12. It's do or die

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Onzes anos atrás Draco teve uma uma conversa um tanto difícil com seus pais. Afinal, quando na cabeça dos dois seria possível ou aceitável que um Malfoy, vampiro, fosse seguir os estudos para se tornar um médico.

Quando era uma criança, Draco teve contato com um bruxo que morava perto do seu castelo. O homem lhe ensinava sobre remédios naturais, como atuavam nos ferimentos e para que servia em caso de doenças. O pequeno Malfoy vivia encantado e algumas vezes ajudava a atender as pessoas que apareciam na casa do senhor.

Lucius nunca soube disso, já que queria mesmo era que seu filho lhe seguisse. Se tornasse alguém tão temido como ele mesmo. E que daqui a uns bons anos, pudesse mandar até mesmo em outros da mesma espécie. Por isso, nunca concordou com aquela escolha.

Draco não se surpreendeu quando sua mãe concordou com o que seu pai havia dito e também o repreendeu sobre a decisão.

Mas isso não fez ele desistir.

Ele viajou para longe ficando meses e anos fora de casa, mas sabia que quando voltasse veria seus pais com brilhos nos olhos ao ver que havia encontrado uma pretende da forma que eles sempre sonharam.

Draco entrou na mansão Malfoy de braços dados com Astoria Greengrass. Uma mulher bonita, charmosa, com certa fortuna e o mais importante: vampira.




Agora Draco estava olhando novamente para aqueles olhos verdes inconfundíveis de Harry Potter, embora a ocasião não fosse nem um pouco prazerosa.

Harry não estava fazendo questão de ser amigável ou cortês, apesar de não ver aquele vampiro desde o dia da cabana. Por isso continuou com as patas sobre o peito de Draco, deixando com que sua garras atravessassem o tecido de sua blusa e machucasse sua pele branca demais.

- Olá Potter. - falou sem parecer assustado com os dentes de Harry a mostra enquanto rosnava perto demais de seu rosto.

- Se por gentileza sair de cima de mim posso ajudar aquelas pessoas.

Harry não se convenceu. Afinal, eram onze anos sem ver Draco, então o que ele estava fazendo lá aquele dia? Como podia saber que os vampiros não estavam por trás de tuda aquela desgraça?

Depois de todos aqueles pensamentos, Harry empurrou ainda mais as garras, sentindo entrarem em Draco que fez uma careta e segurou forte seu antebraço.

- Ok Potter... - falou como um sussurro pela dor que sentia. - Estou falando a verdade e não quero quebrar seu braço peludo.

Draco percebeu que aquilo convenceu o lobo, mas mesmo assim viu que afrouxou as patas com certa desconfiança. Harry levaria uma bronca de qualquer um da matilha visse o que estava fazendo. Liberando um vampiro sem nenhum motivo concreto pra isso.

Quando Harry saiu de cima e deu espaço para que o outro levantasse e pudesse se recompor, fez questão de não tirar os olhos de Draco nem por um segundo.

Draco dividia seu olhar entre limpar sua roupa e o lobo que o fitava de forma desconfortável. Era visível para ele o quanto Harry parecia ter melhorado. Não se parecia em nada com aquele lobo cheio de dor e desespero que encontrou na floresta. O animal que o encarava tinha confiança no que fazia.

- Você não vai voltar ao normal para conversarmos? - Draco falou e ouviu o lobo bufar em desgosto.

Em seguida Harry saiu andando e Draco se deu a permissão de segui-lo.

Pouco tempo depois eles pararam e Harry foi para trás de um arbusto onde Draco sabia que provavelmente estariam as suas vestes.

Ao se destransformar Draco não foi tão discreto como da primeira vez. Não desviou os olhos do garoto que já não era mesma parecido com o que conheceu. Harry havia ganhado alguns músculos no corpo magro e provavelmente crescido alguns centímetros.

I Don't Wanna Live Forever - ᴅʀᴀʀʀʏWhere stories live. Discover now