Korean Killer • Jjk + Pjm

Era uma vez um taco de golfe

⚠ AVISO DE GATILHO ⚠

(Este capítulo trata rapidamente e implicitamente temas sensíveis como assédio, romantização de fetiches, etc. Se você se sente desconfortável, NÃO LEIA!)

A única hashtag possível para hoje é #eraumavezumtacodegolfe.

Aviso rápido: criei uma playlist curtinha para você fazer stream no PROOF enquanto lê. Deixarei o link dela nos comentários deste parágrafo.

Ah, e teremos dois pontos de vista hoje, ein?

Não esqueça de deixar seu voto ⭐ e de comentar bastante para apoiar #KoreanKiller, tudo bem? Boa leitura!

Jeon Jungkook

Arredores de Scottsdale - Phoenix, Arizona

13 de março de 2022

Agora são quase oito da noite, estamos à caminho do Casino Arizona de Scottsdale, onde o senhor Delano nos informou que seu neto estava. O interrogatório foi fácil e rápido, mas no meio do caminho ele tentou nos enrolar com algumas respostas. Me irritei quando ele tentou driblar o assunto, perguntando sobre a investigação e sobre o que fazíamos, o que é um comportamento suspeito.

Park não deu o braço a torcer e conseguiu arrancar tudo o que precisávamos saber, mantendo uma postura séria e intimidante o tempo inteiro, de modo que o velho não o incomodou um segundo sequer.

O problema, é que neste momento, o agente está dirigindo em silêncio, e um clima levemente desconfortável circunda o interior do carro, me deixando agoniado. De novo essa situação estranha que eu não consigo contornar, e não faz nem um dia que estivemos nessa mesma situação. Algo me diz que ele não está de bem comigo, então tento criar coragem para questionar o que está acontecendo.

- Por que está em silêncio? - Pergunto, observando sua sobrancelha se arquear brevemente e suas narinas se expandirem um pouco. A julgar por essa reação, acho que ele está irritado.

- Estou dirigindo, preciso de concentração. - Ele responde, seco, com os olhos focados na estrada.

Respiro fundo, sentindo algo se enrolar em minha garganta e uma sensação esquisita se espalhar pelo meu estômago.

É a emoção de não saber o que está acontecendo e não ter controle sobre isso. Eu odeio.

- Corta essa, Park. Você é do tipo de pessoa que pode se concentrar em vinte coisas ao mesmo tempo e ainda assim vai conseguir fazer tudo muito bem, então não venha com esse papo de "estou em silêncio porque preciso de concentração". - Ele me olha espantado, provavelmente porque eu quase lhe dei um sermão.

Me sinto um pouco mal por ter falado desse jeito, afinal, não é um hábito meu. Eu sempre me expresso calmamente e em um tom de voz moderado, e ele certamente não esperava que eu tivesse essa reação.

- Não fale assim comigo. Se tem algo a me dizer, não precisa usar esse tom de voz rude.

Ele parece um pouco magoado, mas ainda consigo ver um pouco de irritação em seu semblante, o que me preocupa um pouco. Desde que o conheço, mesmo que só há uns quatro dias, ele se mostrou uma pessoa forte por fora, sem nunca deixar transparecer quaisquer outras emoções além de sua habitual alegria e confiança.