Tiro no escuro

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AVISO DE GATILHO!

(Esse capítulo possui descrição de assuntos sensíveis, como: relacionamento abusivo e obsessivo, abandono, traumas psicológicos e emocionais, etc. Se você se sente desconfortável, NÃO LEIA!)

Não esqueça de votar ⭐ e de comentar bastante para apoiar a história. Boa leitura!



Park Jimin

Estacionamento, DC Wings - Washington, D.C

01 de abril de 2022


Aconteceu.

Foi inevitável.

Quando ele olhou nos meus olhos e me pediu perdão por querer me beijar, eu soube que não tinha mais como evitar.

Ele me beijou.

Como se a vida dele dependesse disso.

E ele me fez sentir isso à cada segundo, através de cada movimento, e em cada centímetro do meu corpo.

E, embora eu tenha desejado isso por muito tempo, e, até tenha saído do hotel com a vontade de beijá-lo dominando a minha mente, eu ainda estava nadando contra a correnteza, sem ter tanta certeza assim.

Porque eu me tornei um tremendo covarde, e isso não é novidade.

Eu o quero. Beijá-lo só me fez ter mais certeza disso.

Mas tem algo me impedindo de entregar-me ao que podemos ter juntos.

É o medo.

Um medo tão profundo quanto o oceano que me afogou nos olhos obscuros dele, quando encerramos o beijo e ficamos nos encarando por longos segundos. O coração acelerado e a mente completamente bagunçada, tentando processar tudo o que havia acontecido, enquanto ele sorria para mim, com um brilho incandescente no olhar.

Naquele momento, meus lumes encontraram os dele, que pareciam transmitir o quão certo e determinado ele estava sobre nós. Um nós que sequer existia ainda.

Porém, a expressão dele vacilou, quando ele não encontrou a mesma certeza em meus olhos.

Eu o assisti perder aquele brilho, ficar confuso, e então desejar ir embora, magoado, ferido.

- Você não gostou do beijo? - Jeon questionou, inseguro. - Ou... se arrependeu? E-Eu fui o único que sentiu alguma coisa? - a voz dele ficava cada vez mais embargada e falha, o que me deixou levemente desesperado.

Não. Não para as três perguntas.

- O beijo... não tem como não ter gostado. Foi... - fiz uma pausa, tentando pensar em que palavra poderia descrever a sensação, e, mesmo que nenhuma chegasse perto, sussurrei: - Mágico. - suspirei, o coração martelando dentro do peito, agoniado. - E, não, você não foi o único que sentiu alguma coisa, mas...

- Então você se arrependeu? - ele recuou alguns passos, enxugando os rastros de lágrima que molhavam o rosto bonito, e me fitou, com a face tomada por uma tristeza sem tamanho.

Em silêncio, agarrei a mão dele e o puxei restaurante afora, sem esperar que ele se despedisse dos funcionários, e, sem me importar com o quão estranho aquilo parecia para todos os que estavam presentes no lugar, o arrastei para o estacionamento. Maneei com a cabeça para o veículo dele, e, em resposta, ele destrancou as portas do carro, onde entramos e sentamos, com o corpo direcionado um para o outro.

Korean Killer • Jjk + PjmWhere stories live. Discover now