Capítulo 14

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 Oiii gente, sei que faz muito tempo que não posto nada, me perdoe por isso, mas juro que dessa vez tentarei ser mais presente... bom estou com um pouco de bloqueio, porém postarei esse capitulo para vocês.   

Obrigadaaaaaaa!!!


Nada me tirava da cabeça que eu precisava de um emprego assim como precisava de ar para respirar. Estava me sentindo entediada de ficar sempre na casa dos ventos, só eu e a própria casa como companhia. Feyre, Rhys e Mor as vezes apareciam por lá para me dar um oi ou passar um tempo comigo, mas não queria os incomodar ou me sentir uma imprestável, até porque eu podia ajudar, de alguma maneira eu sei que podia.

Desde o dia em que visitei Ness, não mais a vi, mas pelo que Feyre havia me contado, nada havia mudado, claro que sua irmã tinha dado um tempo de 1 semana desde que fui a visitar, mas tudo voltou ao normal, e até pior logo depois.

Eu havia a sobrecarregado, havia dado deveres a ela nos quais não eram seus, não era sua obrigação me ajudar, e eu havia a deixado com esse peso. Precisava fazer algo, e dar um jeito de eu mesma ter respostas.

...

Estava sentada na poltrona da sala de estar, aguardando o jantar. Havia pedido para Azriel solicitar que Rhys viesse jantar comigo essa noite, assim como todo o resto do círculo, eu amava a presença deles, e amava me sentir parte disso.

A taça com vinho feérico sambava em meus dedos enquanto as chamas crepitavam a minha frente, minha cabeça estava longe, talvez mais do que eu imaginava, se estive atenta aos meus pensamentos. Então sou despertada por um abraço.

- Bebendo sem mim? – Diz Mor com os braços envolvidos em meu pescoço.

- Desculpa, essa delícia estava me olhando, não consegui evitar – Disse levantando a taça em sua direção. Na qual a Feérica tomou com ferocidade se jogando no sofá.

- Onde está todo mundo? – Perguntou.

- Cass está tomando banho já a quase duas horas. Ele chegou enterrado de lama, e um cheiro nada agradável, Az deve estar em alguma missão nas terras humanas, e todo o resto, não faço a mínima ideia.

- Az?

- Conversamos, acho que agora tudo vai ficar bem – bebo mais um gole – Espero que fique, ele está até menos irredutível a abraços, acredita?

Mor se levanta de pressa, por ter engasgado com o vinho.

- Az está abraçando? Não, não que eu não tenha visto isso, já vi algumas vezes sim, mas sempre foi com Rhys ou Cass, com femeas nunca – Coro levemente.

- Não deve ter percebido, com toda certeza ele já deve ter abraçado outras femeas – Tento fugir do assunto embaraçoso.

- Pode ser – ela bebe outra grande dose de vinho.

...

Continuamos a conversar por um tempo, o General havia se juntado a nós, assim como Amrem e Varian, não pude deixar de me encantar por sua beleza, ele era de se chamar atenção, mas pude notar na forma como ela o olhava, com pura devoção, e isso era admirável.

Rhysand e Feyre entram pela porta, ambos estavam atrasados, mas não me importei dado a boa bebida e conversa.

Todos os olham e pelo olhar de cumplice no qual um tinha com o outro, com toda certeza eu sabia o porquê de terem demorado, e o cheiro que ambos transmitiam só confirmava isso.

Já fazia algum tempo que estava aqui, então aprendi a lidar com os cheiros e diferenciá-los, é claro que ainda não sabia de todos, mas o cheiro no qual eu sentia agora, esse sim eu sabia, pois o sentia todas as vezes que os via.

Não me esqueço até hoje do dia em que o senti pela primeira vez, Feyre e Rhys haviam dormido aqui, pois eu tinha aparecido não fazia muito tempo, e Az tempos depois me disse que Rhys havia prometido que ficaria de olho em mim. Então durante um jantar ambos entraram juntos, a Grã Senhora um pouco mais corada que o normal, e o cheiro estava quase insuportável quando o senti, então perguntei para Cassian que cheiro era aquele, e ele me respondeu prontamente.

