17. I wanna feel you too

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Harry só sentiu sua raiva aumentar ao ter Draco usando as duas mãos para prendê-lo contra a parede de um corredor cheio de portas e com pouca luminosidade daquela mansão.

— O que falei pra você? – Draco perguntou parecendo estar carregado de raiva, mas na realidade estava cheio de preocupação e nervosismo.

— Que se dane o que você disse Malfoy! – Harry cuspiu as palavras colocando o máximo de desprezo possível. — Eu quero saber se seu pai tem algo haver com tudo de ruim que vem acontecendo e nem me admiraria encontrar uma parte  sua no meio dessa sujeira.

— O quê? – Draco perguntou e só então soltou Harry. — Eu falei que iria avisar-

— E quem disse que confio em você? – Harry questionou o interrompendo.

Draco franziu o cenho e antes de responder ambos ouviram vozes se aproximando daquele lugar.

Infelizmente, ou não, Harry reconhecia uma delas e aquilo o deixou nervoso. O que um lobo, aparentemente seu amigo, família e o pior, seu Alfa estaria fazendo ali?

Harry quis ir lá. Quis ver com seus próprios se aquilo era real. Se não passava apenas de uma loucura.

Mas quando deu um passo naquela direção Draco o parou segurando-o forte pelo braço e levando-o até um outro lado do corredor mais a frente.

— Por que simplesmente não entramos em uma daquelas portas? – Harry falou em protesto. E mesmo falando o mais baixo que conseguia Draco levou uma das mãos até sua boca, tampado a mesma com força.

— Fique quieto! – Draco gesticulou com os lábios sem emitir nenhum som.

As vozes se tornavam mais próximas assim como o corpo de Draco no dele.

Harry não sabia se seus batimentos cardíacos e respiração estavam agitados pela tensão de ter a mão firme de Draco em seu rosto ou se era pelo modo como o mesmo lhe encarava tão perto.

Ele não sentia medo de ser pego e as dúvidas sobre seu líder quase sumiram de sua mente enquanto admirava, mesmo uma pouca quantidade de luz os belos olhos cinza de Draco.

Malfoy tentou não demonstrar qualquer desconcerto ou emoção naquela situação. Ao contrário de Harry, Draco temia que o outro fosse visto por alguém e tudo acabasse da pior maneira para o Potter. No mesmo tempo que queria brigar com ele sobre aquele ato imprudente, impensado e irresponsável, também sentia vontade de beijá-lo. Explorar aquela boca de maneira digna. Diferente da castidade da manhã anterior.

Então as vozes foram ficando cada vez mais abafada e logo em seguida não audíveis.

Para o sofrimento de ambos – só que de uma forma interna e discreta – Draco afastou o corpo e tirou a mão do rosto de Harry.

No instante seguinte Harry não pensou e tentou ir para o corredor que estavam anteriormente.

— Você precisa sair daqui. – Draco falou ainda baixo pegando o braço de Harry novamente, impedindo que saísse de onde estava.

— Eu conheço aquela voz Draco, e preciso ter certeza do que se trata. – Harry falou com rapidez e convicção. — Não vou embora para nenhum outro lugar até descobrir o que estava acontecendo.

— Harry! – Draco falou irritado, mas respirou fundo tentando acalmasse. — Pensei que nós já tínhamos conversado sobre isso.

— Não! – Harry respondeu rapidamente. — Você falou, me beijou para que eu pudesse ser otário e cair na sua maldita manipulação.

— Você não vai mesmo sair daqui? – Draco perguntou cansado.

— Não, eu já disse que não.

I Don't Wanna Live Forever - ᴅʀᴀʀʀʏWhere stories live. Discover now