Capítulo 11

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Eu deveria me sentir acuada com as palavras de Khaled, assustada, mas não evitei sentir um formigamente tomar meu corpo com a intensidade utilizada ao proferir tal frase, além da intensidade em seu olhar sobre meu corpo

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Eu deveria me sentir acuada com as palavras de Khaled, assustada, mas não evitei sentir um formigamente tomar meu corpo com a intensidade utilizada ao proferir tal frase, além da intensidade em seu olhar sobre meu corpo.

Faço uma perfeita cara de surpresa e inocente diante da sua acusação.

― Jogo de sedução? Em momento algum fiz isso, caro Khaled. ― Sorrio, dando de ombros e logo lhe dou passagem para entrar, o que ele faz de imediato.

― É um belo apartamento o seu, devo dizer que você tem muito bom gosto. ― Comenta, enquanto dá passos para o interior da minha residência e observa todo o local.

― É… é pequeno, sofisticado, mas funcional, perfeito para mim. ― Respondo, fechando a porta atrás de mim, logo me aproximando dele. ― Bom, como eu disse eu ainda não terminei de me arrumar, mas pode me aguardar aqui. Se quiser beber algo, fique à vontade. ― Lhe mostro a pequena mesa no canto da parede com bebidas, as quais eu não tomo, apenas deixo ali para o caso de ter visitas e ele caminha até a mesma.

Hipnotizada, encaro a poucos passos de mim o austero homem que se encontra do lado oposto ao meu, enquanto ele despeja uma dose de uísque em um copo com dois cubos de gelo. A elegância com que realiza esse simples movimento me prende por alguns segundos e não demora para que seu olhar caia sobre mim, denotando curiosidade, enquanto ele se mantém enigmático. 

Percebendo que está sendo observado, ele me encara e eu de imediato desvio o olhar, seguindo até meu quarto a fim de terminar de me arrumar.

Calço meus saltos, finalizo minha maquiagem e pego um casaco. A noite não está quente, está fresca, mas mesmo assim prefiro prevenir levando um casaco, já que o clima costuma mudar de repente.

Me viro para deixar o quarto e me assusto ao vê-lo parado no batente da porta, me encarando de uma forma que não consigo decifrar.

― Podemos ir? ― Questiona, sem tirar os olhos de mim.

Assinto.

― É claro, já terminei.

― Ótimo, permita-me. ― Coloca seu braço de uma forma que eu possa entrelaçar o meu e assim o faço e logo caminhamos até deixar o apartamento. Não posso negar que estou curiosa para saber o que me aguarda.

A enorme limusine branca de Khaled estaciona em frente a um luxuoso restaurante de São Paulo, restaurante este pertencente a um espanhol e que para se conseguir uma reserva é necessário fazê-la com no mínimo dois meses de antecedência. Gostaria de dizer que fiquei surpresa de Khaled ter conseguido uma reserva em menos de uma semana, porém nada me parece impossível para este homem e ele faz questão de deixar isso muito claro.

― Obrigada. ― Agradeço ao chofer que havia acabado de abrir a porta da limusine para que deixássemos o veículo, porém este apenas assente sem sequer me direcionar um olhar ou responder algo, assim como havia feito quando lhe desejei boa noite.

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