A hope in time- Hope Mikaelson

Eternamente culpado

                         Hope Andrea Mikaelson:
Pular naquele poço foi, surpreendentemente, a coisa mais difícil que eu já fiz. Não sou inexperiente ou estranha à morte, entretanto, ela sempre parece pegar-me de surpresa. Passei minha vida inteira desejando e idealizando meu fim, queria que todo sofrimento e toda culpa fossem embora. Contudo, quando chego perto de realizar minha mais sombria vontade, algo parece prender-me à vida. A perspectiva de um mundo onde meu corpo e minha memória não existem mais, traz-me mais angústia do que eu gostaria de admitir.

Quando decidi sacrificar-me pelo bem maior, imaginei que, como recompensa, iria encontrar a paz e ver meus pais novamente. Estar caminhando em meio a escuridão não estava nos meus planos. Malivore era um eterno vazio, não havia nada além de angústia e de desamparo. Conseguia sentir a presença e ouvir, constantemente, sussurros e grunhidos das criaturas que haviam sido capturadas pelo patético monstro de lama.

De repente, sinto uma força sobrenatural puxar-me e, quando olho para cima, vejo que uma luz havia formado-se, como se fosse um buraco negro ou algo do gênero. Aquilo poderia representar inúmeras possibilidades, mas gostaria de pensar que era alguma passagem para atingir a paz, contudo, meu pessimismo crônico não me permitia pensar de maneira tão ingênua e otimista. Ao sentir meus pés sairem do chão, algo puxa-me de volta para superfície.