Aos poucos Draco Malfoy foi vendo os olhos de Harry Potter voltarem a ser brancos com verdes, mas ainda longe de ter a mesma ternura de antes.
— Está me seguindo agora, Malfoy? – Harry soltou erguendo-se do acento onde estava para conseguir encarar o outro vampiro de perto.
— Você costuma passar seu tempo assim agora? – Draco retrucou sem dar importância ao que Harry havia dito e logo continuou. — Pra quem diz ser tão aversivo ao que se transformou, você me parece ter conseguido se habituar muito bem ao mais absurdo.
— Você não sabe de porra nenhuma. – Harry falou deixando seus olhos apenas um pouco vermelhos, mas ao invés de ser a cede o motivo, tratava-se de completa raiva.
Potter ainda chegou a aproximar-se de Draco que não deu nenhum passo para longe, não parecia temer que Harry pudesse arrancar fora seu coração e tudo se acabar de vez. Ele não sabia se tinha aquela intenção, talvez a sua vontade era que Draco sofresse um pouco, mas antes de concluir o que queria de verdade ele perdeu a consciência. Não lembra-se do que aconteceu no momento seguinte. Tudo escureceu de repente.
Harry só se sentiu de volta ao mundo quando começou a abrir os olhos devagar, no mesmo instante que seu pescoço doía e latejava querendo voltar ao lugar de nascença.
Mexendo-se com dificuldade sobre uma cama, se livrando da dor antes de sentar-se na mesma, ele olhou em volta notando que nunca tinha visto aquele lugar antes. Era um quarto onde a cama de casal tinha cobertas brancas bem confortáveis. No resto do cômodo se encontrava duas mesas de cabeceira, uma poltrona grande e também uma pequena mesa.
Harry tinha certeza de que uma pessoa conseguiria morar naquele quarto espaçoso tranquilamente. Mas por mais que fosse bonito e aconchegante, ele não sabia como havia parado ali.
Pensando que talvez pudesse ter conhecido alguém na noite anterior ele olhou para o seu lado na cama, e estava arrumada. Ninguém além dele havia dormido lá.
Ao continuar explorando a noite passada, sua última lembrança foi de Draco Malfoy.
— Porra. – Harry resmungou para si mesmo.
Seu conforto foi saber que nada demais tinha acontecido, já que pela condição que despertou, seu pescoço tinha sido quebrado fazendo-o apagar e provavelmente ser levado com facilidade para aquele quarto.
Querendo saber o que aconteceu naquela maldita noite, suspeitando que o estúpido Draco Malfoy poderia se encontrar naquela casa, Harry saiu da cama e caminhou até a porta de cor branca, combinando com as paredes.
Na intenção de abrir a mesma ele colocou a mão sobre a maçaneta marrom, porém imediatamente o objeto queimou sua pele fazendo-o gritar baixo e afastar-se rapidamente.
— Mas que droga! – Harry falou levando os olhos para a palma da mão que ficou apenas alguns segundos machucada.
Graças a grande quantidade de sangue ingerida na noite passada sua habilidade de cura estava excelente. Curando como se nada tivesse acontecido e permitindo-o que partisse para uma nova tentativa.
Colocando dessa vez as duas mãos no objeto, Harry gritava ao tentar resistir a dor para girar ou até mesmo conseguir quebrar aquilo.
Falhando miseravelmente, Harry voltou a se afastar, ofendendo e amaldiçoando a própria mão e sua falta de sorte.
Assim que a mesma voltou a ficar intacta, ele partiu para a opção de agressividade: derrubar ou quebrar uma parte da porta que o deixava preso, impedindo de encontrar seu agora inimigo, Draco.
Encarando a mesma por alguns segundos conforme se afastava o suficiente, Harry reuniu uma boa parte de sua força e avançou correndo.
Ao se chocar, a resposta foi completamente oposta ao que esperava.
YOU ARE READING
I Don't Wanna Live Forever - ᴅʀᴀʀʀʏ
FanfictionDraco Malfoy foi obrigado por seus pais a se tornar um vampiro. Adquirindo inimigos. Sendo odiado e temido. Harry Potter imaginava que seres sobrenaturais não se passavam de histórias inventadas por adultos, o que ele não podia imaginar era que sua...