23. I just wanna keep calling your name

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Draco começou a despertar sentindo em seu pescoço e cabeça dores tão fortes que o fizeram apertar os olhos antes mesmo de começar a abri-los.

Foi quando tentou mover uma de suas mãos até a nuca que tocou consciência de que estava acorrentado e aparentemente deitado em um chão úmido.

Uma parte de seu corpo não queria despertar, negava-se voltar para a realidade excruciante na qual se encontrava. Por isso ele deixou com que sua mente voltasse para a casa onde pela primeira vez amou e viveu em paz.

Era uma noite de céu limpo e de poucas estrelas quando ele saiu pela porta que dava acesso direto ao quintal. De lá ele já conseguiu ver Harry sentado em um balanço segurando a vasilha de torta de maçã que Draco havia comprado e trago mais cedo apenas para ele em suas coxas.

Harry olhava para o céu e parecia entretido com algo que Draco não soube identificar.

Ele se aproximou devagar e sentou com cuidado para que o banco não balançasse muito e acabasse desconcentrando o outro.

— O que está chamando mais sua atenção do que está torta? – Draco perguntou vendo Harry sorrir antes de respondê-lo.

— Na verdade… é você. – Harry falou levando os olhos para Draco que erguia as sobrancelhas em surpresa.

— Eu? – questionou.

— As estrelas me lembram você.

Draco sorriu mesmo sabendo que provavelmente aquele tinha sido o sorriso mais bobo que já tinha dado a alguém.

— Será que você pode parar de me deixar assim? – Draco perguntou tentando fingir indignação e falhando.

— Assim como? – Harry perguntou sorrindo e colocando mais um pequeno pedaço da torta em sua boca.

— Com cara de idiota, apaixonado. – Draco o respondeu.

— Mas você é um idiota apaixonado, Draco. – Harry disse rapidamente fazendo o outro lhe empurrar pelo ombro devagar.

Harry sorriu mais uma vez e falou:

— Você fica bonito assim.

— Eu sou bonito Harry. – Draco respondeu ao mesmo tempo que passava a mão pelo cabelo como charme, fingindo que arrumava os fios bagunçados que nem existiam.

Harry soltou uma gargalhada rápida e logo voltou a olhar para o céu.

Draco continuou a olhá-lo porque não conseguia resistir a Harry e isso já era bem nítido. Todas as vezes que seus olhos pousaram naquele rapaz era como se ficasse preso. Hipnotizado pelo brilho natural que Harry tinha. Uma luz única saía daquele lobo e brilhava ao redor de si em todo momento.

Todas as vezes que Harry sorria ou gargalhava o brilho se tornava mais forte. Mais vivo.

— Eu li em um livro de romance a um tempo atrás que quando se vê alguém brilhando trata-se de sua alma gêmea. – Draco falou calmamente ainda fitando Harry.

Em seguida o outro o olhou com aqueles olhos verdes e Draco teve certeza que uma hora ou outra iria cair em suspiros.

— Você me vê brilhando? – Harry o perguntou sorrindo cinicamente.

— Não. – Draco respondeu sorrindo e franzindo o cenho para tentar fingir completo desinteresse. — Claro que não.

Aquilo deixou o sorriso de Harry ainda mais largo e Draco com uma expressão mais apaixonada.

— Você brilha pra mim. – disse Harry.

Draco suspirou e Harry continuou:

— Você sempre brilhou pra mim.

I Don't Wanna Live Forever - ᴅʀᴀʀʀʏWhere stories live. Discover now