Beleza na morte

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Alerta GATILHO!!!!- esse capítulo irá abordar temas como: morte, violência e suicídio. Se você é sensível a algum desses assuntos, a leitura NÃO é recomendada.

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                         Hope Andrea Mikaelson: Eu caminhava até o meu carro de forma desesperada, indo até Inadu

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Hope Andrea Mikaelson:
Eu caminhava até o meu carro de forma desesperada, indo até Inadu. Depois de tantas tentativas de me manter viva, eu seria a pessoa que colocaria todos os sacrifícios que minha família havia feito por mim, no lixo. Evitar o fim, insistentemente, era inútil, pois, algum dia, ele alcançaria todos nós. Entretanto, no meu caso, ele não seria definitivo e eu não conseguia ver isso como algo bom. Os indivíduos acham que a imortalidade é um presente, mas é exatamente o contrário. Passar a eternidade duvidando de todos que te cercam, sem ter perspectiva de descanso ou de paz, é um castigo. A verdade é que a humanidade não seria nada sem a morte, afinal, ela é responsável pela evolução, pela ciclagem da vida, pela perspectiva de um futuro e pelo sentimento de perda, que faz com que nós cresçamos em meio a dor. Ela é um presente e é ela que dá valor ao hoje.

Eu irei passar o resto da eternidade sabendo que o meu momento de me encontrar comigo mesma, novamente, nunca irá chegar. Tornar-me uma tríbrida, significaria viver uma vida sem valor e sem dignidade. Eu iria ver as pessoas que eu amo morrerem sucessivamente, tendo como o único consolo o fato de que elas não teriam ido para longe realmente. Após ter perdido meus pais e meu tio, percebi que nossos entes queridos, de certa forma, jamais nos deixam. Há beleza na morte, porque há vida nela e vice-versa. Acho engraçado quando ouço pessoas se perguntarem quando Jesus Cristo irá voltar e a resposta para esse questionamento é simples: nunca. Ele não foi embora para poder retornar. Sei que é difícil compreender e aceitar isso, porém é a única verdade que faz com que a vida continue após a morte.

Interrompo meus devaneios quando chego em meu destino. Toda vez que olhava para aquela mansão, meu estômago revirava-se. Pensar em toda violência, em toda injustiça e em todo ódio que compunham a história do local, deixava-me incrédula e brava. Assim, entro no lugar, sentindo o ar tornar-se rarefeito dentro da casa. O ambiente oprimia qualquer um que estivesse na mansão, o que era uma forma de deixar os espíritos que clamavam por redenção, em paz. Entretanto, a Hollow não parecia se importar em incomodar os mortos, o que, com toda certeza, tornava-a ainda pior do que as outras bruxas do quartel francês.

A hope in time- Hope Mikaelson Where stories live. Discover now