"Quando sua alma encontra a alma que estava esperando, não a deixe escapar".
O bilionário árabe do ramo da construção civil Khaled Al-Abdullah levou esta frase a sério quando seus olhos encontraram a bela jovem loira de cachos revoltos naquele révei...
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Preparo minha vitamina matinal enquanto ao mesmo tempo preparo meu café que levo na minha garrafa térmica para o trabalho quando ouço meu celular tocar em cima do balcão da cozinha. Imediatamente atendo ao visualizar “pai” escrito na tela.
— Oi, pai. — Sorrio largamente, pois sempre me sinto bem ao falar com ele, assim como com qualquer um da minha família. — Como está tudo por aí? Alguma novidade?
— Tudo bem, filha, estamos com saudades. Quando pretende nos visitar? É impressionante como moramos na mesma cidade, mas as visitas não acontecem. — Diz e sinto uma indireta por trás da sua fala, o que me faz rir.
— Realmente, faz tempo que meus próprios pais não vêm me visitar no meu apartamento. — Rebato a indireta e ele ri, entendendo minha colocação. — Eu juro que estou tentando, pai, mas estou abarrotada de trabalho, agora me colocaram em um grande projeto o qual tive que aceitar, afinal estou certa de que dará uma grande guinada na minha carreira. — digo.
— Mesmo? Bom, esta definitivamente é uma ótima notícia, minha filha. Sempre soube que é uma profissional extremamente capaz, só me dava raiva de ver o quanto desperdiçava seu talento naquele escritório.
— Eu sei, pai, mas agora tenho certeza de que irei receber o reconhecimento que mereço.
Um silêncio se faz presente, até ele mudar de assunto:
― E o que pretende fazer a respeito do seu mestrado? ― pergunta de fato curioso e interessado, o que me deixa surpresa, afinal quando estava próxima da minha decisão de fazer faculdade e eu optei por engenharia civil ao invés de direito, ele não recebeu muito bem essa notícia, já que praticamente toda minha família seguiu carreira na área do direito. Porém desde o início deixei claro que aquela era minha decisão e que ninguém iria interferir.
― Deixarei para iniciar no segundo semestre. Como eu disse, tem esse projeto grande agora no escritório, fora outras coisas às quais quero me dedicar no momento. Definitivamente não é a hora de iniciar um mestrado, não quero mais essa dor de cabeça para mim. ― Respondo o mais sincera possível. Nunca tive dificuldades em demonstrar o que sinto. O que tiver que ser dito por mim é dito, não faço rodeios e não tenho papas na língua. Nesse quesito puxei minha mãe.
― Sua mãe está cobrando sua vinda aqui para jantar, foi por isso que liguei, além de é claro saber como está, já que parece que não tem família, não é mesmo, dona Chiara? ― Repreende.
― O senhor está certo, preciso aparecer mais. Vamos marcar um jantar em que o Alesso e o Vicenzo estejam presentes, afinal também sinto falta das minhas cunhadas e sobrinhos. ― Afirmo sorrindo, me referindo aos meus irmãos. ― A última vez que os vi foi no natal e olha que moramos em cidades próximas.
― Irei combinar tudo com sua mãe.
― Certo, babbo, irei aguardar sua ligação combinando tudo.
