26. I'm right here

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Draco procurou outras bruxas e comprovou que Ginny lhe disse a verdade, Harry não queria ser achado.

Daquele dia em diante foi como se tudo que aconteceu entre ele e Harry não se passasse de lembrança distantes na mente de Draco. Como se fosse sonhos.

Malfoy foi de uma semana em que sentia ter um trabalho que lhe deixava satisfeito, um namorado que o fazia sorrir sem esforço, um companheiro de verdade para de repente um vazio.

Não que aquilo não fosse esperado por ele, final, Harry sempre foi um mortal. Por isso a morte era a única certeza. Porém, Draco não esperou que pudesse acontecer de uma forma tão prematura e violenta.

Durante anos Draco carregou a dor da culpa em seus sentimentos. Se afundou em trabalho, voltou a viajar e não se permitiu prender-se a nada ou a alguém.

Demorou muitos e longos anos até que ele se visse curado de Harry. Algumas vezes as lembranças ainda rondavam sua mente, mas com o tempo Draco sentiu que estava menos pior. A dor não era insuportavelmente pesada.

Era errado agradecer todas as guerras que aconteceram no mundo, mas foi algo em que Draco se entregou por completo, tentando manter o máximo de pessoas vivas.

Com a virada do século, a grande chegada dos anos 2000 deixou as pessoas tomadas de esperança e Draco sentia-se incluído. O avanço da ciência o deixava cada vez mais encantado e feliz por ter sempre algo de novo para aprender.

Em uma de suas viagens, Draco fez uma parada em Paris e ali conheceu Pansy Parkinson. Eles logo viraram amigos e ele viu seu amigo Theodore se apaixonar verdadeiramente.

Como havia prometido a Pansy, ele voltaria para Paris, mas isso demorou algum tempo. Mas depois que decidiu ir para o país que tanto gostava, Draco escolher mudar-se de vez.

Tinha duas semanas que estava na capital. Era uma tarde de verão onde o sol brilhava quase em um tom dourado, pessoas andavam em suas bicicletas, outras caminhavam a pé e sorriam uma para as outras.

Draco se sentia bem, mas não tão bem como gostaria.

Pansy, Theo e Draco dividiam uma mesa ao lado de fora de um café que ficava próximo a famosa torre eiffel.

A infelicidade de Draco vinha da demora que estava tento para que um garçon aparecesse e perguntasse o que eles queriam, mas o lado de dentro da cafeteria estava lotado. De certo, aquele era o motivo da demora.

Enquanto ninguém aparecia para atendê-los, Draco dividia o olhar entre o jornal que trazia as últimas notícias e os recém noivos, Pansy e Theo.

Eles pareciam inquebraveis, o casal mais inatingível daquele planeta. Mesmo não tentando não cair em uma viagem ao passado, era inevitável. Draco mais uma vez voltava ao tempo em que se sentia como aqueles dois. Indestrutível ao lado de Harry Potter.

— Draco! – Pansy o chamou sorrindo  fazendo-o sair de seu delírio. — Em que mundo você estava?

— Nárnia. – ele falou fazendo-a rir um pouco mais.

— Oh, me desculpe por tira-lo desse armário. – Pansy falou.

— Ele já saiu desse armário faz muito tempo, querida. – Theodore falou fazendo com que todos gargalhassem.

Eles riram e Draco voltou os olhos para o seu jornal.

— Olhem só, finalmente o garçon. – Pansy falou antes que Draco pudesse se concentrar novamente nas notícias.

Quando o homem aproximou-se Draco soltou o jornal na cadeira ao lado e recolheu o cardápio para concluir qual seria o pedido.

Bem… nada ali era um copo com sangue, mas Draco ainda conseguia tomar um chá ou provar de um croissant mesmo que o gosto não fosse tão saboroso em seu paladar.

I Don't Wanna Live Forever - ᴅʀᴀʀʀʏOnde histórias criam vida. Descubra agora