14. Up all night

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Draco Malfoy sentiu vontade de abraçar Harry Potter quando viu a maneira que olhava para o corpo morto, frio e pálido de Camille, a garota da vila.

Mas ao invés de um abraço Draco continuou parado ali, apenas olhando para Harry segurar as lágrimas que teimavam em descer e molhar seu rosto.

Eles não falaram nada durante todo o caminho até lá e seguiram naquele silêncio quando chegaram e Draco mostrou onde Camille se encontrava.

Depois que Harry pareceu terminar de se despedir da garota secou algumas o rosto os dedos e falou:

— Isso é uma merda.

Em seguida o mesmo andou para fora da ala do hospital onde ficavam os falecidos.

Draco cobriu o corpo de Camille com o pano branco e novamente seguiu Harry.

Potter estava caminhando com as mãos no bolso da calça jeans azul surrada e Draco o observou apenas por poucos segundos antes de finalmente o alcançar sem muito esforço.

Eles seguiram novamente em silêncio. Draco queria dar a Harry o espaço que fosse necessário para digerir os acontecimentos.

— Me desculpe por ter duvidado de você – Harry falou fitando o chão enquanto caminhava. — Por ter achado que poderia ter alguma culpa na morte de Camille.

— Não precisa preocupar-se com isso, menino lobo. – Draco falou com tranquilidade, olhando para Harry com um sorriso nos lábios.

Mas Harry não retribuiu, apenas o encarou, deixando Draco sorrir sozinho.

Inevitavelmente o apelido que um dia desagradou Harry fez com que o mesmo voltasse no tempo, diretamente para a noite que se conheceram. Foi então que uma pergunta um tanto pessoal surgiu em sua mente.

Mesmo com dúvida e apreensão Harry escolheu perguntar, até porque toda aquele silêncio começava a lhe incomodar.

— Onde você esteve nesse tempo todo? Estudando para ser médico?

Draco ficou surpreso com os questionamentos, mas não se incomodou.

— Sim. – respondeu. — E acredite que de certa forma, devo isto a você.

Harry franziu o cenho.

— A mim? – Harry o questionou. — Por qual motivo?

— Algo que você me falou na última vez que nos vimos. – Draco falou o relembrando. — Sobre eu ser diferente de outros vampiros e que deveria continuar assim.

— Você me ajudou. – Harry falou e Draco concordou com um aceno.

— Então decidiu ajudar outras pessoa?

— Sim... Fiz medicina para ajudar principalmente aqueles com algo em especial ou atacado por seres diferentes do comum.

— Como os do vilarejo e… e Camille.

Novamente Draco concordou com um aceno de cabeça.

— Fico feliz em ver que não se tornou alguém desprezível nesses onze anos. – disse Harry.

Aquilo fez Draco sorrir.

O silêncio voltou e continuou presente até chegarem próximo a vila onde Harry morava. A festa ainda continuava. Eles conseguiam ouvir claramente as pessoas rindo e a música alta e animada que a banda local produzia.

— Você come? – Harry perguntou sem pensar. — Digo… você consegue comer comidas normais?

Draco sorriu sentindo que a segunda pergunta foi feita como um modo de correção. Harry não queria ser rude e ele sabia.

I Don't Wanna Live Forever - ᴅʀᴀʀʀʏOnde histórias criam vida. Descubra agora