Desejos que afloram

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Jimin e eu somos uma dupla incrível, se eu puder resumir de tal forma. Assim que nós voltamos da praia, após o pôr-do-sol, cada um se prontificou a uma coisa diferente para que pudéssemos ser mais ágeis.

Ele foi para o banho primeiro e eu deixei sua roupa separada, depois tirei das mochilas os itens que usaríamos nos três dias em que ficaríamos ali. Quando ele voltou e se vestiu, eu fui para o meu próprio banho e ele me disse que ia organizar tudo que compramos de comida e bebida na cozinha da pousada. Eu deveria chamar essa pousada de chalé, porque é isso que ela parece, sendo honesto.

E agora, os dois de banho tomado e devidamente vestidos, estamos preparando o nosso jantar. Jimin está encarregado de cortar tudo que eu peço, já que meus dotes culinários são melhores que os dele — palavras do próprio Jimin. E não é como se eu me importasse de cozinhar para o meu amor, também, então vou fazer nossa comida e pronto.

E algo reforçado, porque ficar horas brincando no mar é extremamente cansativo e dá uma fome danada.

— Terminei, falta cortar alguma coisa? — Ele chama minha atenção, me entregando os legumes que vou cozinhar já cortados.

— Não, agora é tudo no fogão. — Dou de ombros. Na sequência, o sinto me abraçar pela cintura e escorar a cabeça no meu ombro. — Ei, assim fica difícil de cozinhar.

— Só me deixa ficar aqui um pouquinho. — Seu tom é tão manhoso, que sou incapaz de negar seu toque. — Será que se eu tivesse sido um pouquinho mais explícito, você teria me beijado naquela noite? Lembra, aquela em que eu disse que queria beber café?

Solto um suspiro, lembrando-me da investida que dei nele e do quanto meu coração batia forte e rápido no peito. São sintomas comuns quando se trata de Park Jimin, já estou totalmente acostumado a isso. Mas, sendo honesto, lembrar dessa noite em específico faz meu coração palpitar.

— Eu quero beijar você há tanto tempo, que sim, se você fosse um pouco mais preciso no que desejava, eu teria beijado você. — Assumo, sem medo, cobrindo as duas panelas e me virando para ele. — Mas, talvez, as coisas estejam ocorrendo no momento certo. Nós não precisamos correr, é só deixar fluir. Tem dado certo até agora.

Ele concorda com a cabeça e me segura pela cintura como tanto gosta de fazer, agora me encarando e cobiçando minha boca como se não pudesse tocá-la a todo instante se assim desejar.

Matando nosso desejo, inclino o rosto para baixo e o beijo de forma calma. Eu gosto de como ele me segura, gosto de como comanda nossos movimentos, e gosto da maneira que ele também cede as minhas investidas quando tento tomar o controle. É impressionante que tenhamos os mesmos instintos, mas que consigamos abrir mão deles sempre que necessário.

Nós nos encaixamos tão bem.

E eu sei que estar aqui, sozinho com ele, vai nos dar liberdade para ir além. Eu tenho total certeza de que quero dar esse passo com ele e sei que é recíproco. Ainda assim, me assusta pensar que um de nós vai precisar ceder de todas as formas possíveis e que pode ser desconfortável e até mesmo doloroso, mas isso não me deixa acuado o bastante para desistir. Assusta? Sim. Mas não a ponto de esquecer a ideia.

Sei que sexo faz parte de um relacionamento, sei que vai fazer bem ao que nós temos e a nós dois como indivíduos antes de casal. Isso apenas não significa que parte minha não esteja agora em total pânico.

Se ele pediu que eu trouxesse as camisinhas e o lubrificante, é porque pensou exatamente nisso quando o convidei.

Esse malandrinho pensa que eu não entendo as entrelinhas.

— Eu concordo. — Diz assim que nossas bocas se afastam, e então aperta um pouco mais a minha cintura. — Por que a sua cintura tem que ser tão perfeita? Me faz pensar se eu prefiro apertá-la com as mãos enquanto te deixo sob meu corpo, ou com as pernas quando estiver sentindo você dentro de mim.

Alfas Não Podem Amar Alfas | jjk + pjmWhere stories live. Discover now