- Eles foderam

Nunca pensei que me sentiria tão envergonhada como fiquei naquele momento, mas desde então reconheço esse cheiro pela memória de uma vergonha.

Mais uma vez a mesa estava posta a todos, com um verdadeiro banquete digno de Reis e Rainhas, ou talvez, Grãs-Senhoras e Grãos-Senhores. Rhys estava se servindo enquanto minhas pernas batiam incessantemente de baixo da mesa pelo nervosismo.

- Será que dá para dizer logo o que ta acontecendo garota? – Amren diz me tirando do pensamento das inúmeras falas nas quais já havia planejado e desplanejado.

- Ahn, bem – direcionei meu olhar a Rhys e depois Feyre, vacilando um pouco – Eu preciso de um emprego – Cassian ri cuspindo todo seu vinho na mesa.

- Tudo isso – Ele gira o dedo para a cena – Por um emprego? Era melhor dizer que prefere nossa companhia, eu ficaria lisonjeado com a verdade.

Reviro os olhos o ignorando e volto a olhar os Grãos-Senhores.

- Az já havia me falado. Conversamos sobre isso.

- Já? Pera, conversaram o que? – Uma pausa dramática ocasionada por Rhys enquanto o mesmo olhava na direção do arco de entrada da sala.

- Eu a havia prometido, não havia? – E de repente Az adentra a sala.

Olho em sua direção, e lá estava ele, um dos Illyrianos mais temidos, de forma preguiçosa escorado no batente, com seus cabelos bagunçados caídos em seu rosto e a barba por fazer.

- Az, você voltou – Digo alegre, enquanto batia com minha mão no estofado da cadeira para que se sentasse ao meu lado. Ele atende ao meu pedido, me dando um beijo em meu rosto. Percebo o olhar em que Mor me deu, então coro.

Muita coisa havia mudado de tempos para cá, mesmo que não havia passado muito. Não éramos mais inimigos, ou sei lá o que éramos, eu e Az estávamos mais para amigos? Talvez melhores amigos? Tudo bem, acho que sou muito emocionada, que Cassian não saiba disso, pelo Caldeirão, mas minha conexão com Az parecia ser muito mais profunda, muito mais antiga... Mas Cass, esse era meu irmão, e ninguém ocuparia esse lugar no meu peito.

Enquanto Azriel ficava na casa passávamos a maior parte do tempo juntos, ou na biblioteca, ou bebendo, ou passeando por Velaris, e no final do dia, sempre estávamos jogados no sofá como crianças depois de 1 dia inteiro brincando.

Eu havia conseguido me abrir com ele, na verdade isso nunca foi difícil pra mim. Mas para ele, demorou um pouco mais, até que ele me contou sobre sua mãe, suas mãos, e o que fez com seus irmãos. Ler essa história foi terrível, mas sentir o medo em sua voz enquanto me contava, fez com que meu estomago se embrulhasse. Mas enfim, desde então não nos desgrudamos mais, tirando pelos dias em que ele tinha que trabalhar. E eu não...

Feyre pigarreia.

- Então, eu e Rhys conversamos, e decidimos que temos um cargo para você – assinto aguardando - Você será nossa conselheira – Minha garganta oscila.

- Mas, mas, isso não é de mais? Quer dizer, não sei como fazer isso... Como posso aconselhar vocês, se eu não sei nem como tomar minhas próprias decisões sozinha? – Rhys emite um estralo com a língua.

- Você tem mais conhecimento sobre a gente, e a nossa história do que qualquer um aqui, conhecimento sobre as Cortes, segredos nos quais cada um possuem e não podem ser divididos, você sabe de tudo, em cada detalhe, saberá nos aconselhar, e auxiliar e muitas situações.

Pondero sua explicação, de fato ele estava certo sobre isso, sei segredos nos quais muitos trabalham para esconder, direciono meu olhar para Mor discretamente. A que tinha o poder da verdade, porém nos escondia muita coisa.

- Eu aceito. Obrigada! – aperto a mão de Az por de baixo da mesa, e então me levanto para abraçar meus Grãos Senhores.

Corte de Chamas e SombrasWhere stories live. Discover now