Uma CEO inalcançável.

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Julieta

— Vem, anda Martín! — Tento puxá-lo pelas mãos, guiando-o pois ele está com os olhos vendados.

— Juli, espera! Não estou conseguindo te acompanhar. — Ele reclama e bate o braço no batente da porta — Aii, Julieta você não está me guiando direito.

— Eu tenho culpa de você não ver o batente da porta?

— Claro que tem! Você que vendou meus olhos e está me arrastando! — Reviro os olhos ao lembrar que ele tem toda razão.

— Ok, desculpa, mas vai valer a pena! É seu apartamento. — Dou uma dica.

— Ah, por isso você sumiu essa semana? — Martín pergunta enquanto voltamos a caminhar lentamente.

— Exatamente, estava finalizando. Martín vamos entrar no elevador— Seguro seu braço com firmeza e o guio para a cabine.

Entramos no elevador e ele se mantém quieto, será que vai gostar de tudo o que eu planejei? O pior que se ele não gostar, ele não vai me contar.

A porta do elevador se abre no hall e eu o levo para fora da cabine.

— Estamos no hall, assim que chegarmos a sala eu tiro sua venda.  — Informo e continuo a segurá-lo  pelo braço.

Martín é desconfiado e mantém o corpo retraído o tempo todo fazendo com que seja um grande esforço arrastar ele para os lugares.

— Pronto, chegamos. Está preparado? — Pergunto com o coração ansioso.

— Sim, estou, vamos logo com isso! — Reclama de modo divertido.

— Se você não gostar, precisa me dizer! — Friso um tanto nervosa.

— Sim, sim. Minha feição vai dizer! — Ele responde ansioso.

Tiro a venda de seus olhos, ainda receosa e me atento às suas emoções. Ele pisca e olha ao redor com um grande sorriso no rosto.

— Julieta! — Martín gira por todo o ambiente com um semblante surpreso que me enche de alegria. — Como você fez tudo isso tão rápido? — Ele toca em tudo, mexe em almofadas, passa a mão nas texturas das paredes. — Está simplesmente incrível! — ele se aproxima com um sorriso sapeca.

— Martín! — Me assusto quando ele me ergue nos braços e começa a pular pelo ambiente.

— Obrigada, obrigada e obrigada! — Diz rindo sem deixar de pular.

— Você vai me derrubar! — Reclamo rindo de sua reação. — E você nem viu seu quarto!

Seus olhos brilham com a informação e ele, como um menino que descobre que ganhou presentes, sai correndo comigo em seus braços em direção ao quarto.

— Martín! Me coloca no chão! — Protesto em vão.

Assim que chegamos em seu quarto ele me coloca no chão e observa tudo de modo atento e detalhado. Seus olhos expressivos brilham e ele toca em tudo como uma criança curiosa.

É maravilhoso ver sua reação e faz todo o esforço valer a pena, ele precisava disso para ter seu espaço e se mudar de vez.

— Eu quero dar uma super festa aqui pra comemorar! — Martín se joga na cama de modo dramático. — Não, um almoço, uma festa faz muita bagunça.

Noto sua careta e por esse momento percebo que fui esquecida, ele está deitado na cama de barriga para cima, encarando o teto com um sorriso sonhador, ele faz planos. Está sonhando com o futuro. É lindo poder presenciar isso.