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Julieta

Abro os olhos lentamente e ergo meu corpo me sentando na cama. Observo o vestido exposto e esboço um sorriso. Casamentos sempre me deixam feliz. Eu gosto de toda aquela emoção e apesar de estar nervosa com a valsa, sei que minha amiga será muito feliz.

Entro no chuveiro com a água morna sobre minha pele e faço uma hidratação nos cabelos, depois do banho, me arrumo com cuidado deixando os cabelos em um penteado simples com um coque e algumas presilhas, entro no vestido delicado e calço os sapatos.

Faço uma maquiagem leve, destacando os olhos e deixando a boca em um tom nude, passo perfume e pego a minha bolsa.

Caminho para a sala de estar  e encontro todos muito bem aprumados. Elizabeth está com um lindo vestido azul clarinho e delicado, com alças e um decote em u, florido e levemente rodado.

As gêmeas, como sempre, escolheram o mesmo vestido, em tom lilás com pequenos apliques de flores e de mangas curtas. Os cabelos em um penteado bonito com uma trança e pequenas presilhas de flores.

Vovô está elegante com um terno em creme e uma linda gravata na cor vinho, seus cabelos bem arrumados e de óculos escuros.

— Uau, vocês estão lindos! — Noto enquanto me aproximo.

— Julieta, minha neta, você  é que está exuberante! — Vovô sorri se aproximando.

— Vamos chamar mais atenção que a noiva pelo visto! — Elizabeth ri enquanto caminhamos em direção ao carro.

Depois de algumas horinhas na estrada, chegamos ao local onde será realizado a cerimônia, uma praia vazia e calma como Celina sempre amou.

Logo que chegamos, todos nos cumprimentam, vovô e as meninas sentam em seus lugares no lugar onde está o altar. Enquanto a cerimonialista pede que eu fique aguardando as entradas.

— E seu par, querida? Aonde está? — A mulher baixinha e gentil me pergunta.

— É o Andrea, ele ainda não chegou? — Pergunto surpresa.

— Não há ninguém com esse nome e todos os outros padrinhos já chegaram, você não acha melhor ligar para ele?

— Vou fazer isso agora, pode me dar uns minutos? — Peço já procurando meu telefone.

— Claro. — A senhora sorri brevemente e sai me dando espaço.

Observo enquanto ela se aproxima de umas moças que estão ajeitando flores. O telefone começa a chamar e chamar e cai na caixa postal.

Será que ele está dirigindo? Ele vai se atrasar muito?

Ligo novamente e o telefone cai na caixa postal continuamente, apenas chama e meu coração começa a se preocupar.

Será que ele não poderia parar na via e atender? Ou colocar no viva-voz?

Novamente eu tento ligar enquanto noto a senhora voltando.

— E como está querida? Conseguiu falar com ele?

— Ainda não, o telefone apenas chama. — Digo em tom aflito.

— Espero que ele atenda, a cerimônia começa em cinco minutos. — Ela se afasta e meu coração se aperta. O que eu vou fazer?

Novamente a chamada cai na caixa postal e começo a me sentir preocupada. Será que aconteceu algo com ele?

De repente meu celular vibra indicando que uma nova mensagem chegou.

Pare de me ligar, Julieta! Você não entendeu ainda? Você não quis me ignorar no dia do ensaio? Não quis me deixar na mão? Pois estou fazendo o mesmo com você! Boa sorte ai, na verdade tomara que dê tudo errado! Eu não irei! Pare de me ligar!

Uma CEO inalcançável.Where stories live. Discover now