Korean Killer • Jjk + Pjm

Perigosa

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Jeon Jungkook

Hotel Conrad - Washington, DC

10 de março de 2022

Não sei onde eu estava com a cabeça quando concordei em entregar a moto do novo líder da equipe designado para o caso do homem invisível. Eu não gosto de como me sinto ao pilotar, porque sou levado por um misto de sensações que me cegam.

Me sinto vivo e morto ao mesmo tempo, é indescritível. Tudo ao meu redor desaparece e eu acabo me empolgando um pouco demais.

Eu costumava pilotar todos os dias na minha Daytona 675, a qual apelidei de perigosa. Precisei parar porque não fui capaz de controlar a minha vontade de acelerar e acabei infringindo algumas leis de trânsito, e eu precisava ter o nome limpo para ser um funcionário do FBI.

Então, é, eu desisti de pilotar.

Encaixotei essa minha paixão para que pudesse seguir um pequeno sonho meu. E eu não queria ser visto como "o garoto rebelde que anda numa moto atentando contra a vida dos pedestres".

Hoje precisei usar todo o meu autocontrole para que o dono dessa belezinha não leve algumas multas. E seu rostinho bonito não merece pagar pela minha imprudência.

Ah, sim. Eu vasculhei a ficha de todos os agentes que irão fazer parte da minha equipe e me interessei por um em específico.

Park Jimin.

Ele se formou - com destaque acadêmico, vale salientar - em psicologia criminal e é especialista em balística. Sem contar que já foi um atirador de elite e isso tudo contribuiu para que ele subisse rapidamente de posição dentro do FBI.

Não sei como conseguiu aprender tantas línguas, mas ele é poliglota e isso é estranhamente atraente. Talvez ele quisesse ser um diplomata, ou algo do tipo.

De qualquer forma, saber várias línguas o ajudou muito em seu trabalho, porque ele foi capaz de resolver casos de outras repartições e que envolviam criminosos de outros países.

Ele é o ser mais intelectual e sexy que eu já investiguei na minha vida e isso mexe com as minhas estruturas.

Eu não pretendo me envolver com um colega de trabalho, não preciso repetir isso para mim mesmo porque levo meu emprego a sério.

Hm, talvez eu precise repetir isso quando estiver na presença dele, mas tudo bem.

Quero pagar de autocontrolado nessa situação, mas eu sou capaz de admitir que fui levado um pouco pelo meu lado irracional e me senti atraído pelo agente Park, e estou interessado em conhecê-lo.

Não em me envolver com ele, apenas conhecê-lo.

Espero que tenhamos uma boa relação porque serei seu superior, apenas.

Me obrigando a parar de pensar nele, foco no que vim fazer e estaciono sua moto bem cuidada em frente à calçada do hotel Conrad, onde seu chefe Patrick me avisou para encontrá-lo.

Apoio meu corpo na máquina, segurando o capacete em frente ao meu quadril. Ajeito meus fios de cabelo bagunçados com a mão, jogando-os para trás enquanto observo as portas de vidro do hotel se abrirem para que ele passe desfilando por elas como se estivesse em uma passarela.

O analiso dos pés à cabeça, disfarçadamente.

Prendo o suspiro que quase entrega a minha reação.