ela falou. — E não se preocupe, alguém está aí para te buscar.

Franzi o cenho.

Que história é essa que ela mandou alguém vir me buscar?

— Até logo mamãe, beijinhos. – Lori falou e desligou o celular.

Fiquei olhando para o objeto na minha mão em descrença, mas logo eu senti um cheiro deliciosamente familiar. Apesar de saber que ela estava atrás de mim, não virei o rosto para olhá-la.

Senti seu corpo quase colado ao meu.

— Confesso que fiquei surpresa ao saber que você quem veio me buscar. – Comentei com um sorrisinho.

Ouvi o seu riso e ela inclinou a cabeça depositando um beijo no meu pescoço. Meu corpo correspondeu automaticamente com meus pêlos se arrepiando pela sensação.

Fechei os olhos deliciada.

— Não foi difícil convencer Lori de me deixar vir buscá-la. – Kara disse quando separou seus lábios do meu pescoço.

— Por que quis me buscar? – Falei enquanto sentia seu nariz deslizando pelo meu pescoço inalando o cheiro da minha pele.

— Querer ficar alguns minutos a mais com você, não basta? – Ela sussurrou e logo em seguido mordiscou o lóbulo da minha orelha.

Céus! O que aquela mulher fazia comigo? Eu estava completamente derretida com uma simples carícia.

Essas duas semanas sem ter seu corpo me satisfazendo me fez grande falta.

— Acho que minutos não bastam, mas talvez algumas horas. – Falei com a voz rouca de desejo e a ouvi rosnar.

Ela girou meu corpo fazendo com que eu ficasse de frente para ela.

Kara ficou me olhando por um tempo e sorriu afagando meu rosto.

— Senti saudades! – Murmurou.

— Eu também. – Sussurrei.

Kara arregalou os olhos quando eu disse. É tão impossível acreditar que senti saudades de alguém, que eu saiba isso não tem nada demais, pelo contrário é bom, não é?

— Você... Você está falando sério? – Ela perguntou em choque.

— Por que essa surpresa? – Cruzei os braços. — Acha que sou incapaz de sentir saudades? – Questionei séria.

— Não Lee, não pense nisso. Só fiquei surpresa. – Kara disse desesperada. — Não achei que você sentiria saudades de uma garota como eu.

Revirei os olhos.