Paixões que aquecem

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Apesar de confuso e perdido, ter Jimin em meus braços sempre me faz ter certeza de todos os meus sentimentos. Então, mesmo que eu não entenda o porquê de sua feição chorosa ou a razão de ele ter batido com tanta força na minha porta, meu sorriso cresce por saber que temos um amor recíproco.

É engraçado pensar que, pouco mais de quatro meses atrás, eu sequer imaginava que Jimin pudesse nutrir por mim algo parecido com o que eu sentia por ele. Em teoria, eu deveria apenas seguir minha vida, fadado a ser sempre o amigo alfa que está sempre por perto para tomar conta dele. Mas, em troca, ganhei algo muito mais puro, muito melhor.

Eu ganhei o meu amor.

Quando o seguro pela cintura e aproximo nossos rostos, as palavras saem com leveza por meus lábios:

— E eu amo você, meu alfa.

Jimin sorri largo na minha direção e eu não perco tempo em abraçar com firmeza seu corpo menor que o meu. Ele se aconchega nos meus braços feito um filhote em busca de afeto, mas não me importo, apenas me empenho ainda mais em acariciar o meu amor e lhe trazer conforto e carinho. Não sei o que houve, mas sei que estou ao seu lado não importa o que aconteça.

Mesmo que um alfa irritado esteja vindo em nossa direção.

Ainda que se trate do pai de Jimin, eu não me seguro e coloco o Park para trás de mim. É o meu instinto e não posso fazer nada a respeito. Proteger o meu companheiro é uma prioridade. Jimin até tenta me impedir, ele me segura e tenta me puxar, mas eu torno o movimento difícil e permaneço em sua frente.

— Jimin, não basta toda a vergonha que já passei? Vá logo para casa e fique no seu quarto. — Até a voz de seu pai me soa como uma ameaça.

Meu lobo pouco se importa para a idade do homem em minha frente ou qualquer outra coisa do gênero, uma vez que ele está agredindo o meu Jimin.

— Por que você não vai embora, Sr. Park? — Minha voz sai mais grossa que o normal, deixando nítido meu lobo a ponto de tomar o controle. — Quando Jimin quiser ele também vai.

— Quem você pensa que é para mandar no meu filho?

Eu rio, uma risada que não tem graça, mas que carrega um deboche que não é natural de minha pessoa. É escárnio puro. Me dói agir dessa forma com alguém que não deveria causar pânico no próprio filho. Pais não devem representar uma ameaça dessa forma.

Uma infelicidade que o mundo seja tão corrompido.

— Ao contrário do que você faz, não estou dando ordem alguma a ele. Estou informando a você, que a decisão de ir ou de ficar é totalmente dele. — Explico com a gota de calma que me resta, sentindo a força com a qual Jimin me aperta apenas intensificar. — Jimin sempre foi importante para mim e eu sempre quis protegê-lo. Agora que tenho a permissão dele para isso, o farei sem me importar. Você pode ir embora, por favor?

— Não vou sair daqui enquanto souber que vocês dois são essa coisa nojenta. — Expõe, me fazendo revirar os olhos mesmo sabendo que é um gesto infantil. — Vocês são nojentos. Eu não criei meu filho para que ele abrisse as pernas para um qualquer. Se bem que ele é mesmo um qualquer e...

Eu não me reconheço quando um rosnado me escapa com muita força. Meu lobo me controla com tanta força agora, que se me olhar no espelho certamente verei meus olhos alaranjados, beirando ao carmim.

Lave a sua boca antes de falar do meu alfa. — Eu nunca, em toda a minha vida, tinha usado a minha voz de alfa. Nunca. Vá embora antes que eu o tire daqui à força.

Ele sequer faz menção de sair da nossa frente, mas, por sorte, meus pais chegam no melhor momento possível e intercedem. Ou melhor, meu pai toma a frente, visto que eu ainda estou controlado por meu lobo e pela raiva.

Alfas Não Podem Amar Alfas | jjk + pjmOnde histórias criam vida. Descubra agora