Kiara não perderia outro Natal em Outer Banks por nada nesse mundo, mesmo que pra isso tenha que voltar do continente, passar as festas de fim de ano sozinha e reencontrar seu amor mal resolvido, JJ Maybank.
au no twitter por @aboutmaybank
#2 em jia...
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Quando um dia importante chega, minha mente ansiosa me faz imaginar vários jeitos de como as coisas podem dar errado. Hoje é um dia importante para alguém que eu gosto e, mesmo sem ser a protagonista, eu provavelmente estaria com Rafe em todas as situações. Por isso, antes mesmo de eu levantar da cama, eu criei seis possibilidades:
Na primeira, Rafe podia desistir de vir e me deixar tendo que contar à Sarah que o irmão preferira ficar longe. Exatamente como ele fez quando eu resolvi me mudar para o continente.
Na segunda, Sarah podia não querer mais vê-lo, depois de ele ter falado o ano inteiro que iria visitá-la e acabar desistindo de última hora.
É claro que a terceira tem a ver com Ward, e o encontro deles poderia terminar em briga.
Na quarta, eu e Rafe poderíamos brigar, por algum motivo que nem mesmo minha mente paranóica foi capaz de criar.
E as duas últimas são mais trágicas e eu desejei muito para que não acontecesse, então prefiro sequer comentar.
O que importa é que eu imaginei diversos jeitos de tudo dar errado hoje, mas em nenhuma das ocasiões da minha mente, Sarah chegaria de carona com JJ exatamente no momento em que Rafe me abraçava pela cintura e repousava o rosto na curva do meu pescoço.
Eu sei, não deveria ser tão ruim porque é só um abraço de despedida e tudo mais. Mas, quando os olhos de JJ encontram os meus, tem algo implícito que faz meu peito contrair.
Demora algum para que alguém resolva fazer ou falar alguma coisa e começo a pensar que até os irmãos Cameron estão meio constrangidos pela situação claramente desconfortável. É Rafe quem interrompe o clima, soltando uma risada baixa:
- Que clima bonito de reencontro, não é maninha?
Sarah solta uma risada sincera antes de se aproximar do mais velho e abraçar sua cintura. Eu dou alguns passos para trás para que os dois tenham mais espaço e privacidade. Isso me faz ficar mais próxima de JJ.
Me atrevo a olhá-lo outra vez. Ele parece irritado. Os lábios formam uma linha reta e ele aperta a mandíbula. Queria conseguir ler a sua mente. Só para saber exatamente o que ele está pensando quando eu me inclino um pouco mais para frente e me atrevo a sussurrar.
- Não acha melhor conversarmos quando estivermos sozinhos?
Pelo seu olhar, sei que falei a coisa errada. Ele sorri de forma sarcástica e revira as orbes azuis onde posso jurar que vi um lampejo de mágoa.
- O que, só precisa de mim quando está sozinha? - as palavras são ácidas e definitivamente injustas, mas me fazem recuar e morder o lábio inferior.
JJ ainda me observa quando eu desvio o olhar para o chão, sem querer começar uma discussão na frente de outras pessoas. Esse, aliás, foi o motivo pelo qual eu sugeri que tivéssemos essa conversa outra hora.
