Atrás da cortina

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😄😄😄oi
acho que é a primeira ou segunda vez que falo com vocês? não sei como funciona bem o wattpad, desculpa.
essa história é antiga e é sobre mim! literalmente, myself. e na parte antiga também me refiro ao desenvolvimento.
atualmente estou reescrevendo a história e consertando os furos, se algum dia eu finalmente conseguir terminar (principalmente por culpa da faculdade e enem) irei publicar aqui também. também vou publicar outras histórias e uma nova, se eu me lembrar talvez amanhã mesmo eu publique uma oneshot com smut/lemon, deem amor.

bom capítulo!

...

Yoongi respirou fundo. Todas as vezes que se encontrava numa consulta com o psicólogo, sentava no sofá enquanto o mesmo se aconchegava na grande poltrona. Entretanto, dessa vez seu corpo foi enrolado num abraço sufocante e gostoso. A pele quente do Kim encostada à sua, causando-lhe arrepios, sentia o respirar profundo do psicólogo, que se sentia tão confortável junto a si. Fechou os olhos, quase dormindo.

A respiração quente de Taehyung batia contra sua nuca, causando-lhe sono e alguns arrepios.
 
- Não iríamos fazer uma consulta? – Questionou baixo; Taehyung sorriu, parecendo apertar ainda mais o abraço. Yoongi era como uma pelúcia, fofo, gostoso de apertar. Tinha a cara de um gatinho fofo até.
 
- Não. Eu quero ficar assim com você pelo resto do dia.
 
Yoongi reprimiu um sorriso, sentindo seu rosto esquentar. Gostava de sentir as mãos quentinhas de Taehyung tocar seus ombros, gostava também quando elas desciam até sua cintura, num carinho gostoso, aninhando-se na busca de algum calor. Abraçados, num embolado quentinho e amoroso fazia Yoongi suspirar apaixonado, adorando tamanho afeto. Quando o Kim havia dito que mal conseguia se controlar perto do mais novo, tinha razão; agora o psicólogo vivia grudado, distribuindo beijinhos por seu pescoço e mãos. Todo o tempo que ficou segurando, havia solto agora.
 
- Você... – Puxou assunto, vendo o pálido o encarar. Os orbes brilhantes denunciavam seus sentimentos, num misto de alegria, numa expectativa daquele momento nunca acabar. – Quer falar sobre aquele assunto?
 
- Qual?
 
- Da sua madrasta.
 
O pálido respirou fundo, envergonhado. Ajeitou seu corpo, aconchegando até poder sentar no colo de Taehyung, que segurava sua mão, enquanto a outra pousava em sua coxa, numa carícia. Não sabia como começar, e mesmo que tentasse explicar da sua infância, faltariam palavras. Acariciou o queixo do outro, pensativo.
 
- Quando minha mãe morreu, meu pai conheceu uma mulher. – Iniciou, sentindo as mãos calorosas  do maior lhe tocar. – Eles se casaram, e ela parecia ser legal comigo, digo, nunca me trouxe presentes ou algo do tipo, só... Tratava-me bem.
 
- E aí?
 
- Um dia... Bem, um dia meu pai saiu para o trabalho e ela veio com um barulho de cartas, me chamou para jogar. – Tocou o cabelo castanho do mais velho, fazendo trancinhas. – E disse que... Se eu perdesse, teria que tirar a roupa.
 
- Você tinha quantos anos?
 
- Oito? Nove? Eu não lembro, mas tinha de oito a onze anos. Ela dizia também dizia outras coisas, como...
 
- Podemos parar se quiser. – Avisou, vendo o garoto pálido negar.
 
- Ela tocava meu corpo, esfregando algumas partes e essas coisas. Teve uma vez que ela pegou o... – Seu rosto se contorceu, sem saber como explicar partes tão nojentas.
 
