CAPÍTULO 37

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- Cauã narrando –

O Guilherme entrou no quarto e a gente continuou ali no corredor, todo mundo estava muito mal por causa do bebe, eu ficava mais mal ainda em sabe que a qualquer momento o Guilherme contaria para a Yasmin e ela vai sofre muito com isso, a Hannah me convenceu a ir na praça de alimentação comer alguma coisa o Juan foi com a gente.
Eu só bebi um suco apenas eles tentavam conversar comigo mais nem tava prestando atenção, meus pensamentos estavam na Yasmin, depois de uma meia hora ali disse pra eles que ia ver ela no quarto e sai, fui caminhando até o quarto que ela estava abri a porta e não a encontrei, achei que ela estava no banheiro então chamei pelo nome dela e ela não respondia comecei a ficar preocupado, fui até o corredor e perguntei para os médicos se tinham visto a paciente que estava no quarto e todos falavam que não, o Guilherme passou por mim andando pelo corredor.

— Guilherme me diz que você sabe onde esta a Yasmin cara. – Falei o alcançando.
— Ela esta no quarto. – Ele disse sem entender.
— Não, ela não ta no quarto. –Eu falei.
— Eu vou avisar aos pais dela e procurar pelo hospital. – Ele falou e saiu.

Eu fui para o estacionamento peguei meu carro e dirigir calmamente com esperança de encontrá-la andando pela rua.

— Droga Yasmin onde você pode estar. – Disse

Me veio a cabeça a casa do seus pais, dirigir até lá e entrei na casa sem bater e logo avistei umas das empregadas muito nervosa tentando ligar para alguém no telefone, assim que me viu suspirou aliviada.

— Senhor graças a Deus. – Ela disse.
— O que aconteceu? – Perguntei.
— A menina chegou aqui de repente com roupas de hospital e totalmente desamparada eu tentei liga pros patrões mais neguem atendeu. – Ela falou com pesar.
— Onde ela esta ? – Perguntei.
— Ela esta em seu quarto.

Subi as escadas correndo e fui até seu quarto a porta estava meia aberta então entrei vi ela la deitada encolhida abraçada com a pequena Duda, estava com uma cara abatida e de quem chorou muito não quis acordá-la, mesmo entendendo a dor que ela estava sentido não daria uma bronca por ela ter saído do hospital sem avisar, não era hora nem momento pra isso, peguei um lençol e cobri as duas, depois de um beijo em suas testas e sentei em uma poltrona que tinha ali, peguei o celular e enviei um SMS para os outros avisando que tinha encontrando ela e que ela esta bem e em casa, acabei cochilando ali mesmo acordei um tempo depois com o Juan me chamando.

— Cara vai dormi no quarto de hospedes, ai nessa poltrona você vai ficar todo dolorido mano. – Ele falou baixo.
— Vou ficar aqui com ela, ela precisa de mim. – Disse a olhando ainda dormindo.
— Esta certo então, to indo. – Ele disse e foi ate a cama pegando a duda no colo e levou ela para seu quarto.

me deitei ao seu lado e fiquei fazendo carinho em seus cabelos e a olhando enquanto dormia até o sono me invadir novamente, ela me abraçou enquanto ainda dormia.
* Fim da narração *

- Yasmin narrando *

Durante a madrugada tive alguns pesadelos, acordei já de manha e me olhei no espelho
parecia que eu estava morta por dentro e realmente estava, estava muito pálida também olhei para minha barriga passei a mão nela e uma lagrima caiu, fiz minha higiene já pensando no que teria que enfrentar pela manha e na dor que estava sentindo, me arrumei e desci todos já tomavam café da manha me sentei e neguem disse nada e entendiam que eu preferia sofre em silencio, não comi nada apenas me sentei e fiquei fitando o prato, Maria me deu um calmante para beber antes de entramos no carro e seguimos para o velório, pessoas me abrasavam e diziam palavras de consolo mais eu nada falava apenas encarava aquele pequeno caixão tampado onde nem o rosto do meu pequeno podia ver lagrimas não se cansavam de cair em meu rosto.
De um lado Cauã do outro Guilherme, irônico né meus dois amores ali segurando minhas mãos, enfim seguimos para o cemitério assim que desceram o Caixão e começaram a jogar terra em cima, me desesperei queria ser enterrada junto ao meu filho, gritava “não” varias vezes, Guilherme e Cauã me seguraram, eles me tiraram dali e me colocaram sentada no carro eu tremia muito e estava muito mais pálida que antes, Cauã me deu uma água para bebe, logo a minha família esta envolta de mim perguntando se eu estava bem e eu nada dizia.
fomos pra casa no carro do Guilherme e eu sentada no meio encostada no peito do Cauã chorando enquanto ele me abraçava de lado, minha irma sentada do meu lado segurando minha mão e o Juan na frente mais o Guilherme, mas dois carro seguiam a gente.

