Uma CEO inalcançável.

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Martín

A semana correu tranquila entre relatórios, trabalhos e conviver com Julieta na empresa. Hoje, quinta feira, me arrumo ansioso para a abertura da urna.

Visto uma camisa azul de tecido encorpado com grafiatos, uma calça jeans e sapatos pretos, ajeito os cabelos, busco celular e as chaves do carro, colocando tudo no bolso.

Esses dias com Julieta tem sido bastante interessante em muitos aspectos, tanto no sentido profissional, que é  claro o profissionalismo e a conduta dela como CEO da Delvecchio's, tanto na vida pessoal, na qual percebi ser muito focada no trabalho.

Ela sempre vai de casa para o trabalho e do trabalho para casa, a não ser que seja algo com as irmãs, acho que ela precisa tirar um tempinho pra ela, para se divertir.

Nessa viagem vou buscar não apenas trabalhar, mas oferecer algum programa para fazermos como um momento de lazer.

Entro no carro, dando partida no carro e ligando para a construtora, que inicia hoje as alterações no apartamento. O prazo é de duas semanas e eu me sinto um tanto ansioso.

—  Sr. Martín? É o Paco, eu estava esperando sua ligação.

— Olá, Paco! Como estão indo ai? Já começaram?

— Tudo muito bem, começamos a instalar as portas, a vidraça dos terraços também, acredito que seguiremos firme no prazo máximo, sem passar nenhum dia.

— Perfeito! Aguardo mais noticias, me mande fotos por favor!

— Pode deixar, irei enviar sim. Ótimo dia, sr.Martín.

Desligo a chamada, empolgado com as notícias, ligo o som deixando uma música animada tocar e dirijo por mais alguns minutos chegando à empresa e estacionando o carro.

Noto Julieta estacionando e saio despretensiosamente buscando reparar nela, como ela havia feito comigo na segunda e percebo que ela está linda como sempre, com os cabelos presos em um coque alto e robusto, uma camisa de manga longa em tom rosé, uma saia lápis em tom vinho, sapatos mocassins pretos combinando com a  bolsa e em suas mãos um blazer preto.

Me aproximo o mais rápido possível, a alcançando no elevador, entro na cabine aspirando seu delicioso perfume e sorrio para sua careta de sempre.

— Bom dia, Senhorita Delvecchio. — Digo formal. — Você vive tentando fugir de mim, Julieta! — Puxo sua cintura delicadamente e a cumprimento com um beijo na bochecha.

— Como vai, Sr. Pallavicini? — Ela retruca me fazendo sorrir. — Evito amassar minhas roupas. — Ela se solta a alisa as roupas.

— Você está linda! — Digo sincero.

— Obrigada, você não está nada mal! — Sorri.

— Isso é bom ou ruim? — Franzo o cenho.

— Bom, muito bom. — Julieta sorri.

— E porque não diz: "Martín, você está um gato!"

— Por que é muito descaramento da SUA parte — Ela frisa a palavra sua revirando os olhos.
— Pode até ser, mas eu  bem que iria gostar do elogio — Digo rindo.

— É claro. — Resmunga.

A porta do elevador se abre no décimo quinto andar e me sinto muito contente por saber sua rotina.

Passamos pelo corredor ao mesmo passo, notando Celina se levantar.

— Bom dia, Juli! Bom dia, Martín. — Saúda animada.