Korean Killer • Jjk + Pjm

Sobre se afogar em imensidões

⚠️ ALERTA DE GATILHO! ⚠️

(Este capítulo pode conter temas sensíveis, conteúdo sexualmente explícito, palavras de baixo calão e mais. Se você se sente desconfortável, NÃO LEIA!)

Atenção aos pequenos detalhes das conversas, algumas informações importantes pra história vão ser reveladas aqui.

Não esqueça de deixar seu votinho ⭐ e de comentar bastante para apoiar a história. Feliz um ano de Korean Killer, e boa leitura!

Jeon Jungkook

Four Seasons Hotel — Seul, Coreia do Sul

23 de setembro de 2022

É madrugada, o quarto está iluminado somente pelos fracos raios do sol, que está bem discretamente nascendo por trás das poucas nuvens, como se estivesse à espreita.

Diferente do que pensei, desde que desabafei com Jimin, as coisas ficaram muito mais fáceis. Na verdade, até falar com ele naquele momento foi bem mais fácil do que pensei que seria. Por muito tempo achei que as palavras travariam na garganta, com medo de como elas me machucariam ao sair, mas elas saíram com facilidade porque eu estava com mais medo de preocupar o Jimin, do que de machucar a mim mesmo.

Eu realmente gostaria ir além desse passo, e ter a coragem de enfrentar os monstros do meu passado para ir em busca de todas as respostas que preciso, porém, sinto que não sou capaz disso ainda.

Não irei me forçar a isso, mas tentarei.

Por mim. Por ele. Por nós.

Jimin tem sido muito paciente e respeitoso comigo o tempo inteiro, ele não deveria ter que se preocupar com os meus traumas também. Ainda mais quando essas coisas dizem respeito a mim, e eu sou o único que pode as resolver, então não posso deixar isso afetar ele ou o que temos, como vem acontecendo.

Me cortou o coração ver sua carinha quando entramos no quarto do hotel pela primeira vez, e a surpresa que ele havia planejado para mim parecia perdida. Tudo o que os funcionários prepararam teve que ir para o lixo, exceto o champanhe e as velas.

Merda, as velas.

As velas que imediatamente me fizeram lembrar das lanternas flutuantes, e que não saíram da minha cabeça por um segundo sequer.

Jimin é romântico. Queria que tivéssemos esse momento à luz de velas e eu estraguei tudo.

Mas isso não quer dizer que não possa recompensá-lo por isso.

Ele estava pensando em mim o tempo inteiro, e eu fui egoísta de afastá-lo e esconder dele como estava me sentindo de verdade. Pelo menos, agora posso respirar, aliviado de que o maior problema entre nós, foi resolvido com diálogo. Acho que se tivéssemos entrado numa discussão séria, eu me fecharia ainda mais, ou talvez acabaria falando algo que o machucasse. E o que menos quero é isso.

Agora nosso problema é outro. A tensão sexual que se instalou desde o acontecimento no chuveiro vem crescendo cada vez mais, tomando conta de mim de um modo que eu nem consigo mais conter, e eu sei que ele também está se sentindo da mesma forma porque Jimin consegue ser transparente quando quer dar algum sinal.

Bom, eu não falhei em captar o sinal.

A porra do sinal foi o que mais me perturbou a mente desde que acordei, alguns minutos atrás. É o nosso último dia na Coreia e eu quero que seja memorável para nós dois, para compensar como foi quando colocamos os pés em Seul. Quero que ele sinta que valeu a pena me deixar ficar aqui, ao invés de me pedir para ir embora.