- Vamos parar huh? – Taehyung disse, percebendo o quão tenso o assunto se tornava. Não estava pronto para ouvir com detalhes o que acontecia, principalmente agora, que teve coragem de dizer tudo para Yoongi. Viu os olhos cor castanho escuro, deslizando o polegar pela bochecha alheia. Deixou um breve selar de lábios. Na verdade, não soube como reagir diante tal acontecimento com o menor; sua presença materna foi a empregada que cuidou de si com tanto carinho, que considerava sua própria mãe. O rosto do mais novo avermelhou-se num rosado, o mesmo manhou, em busca de mais carinho e calor.
 
- Eu quero mais. – Pediu com a voz baixa. O Kim sorriu, puxando-o para vários beijinhos. A boca macia do mais velho tocava a sua, em movimentos singelos e carinhosos. Não tinha aquele desespero de bater os dentes um no outro, ou a língua explorando sua cavidade bucal; era suficiente apenas breve selares, vez ou outra chupando o lábio alheio.
- Meu bebê quer mais beijinhos? – Riu, vendo o menor assentir várias vezes, sendo consumido pelos braços fortes do psicólogo. – Então ele terá.
 
- Sabe Tae... – Tocou a nuca dele, sentindo-o beijar seu pescoço. – Eu acho que isso é melhor que suas sessões.
 
- Então devo mudar meu método e beijar todos meus pacientes? – Brincou.
 
- O que? Não! – Acertou um leve tapa em seu ombro, ouvindo-o dar uma risada. - Só eu tenho esse privilégio.
 
- Sim, você é o único. - O Kim assentiu, precisando de um tempo para pensar em tudo que foi lhe dito; Yoongi continuava abraçado a si, como um coala manhoso. Seu coração derreteu, sem conseguir acreditar que aquele garoto tão carente e manhoso havia passado por aquilo. Sentiu as mãos do mesmo tocar sua costa, naquele mesmo local onde havia suas cicatrizes. Deixou  um suspiro fugir de seus lábios. - Eu acho que ainda tenho medo disso acontecer de novo. – Confessou. Yoongi entrelaçou as pernas em sua cintura, se aconchegando na poltrona, agora sentado em seu colo enquanto tinha o rosto enfiado em seu pescoço, sentindo o cheiro gostoso da sua colônia. – Essa coisa da minha mãe voltar.
 
- Ela não vai voltar. – Garantiu.
 
- Como pode ter tanta certeza? – Perguntou, vendo o pálido tocar seu queixo, o beijando.
 
- Porque eu vou estar do seu lado, te protegendo.
 
- Oh, meu Deus. Vai me proteger? – Acariciou seus cabelos, rindo. – Meu gatinho vai arranhar a cara deles. - O Kim sorriu, tamanho sorriso que suas bochechas arderam. Levou as mãos até a cintura fina do paciente, fazendo cócegas. O mesmo riu alto, debatendo-se sem parar. Taehyung sorriu, acreditando na promessa feita pelo seu paciente.
 
E a promessa foi selada com um beijo em sua testa; Yoongi tocou o local, sorrindo envergonhado do seu feito.
 
Sentiu seu celular vibrar, recebendo uma mensagem de Jimin.
 
- Aconteceu algo? – O maior perguntou.
 
- Não foi nada. – Respondeu, aconchegando-se ao peito do Kim. – É só o Jimin falando que sua mãe arranjou-lhe um encontro.
 
- Ele costuma ir a encontros às cegas?
 
- Na verdade, seus pais têm certas despesas, e como Jimin é solteiro e quer namorar, eles se ajudam com encontros arranjados com jovens ricos.
 
- Um dia eu quero conhecer seus amigos. - Disse. - Eles parecem ser legais.
 
- Quem sabe? - Sorriu. – Namjoon é ocupado demais com sua floricultura, e bem, Jimin tem a faculdade dele. Mas sabe Tae? Eu pensei em todo mundo se encontrar numa cafeteria, ou em um parque para sairmos e nos divertimos.
 
- Eu tenho medo.
 
- De parques?
 
- Não. Dos seus amigos não gostarem de mim.
 
O garoto de cabelos negros tocou a bochecha do mais velho, apertando levemente.
 
- Bobo. Eles vão te adorar.

myself; kth + mygWhere stories live. Discover now