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Hope Mikaelson perdeu seus pais e seu tio aos quinze anos de idade. A menina precisou amadurecer precocemente e perdeu sua inocência ainda na infância. Ela precisou reestruturar sua vida e, com inúmeras intercorrências e traições, ela conseguiu...
AVISO DE GATILHO!!!: esse capítulo contém conteúdo sexual explícito. Se você é sensível a esse assunto, a leitura não é recomendada.
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Narradora: A dor do luto não era algo novo ou estranho à Freya. Durante seus 1000 anos de vida, ela já havia perdido incontáveis pessoas amadas. Sua própria tia, Dalhia, havia assassinado o amor de sua vida, causando uma dor imensurável para a jovem. A bruxa experienciou tamanho sofrimento, que fez com que ela tentasse se matar, perdendo, não somente, à si mesma, mas também, o seu filho. Portanto, ver Keelin sem vida foi uma das piores e mais dolorosas cenas que ela já havia presenciado. Enquanto a loira dirigia até Nova Orleans, Vincent e Lizzie observavam-na com um olhar preocupado. Os dois haviam acordado após a tragédia, encontrando a Mikaelson desolada. Eles não sabiam o que falar ou o que fazer para tentar acalma-lá. A mente da viúva estava inundada em pensamentos e em sentimentos de culpa, pois ela não conseguia evitar pensar no que havia dito à sobrinha. A raiva havia tomado conta de suas palavras e ela não foi capaz de medir as terríveis consequências de sua fala. Provavelmente, a mulher só havia piorado a situação e afastado, ainda mais, a humanidade de Hope. Sua fúria e seu ressentimento eram compreensíveis, porém o arrependimento e a tristeza, que habitavam em seu peito, não encaravam a situação com tamanha racionalidade e compaixão.
Vincent: Freya, o que iremos falar para o Klaus e para a Hayley?- o homem questiona cautelosamente. Ele temia a fúria do híbrido original ao descobrir que sua filha estava, definitivamente, perdida no mundo e em sua própria indiferença.
Freya: Iremos contar a verdade.- ela responde friamente. Por fora, ela estava anestesiada, era como se estivesse agindo automaticamente. A mais nova não sabia o que fazer para amenizar a situação e ela estava preocupada com a amiga. A Saltzman lembrava de como a tríbrida admirava o relacionamento da tia com a loba e de como, após a morte dos seus pais, elas acolheram e cuidaram da garota como se ela fosse filha do casal. Ela sabia que a Crescente nunca iria se perdoar, não só por matar a namorada de Freya, mas também, por privar sua pequena versão de crescer tendo um excelente exemplo de amor e de cumplicidade.- Chegamos!- a original anuncia, estacionando o carro em frente ao quartel. Assim, os três descem e se direcionam ao porta-malas. Ninguém parecia ter coragem de mexer-se, era como se o mundo e o tempo houvessem parado. Eles não estavam prontos para ver o corpo de Keelin sem vida. Vincent, apesar de estar também estar de luto, abriu a parte traseira do automóvel, sabendo que as outras duas não conseguiriam fazê-lo.
