CAPÍTULO 34

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— Eu não acredito que estou ouvindo isso de você, realmente você passou de todos os limites possíveis, sabe quando eu vou pegar meus filhos para te entregar "NUNCA" "NUNCA" ENTENDEU. – Gritei.
— Não me importo eu brigo na justiça por eles. – Ele disse rude, alguém me segura que eu vou da na cara dele de novo.
— Acho que você não esta se escutando, acho que você não percebe que essas suas atitudes só fazem eu te odiar mais. – Falei.

Eu me afastei dele e sentei em um tronco que tinha ali fiquei ali apoiada com a mão na cabeça ele não disse mais nada, apenas se sentou em uma pedra que tinha por perto e eu chorava só de imaginar o que ele estava me propondo.

— Sabe o que é engraçado? é que mesmo você me machucando como esta fazendo agora, tem algo dentro de mim que ainda te ama. – Confessei. — Mas acho que não vai sobreviver por muito tempo aqui.

Eu chorando ainda mais e olhei pra cima, o céu já sumia e escurecia e agora a única coisa que eu queria era esta em casa e não perdida ali com ele e tendo aquela conversa dolorosa de mais pra mim, perdida nos pensamentos acabei dormindo ali mesmo, acordei só horas depois tremendo de tanto frio e um pano me cobrindo era o Guilherme que tirou sua camiseta e colocou em cima de mim.

— Obrigado. – Agradeci.

Ele não disse nada apenas deu passos para trás e se abaixou e tirou um isqueiro que estava dentro do seu bolso acendendo um fogo, ele se sentou encostado na arvore eu apenas observei ele encarando o vazio entre as folhas das arvores,
Eu não sei o que me deu, apenas levantei e caminhei até ele me sentei entre suas pernas e encostei minha cabeça em seu peito, ele apenas deu beijo em minha cabeça sem tira os olhos das arvores e me abraçou forte e voltei a dormi.
Parecia que eu me sentia mais segura com ele ali, não sei explicar parecia que a raiva que eu tinha sentindo dele tinha sumido por um tempinho era como se eu fosse pequena novamente, aquela menininha assustada que qualquer coisinha corria para o seus braços e dormia em seu peito enquanto ele fazia carinho em minha cabeça.

Acordei com alguem gritando nossos nomes eu ainda estava deitada em seu peito e o dia já tinha amanhecido e comecei a cutucar ele para acorda.

— Acorda Guilherme. – Falei o sacudindo.
— Só mais um pouco. – Ele murmurou ainda dormindo.
— Acorda. – Belisquei ele.
— Nossa como é agradável acorda do seu lado. – Ele ironizou abrindo os olhos.
— Cala a boca idiota estão nos procurando. – Falei. — ESTAMOS AQUI. – Gritei.

Logo o Juan apareceu entre a mata.

— Vocês estão bem? todo mundo esta atrás de vocês. – Ele disse. — ENCONTREI ELES GENTE. – Ele gritou para a direção da mata e ouvimos outros gritos respondendo.
— A gente se perdeu e não conseguimos acha a trilha e acabamos ficando aqui, tem água ai?
— Tenho! – Ele disse e me entregou uma garrafinha. — Cara sua mulher esta toda histérica ela acha que você fugiu mais minha irmã e largou ela pra trás. – Juan falou pro Guilherme rindo.
— Só aquela doida pra pensa isso. – Falei.
— Essas mulheres ainda vão me deixar doido cara. — Ele disse baixo para o Juan, mas eu ouvir.
— Você ainda não viu nada meu bem. – Sorri cínica e entreguei a garrafinha de água pra ele.

Logo tinha um monte de gente envolta de nos e eu nem sabia da onde tinha saído aquele povo, fomos pra fazenda já cheguei sendo recebida por um beijo do Cauã o Guilherme que viu a cena logo entrou para dentro sendo agarrado pela histérica.
Eu estava morrendo de vontade de toma um banho e tira aquela roupa suja, mas quem disse que alguém deixou eu fazer isso, todo mundo praticamente me carregaram até a cozinha e me entupiram de comida depois eles me liberaram e eu fui pro quarto e tomei um banho que acho que fiquei uma hora dentro do banheiro.

Sai do banheiro e minha pequena tava lá no quarto me esperando.

— Mamãe, estava com saudades. – Ela abraçou minhas pernas.
— Mamãe também estava meu amor? – Peguei ela no colo e enchi ela de beijos. – Quem cuidou de você? – Perguntei.
—Papai Cauã. – Ela disse na maior inocência.
— Maria Eduarda seu pai é o Guilherme. – A repreende. — Eu sei que você é apegada ao Cauã e gosta muito dele, mas não quero que fique chamando o Cauã de pai. – Falei firme.
— Por que mamãe? – Ela perguntou.
— Porque ele não é seu pai Eduarda. – Falei.
— Não mamãe? Mas eu tenho dois papai – Ela disse.
— Pai mesmo você só tem um meu amor e é o Guilherme, ele vai ficar triste se você começar a chamar outro de papai também – Falei. — Você só tem dois aninhos e meio e já tem um coração enorme filha, eu sei que ama os dois, mas é muito novinha ainda pra entender.
— Ta mamãe! Eu não quero que o papai fique triste– Ela disse. — Maninho ta bem mamãe. – Ela perguntou sapeca mudando de assunto rapidamente.
— Esta bem sim meu amor. – Falei sorrindo.

Minha pequena é um amorzinho, tão espertinha pra idade e tão sapeca da vontade de morde de tanta fofura. Era a primeira vez que escutava ela chamar o Cauã de pai, como o Cauã passa a maior parte do tempo conosco e o Guilherme por causa da empresa e da Beatriz que é um saco esta ficando pouco tempo com ela, ela deve esta pensando que o Cauã também é pai dela, eu não posso deixar ela fazer isso apesar que o Guilherme é um bundão dês do começo quando sair daquela casa falei que não tiraria as crianças dele e não vai ser agora que vou fazer isso.

MEU QUERIDO PAPAI [ F ]Where stories live. Discover now