"Quando sua alma encontra a alma que estava esperando, não a deixe escapar".
O bilionário árabe do ramo da construção civil Khaled Al-Abdullah levou esta frase a sério quando seus olhos encontraram a bela jovem loira de cachos revoltos naquele révei...
Capítulo um pouco chatinho, mas necessário. Espero que gostem, bjs.
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— Não há possibilidade de colocar outra pessoa nesse projeto? — Da cadeira onde me encontro sentada, faço essa pergunta ao meu chefe, com a esperança de que outra pessoa possa fazê-lo em meu lugar.
De pé a minha frente ele me encara com o rosto tomado pela confusão, e não era por menos, já que durante todo tempo que estive trabalhando ali eu jamais havia pedido para ser tirada de algum projeto novo, por pior que parecesse, ao contrário, eu sempre buscava participar e dar opinião em muitos. Tenho certeza que devido a isso ele não deve estar entendendo o porquê de eu me manter firme na decisão de não participar desse novo que ele mesmo me designou para ser a líder, o que achei até estranho.
— Não estou entendendo, senhorita Chiara, você nunca pediu para passar um projeto sequer para outro engenheiro, por que isso agora? — não hesita em perguntar, de certo gostaria de saber o que se passava dessa vez.
Eu suspiro e me mantenho cabisbaixa, afinal não diria ao meu chefe que não queria participar de um projeto somente pelo fato de que um cara com quem me envolvi há semanas seja o cliente. Era profissional o suficiente para não dizer uma coisa dessas, até porque estou em meu local de trabalho e não em uma roda de amigos.
Eu poderia ser madura o suficiente e pegar o projeto sem pensar duas vezes, mas estaria mentindo se dissesse que não acho tudo isso muito estranho, afinal pelo que Khaled me informou ele também trabalha no ramo da construção civil, por que ele precisaria do projeto de uma outra construtora?
E agora ainda tinha o fato de que me recordo do que Marcela me disse, de que ele é um emir. Ainda não posso acreditar que me envolvi com uma pessoa pertecente a aristocracia árabe, isso ainda não entrava na minha mente. Não sei se isso me preocupa ou atrai.
— Só não me sinto confiante o suficiente para liderar um projeto desse porte, ainda mais para um cliente dessa magnitude. — Tento despistar o homem trajado em um belo terno à minha frente e ele me encara com os olhos semi abertos, possivelmente não acreditando no que estava ouvindo.
— Eu não acredito que estou ouvindo isso vindo da jovem que atormentou meu RH durante meses através de e-mails e telefonemas pedindo um emprego e garantindo que faria seu melhor. — Ele comenta incrédulo e não deixo de concordar com ele em partes.
Eu afirmei que sempre daria o melhor de mim e de certa forma era o que eu vinha fazendo. Sempre entregava os projetos no prazo, exatamente como solicitado e recebia críticas positivas dos clientes, tanto que em pouco tempo trabalhando aqui sou uma das engenheiras mais requisitadas da empresa, apesar de eles insistirem em me colocar em projetos de pequeno porte.
— Senhor…
— Onde está aquela jovem confiante que chegou aqui no meu escritório afirmando que trabalharia aqui de um jeito ou de outro e que se eu não a contratasse ela iria invadir o prédio e trabalhar por bem ou por mal? — Indaga em tom divertido e eu rio, lembrando-me do ocorrido e surpresa por ele mesmo ainda lembrar.
