Finalmente foi o dia do almoço de domingo na casa dos meus pais e eu trouxe a Helena comigo. Eles ficaram muito felizes de conhecê-la! Indiretamente, acabaram elogiando o trabalho dela com o blog. Confesso que fiquei olhando para ela enquanto minha mãe falava e não pude evitar de abrir um pequeno sorriso. Que droga! Acho que eu tô muito "na dela"!
Enquanto ela foi ajudar mamãe a arrumar tudo, fiquei na sala conversando com meu pai e meu irmão.
- Ela é bonita, irmão! - falou Luís – Tão namorando?
- Não, ela é só uma amiga. - por que as pessoas pensam logo nisso?
- Mas, você está apaixonado por ela né? - meu pai foi direto – Tá estampado na tua cara!
- É tão óbvio assim? - suspirei – Eu sou tão besta! - passei a mão no rosto
Ambos riram de mim.
- Ai, mano, você sempre foi assim. - meu irmão completou – Eu fico feliz de pelo menos ter trazido uma aqui em casa antes dos 30. - riu de novo – Ou seja, eu perdi a aposta com papai.
- Como é? - indaguei cruzando os braços – Apostando pelas minhas costas? Vocês...
- Foi só uma aposta boba! - papai, desta vez – Agora, moleque, me dá meus cinquenta reais. - fez gesto pro meu irmão
- E por 50 reais? - gargalhei
- Mas, sério, mano, tô muito feliz por você. - sorriu
E nesse meio tempo o assunto acabou e meu pai acabou voltando a prestar atenção na TV, porque logo ia começar o seu programa favorito. Logo Helena e minha mãe voltaram e já iríamos embora, porque nós dois tínhamos que trabalhar no dia seguinte.
E assim que colocamos o pé para fora de casa, eis que aparece a pessoa mais improvável ou até mais provável: Pedro. Olhei para Helena e ela parecia paralisada, com os olhos arregalados, sem reação.
- Helena... Que irônico te encontrar aqui. Estava passando por aqui, vi seu carro e vim falar com você. - ele disse, com a maior cara de pau
- Falar o que? - eu perguntei logo – Acho que ela já disse tudo o que tinha para falar.
- Estou falando com ela e não com você, seu merda!
- Que eu saiba, ela tem uma medida restritiva contra você. E sabe muito bem que não é a primeira vez que você a descumpre. - inflei o peito na resposta
- Estou pouco me fodendo para a medida restritiva. É só um papel ridículo! Quero falar com a minha namorada. - falou reforçando as duas últimas palavras
Enquanto isso, Helena só observava a nossa discussão. Ela não tinha forças para fazer algo e eu senti que deveria fazer por ela. Imagino que meus pais e meu irmão não estavam entendendo nada.
- Ex-namorada! - gritei – Caralho, cara, você não se manca de que ela não quer mais nada contigo?
A situação estava escalando e eu estava com medo do que poderia acontecer, até porque eu estava na frente da casa dos meus pais, para esse cara maluco caçar minha família é um pulo! E a Helena já estava agarrada no meu braço e tremendo muito.
Porém, meu pai finalmente decidiu intervir.
- Rapaz, por favor, saia. Ninguém te quer aqui!
- Não saio até falar com a Helena.
- A menina não consegue nem falar. - minha mãe dessa vez – Olha como ela está!
- É porque ela não resiste quando me vê.
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Contemporânea Erótica
RomanceDuas entregas que foram ao destinatário errado. Duas caixas trocadas. Gustavo recebe sua encomenda que fez pela internet, mas ao abrir vê que não é nada daquilo que ele pediu. Logo percebeu a troca e foi ao apartamento da vizinha que devia estar c...