— Vou levar minha filha comigo hoje, pelo menos até a Yasmin melhorar.

Os outros concordaram, chegamos à minha casa todos descemos do carro e entramos em casa me sentei no sofá, todos tentavam me fazer comer alguma coisa dei umas beliscadas só e continuei olhando pro nada.
Meses se passaram e eu já tinha superado um pouco a perda do meu filho, porem sempre tenho sonhos imaginando como seria o rostinho dele, depois da morte de meu pequeno eu e o Guilherme ficamos bem amigos e mais próximos, mas nada alem disso apesar que tem hora que o Guilherme joga umas indiretas só que eu sempre fingi que não tinha nem percebido, eu não quero tentar nada com o Guilherme enquanto ele tiver com a Beatriz e eu com o cauã.
O Cauã as vezes fica com ciúmes mais normal, nada muito exagerado, agora eu to na praça de alimentação do shopping com o Guilherme e minha pequena na verdade só eu e o Gui porque minha filha brincava num parquinho para crianças que tinha dentro do shopping.

— Acho que vou deixar a barba crescer que nem a do Fred Mercury o que você acha. – Guilherme disse e eu imaginei a cena.
— Acho melhor não. – Comecei a ri ele fez uma careta.
— Pensando por outro lado é melhor não mesmo. – Ele falou.
— Esta quais na hora de você voltar pra empresa, então acho melhor você ir lá busca sua filha. – Sorri divertida.
— Porque eu ? – Disse me encarando.
— Porque eu sou a mãe legal e não quero estragar a brincadeira de uma criança. – Falei.
— E eu posso ser um ogro e acabar com a felicidade dela.
— Isso mesmo, vai lá shrek. – Dei um tapinha em seu ombro.

Ele me olhou com aquele olhar bravo dele e se levantou, até iria busca ela só que eu sabia que ela ia começar a chora por que não queria parar de brincar e ia fazer escândalos, fiquei só olhando já rindo pensando em como ele ia se sair dessa, ele se aproximou dela e disse alguma coisa, ela já ia abri a boca pra fala quando ele disse mais alguma coisas ai ela olhou pra mim e sorrio não entendi direito, ela pegou na mão dele e veio puxando ele até mim.
Ela chegou toda alegre perto de mim sorrindo que nem o coringa, não sei não ai tem.

— Mamãe. – Ela sentou em meu colo.
— O que foi minha pequena.
— Papai me disse que a senhora vai me levar pra tomar sorvete e que eu posso escolher o brinquedo que quiser no shopping que você vai paga mamãe.

Eu olhei com um olhar matador para o Guilherme que deu aquele sorrisinho safado dele.

— Seu pai esta certo filha, mas sabe o que ele me disse. – Falei olhando pra cara dele que me olhou tipo “ o que você vai fazer”.
— O que mamãe. – Ela perguntou curiosa.
— Não tem aquele cachorrinho que você queria e ele não quis compra filha, então ele disse que vai compra hoje para você. – Falei.
— Oba, nem precisa mais do sorvete e do brinquedo mamãe, vamos logo pega o cachorrinho.
Ela levantou do meu colo e eu me levantei logo em seguida.

— Sabe Guilherme o feitiço sempre vira contra o feiticeiro. – Pisquei pra ele e sai rindo na frente dele.
Quando eu passei ele me deu um tapa na bunda, que ódio que eu tenho disso, olhei para ele com um olhar matador e ele riu.

— Calma princesa não conte vitória antes do tempo. – Ele disse.

Nem respondi, fomos andando mas antes passamos no pet shop se não minha filha ia ter um troço, ela não parava de cantar uma musica que ela inventou que falava de cachorro, eu ficava a olhando com aquela carinha de mãe babona ela escolheu o cachorrinho mais lindo e pequenininho que ela queria e compramos um monte de mimos para ele e depois fomos pro carro.

— Agora você vai ter responsabilidades vai ter que cuidar, dar banho e alimentá-lo. – Falei.
— Eu vou cuidar do Doug mamãe, agora ele faz parte da família. – Ela disse.
— Doug é esse o nome dele? – Ele disse e sorriu olhando para ela.
— Sim ele tem cara de Doug vocês não acham. – Ela disse empolgada.

A gente sorriu confirmando o Gui nos deixou na casa do Cauã, minha pequena toda feliz brincando com o novo bichinho, bem a semanas passaram rápido e hoje decidi sair a noite com o Cauã para me diverti um pouco depois de tanto tempo.

MEU QUERIDO PAPAI [ F ]Where stories live. Discover now