Capítulo 12 - narração

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   É estranho ao mesmo tempo que completamente familiar estar aqui, com minha cerveja já quente enquanto John B e Pope contam o que é aparentemente sua história favorita desse ano, quando eles (e JJ) foram pescar e resolveram levar a Sarah, que nu...

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É estranho ao mesmo tempo que completamente familiar estar aqui, com minha cerveja já quente enquanto John B e Pope contam o que é aparentemente sua história favorita desse ano, quando eles (e JJ) foram pescar e resolveram levar a Sarah, que nunca ia porque morre de pena dos peixes se debatendo.

   Pope é quem está com a palavra, mesmo que ele ria mais do que realmente conte algo. E acho que ainda está sóbrio, porque não tem muito tempo que começamos a beber.

   — E ela ficou tão nervosa que, eu juro por Deus, ela quase virou o barco tentando puxar a rede de volta.

   Sarah gargalha alto com a lembrança, mas se impõe para frente, desencadeando o abraço de John B antes de começar a falar.

   — Eu pedi a ajuda de vocês!

Todos eles, inclusive eu, riem outra vez, mas é o namorado dela quem se atreve a responder.

   — O que? Não dava pra entender uma letra do que ela falava, papo reto — ele olha para mim, provavelmente porque sou a única que não conhece a história ainda — Kie, namoral, ela tava quase chorando e ficava repetindo coisas como "o Nemo".

   Eu solto uma risada alta e encaro Sarah, que cobre o rosto como se tivesse com vergonha com uma das mãos enquanto usa a outra para empurrar o namorado. Consigo imaginar a cena como se eu mesma estivesse lá, e é exatamente algo que a loira faria.

   — E o que aconteceu? — pergunto — Vocês conseguiram pegar algo ou ela assustou tudo?

   — Ela assustou tudo. Acabamos deixando pra outro dia.

   John B abraça a menina e deixa um beijo na cabeça dela, o que faz com que Sarah finalmente descubra o rosto e olhe para ele. Os dois estão sorrindo com o mesmo jeitinho apaixonado de quando eu fui embora e eu escondo minha expressão de quem acha aquilo muito fofo bebendo um gole da cerveja quente quando percebo isso.

   Cleo é quem interrompe o momento fofo jogando um pedaço de papel no casal enquanto murmura um "que nojo", recebendo um tapa da melhor amiga loira.

   Ninguém fala nada por algum tempo depois disso, ficando aquele silêncio confortável que segue alguns minutos seguidos de gargalhadas. Eu tomo mais um gole do líquido amargo e, dessa vez, não consigo evitar fazer uma careta.

   — Vou pegar outra cerveja, alguém quer? — pergunto, me levantando.

   Como todos eles negam, eu dou de ombros e sigo para a cozinha de John B, onde a primeira coisa que faço, definitivamente, não é pegar mais bebida. Não. Na verdade, eu me apoio na pia e solto um suspiro que estava segurando há muito tempo.

   O que eu estou fazendo aqui?

   Quer dizer, eu queria voltar. Muito mesmo, desde o segundo que fui embora, quando sentei no sofá de Rafe e ele sentou do meu lado perguntando se eu estava arrependida. Ainda não éramos tão amigos naquela época, mas ele disse que conseguia ver no meu rosto.

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