Metáfora para controle

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ALERTA GATILHO: nesse capítulo irá ser abordado o transtorno obsessivo compulsivo (TOC) de maneira detalhada. A leitura não é recomendada para pessoas que possuem esse tema como gatilho!!!!

 A leitura não é recomendada para pessoas que possuem esse tema como gatilho!!!!

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                        Hope Andrea Mikaelson: Eu sempre odiei perder o controle

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Hope Andrea Mikaelson:
Eu sempre odiei perder o controle. A minha vida inteira fui oprimida pelo meu próprio poder, com medo de me irritar um pouco mais e acabar matando alguém. Ouvia, com muita frequência, minha tia Freya falando que: "Quando pessoas como nós perdem o controle, vilarejos inteiros são queimados". Essa frase acoava pela minha cabeça constantemente. A maior parte das pessoas acreditava que ter poder era sinônimo de se sentir segura e no controle, entretanto, é o exato oposto disso. Quando completei 8 anos de idade, comecei a desenvolver maneiras de me sentir no comando, por meio de manias que foram, progressivamente, piorando. Aos 10, fui diagnosticada com transtorno obsessivo compulsivo. Há momentos em que sinto como se eu estivesse presa nesse ciclo ansiolítico. Quando meus pais morreram, foi o gatilho que faltava para que eu me isolasse do restante do mundo. Culpava-me, constantemente, pelo o que havia acorrido e as manias transformaram-se em formas de punição. Era como se eu merecesse sofrer, sem apresentar um momento de alívio ou de descanso. Os únicos períodos de tempo que não eram de absoluto tormento, davam-se quando eu pintava. Ao meu ver, a arte era uma metáfora para controle. Após algum tempo, passei a apresentar superstições e a criar situações imaginárias, que eu ficava repassando em minha cabeça diariamente.
Então, estar em outra linha do tempo, sem ter ninguém para recorrer e sem apresentar a mínima ideia de como resolver essa bagunça, era o meu inferno pessoal.

Ao olhar para o interior da igreja, vejo o caos que eu havia causado. Os bancos tinham sido arrastados para as laterais do recinto, algumas luzes haviam queimado e diversos vidros tinham estourado. Clarke estava sentado ao chão com uma cara assustada e, logo, vi que havia um corte na lateral de sua boca. Ver a situação em que eu tinha deixado Saint Louis e a expressão arisca que meu companheiro tinha em seu rosto, fazia com que eu me xingasse mentalmente por ter perdido o controle.

Hope: Eu sinto muito! Eu não queria te machucar...- exclamo, aproximando-me dele e ele se afasta sutilmente.

Clarke: Bom, acho que isso significa que você não tem notícias boas, não é?- ele questiona, levantando-se na tentativa de amenizar o clima denso que havia formado-se.

A hope in time- Hope Mikaelson Onde as histórias ganham vida. Descobre agora