Instinto feminino

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***
Acordei cedo e fiz minhas coisas diária, minha barriga roncava já que nem jantei ontem. Quando desci as escadas eu pedi por tudo que Edward não estivesse e Deus bondoso ouviu minhas vontades.

Devia ter ido pra casa, meu pai ainda dormia no sofá e eu fui à cozinha comer, a dona Luiza não vinha fim de semana então ia fazer comida pra nós....
-ahhhh! Dei um grito vendo Edward de cueca branca na minha cozinha.
-Caralho Ayla! Xingou levando um susto e colocando as mãos na cabeça como quem estava sentindo dor.
-eu... eu não sabia que ainda estava aqui. Queria saber o porquê do nada eu fiquei nervosa atrapalhando as palavras. Isso era muito estranho, por que de repente ele me parecia tão... seus braços sempre foram grandes e seu ombro largo assim?

-Ou! Ele falou na minha frente tirando-me dos meus devaneios
-oi? Respondi rápido de olhos bem abertos.
-o que aconteceu com você? Questionou intrigado. Então ele não lembrava que me beijou. Isso era bom de certa forma não é?
-por que, por que está de cueca? Ele fez outra cara estranha.
-ah... esqueci.
-hm... foi tudo que respondi e ele aproximou mais de mim.
-qual foi pequena Ayla do nada você criou instintos femininos?
-o que? Do que está falando? Era como se estivesse sendo pega fazendo algo errado. Mas na verdade ele deu uma gargalhada zombando de mim.
-é melhor seu pai mandar você pro convento. Saiu da cozinha falando isso é colocando a mão na cabeça.

Instinto feminino? Criando agora? E desde quando eu não sou feminina? Olhei pra minha roupa de moletom e pensei, será que ele só me viu de moletom? Idai Ayla? Desde quando você se importa com o que o Edward fala? Tomei uma água e fui fazer uma sopa pro meu pai, certeza que ele ia acordar como o Edward.

Terminei e fui até a sala ele estava voltando do banheiro com a expressão de ressaca, só pra constar ele não é um alcoólatra.
-pai, fiz sopa.
-o que seria de mim sem minha Ayla?
-um bebado sem sopa.
-não chame seu pai de bebado.
-hmmm, então vejamos o que você é nesse exato momento?
-um homem sem comida.
-engraçadinho, não vou trazer pra sala, cozinha!
-claro, pequena chefa! Ele passou por mim dando um beijo na minha testa e entrou na cozinha.
-Edward eu fiz mais então...
-já estou indo pequena chefa. Ele estava zombando de mim outra vez? Na verdade ele já tinha dito igual meu pai outra vez, mas agora me irritou.

-está bom? Perguntei ao meu pai enquanto os dois comia e jogavam conversa fora. Sentei a mesa também de frente a eles e os acompanhei.
-ótimo meu amor.
-nada mal pequena chefa. De novo? Eu escondi minha irritação e olhei sua boca de relance, deixava meu coração acelerado.
O telefone do meu pai tocou e ele levantou indo pegar na sala. Ficou um silêncio que ao meu vê era tão estranho.
-Ayla tá, fez um jeito com a mão. Eu fiquei assustada só com sua voz rouca quebrando o silêncio.
-tá o que? Ele fez de novo e por fim ergueu-se na cadeira e limpou minha boca com o polegar. Eu senti meu coração frenético desde quando ele levantou-se.
olhou estranho minha expressão e voltou a sentar.
-o que você tem? Mudou sua expressão também.
Antes que eu respondesse algo meu pai voltou reclamando do trabalho. Eu comentei do trabalho deles? Bom eles são políticos, agora são senadores.
Os dois se conhecem desde a época da faculdade.

Outra vez seu telefone toca e ele sai bravo pra atender, como eu também não quero ficar outro momento sozinha com o Edward pego meu prato e coloco bem rápido na pia. Faltando uns três passos pra sair da cozinha.
-Ayla. Minhas pernas travaram no mesmo instante.
-olhe pra mim. Virei-me e observei seus olhos azuis intenso.
-esqueça o que aconteceu, não deveria ter acontecido jamais aconteceria eu estava bêbado. Nossa seria tão repugnante me beijar assim? 
-e você já sabe não comente com seu pai, não quero ele imaginando o que nunca vai existir.
-está falando do beijo?
-não foi um beijo. Edward falou com total pretenção.
-qualquer coisa que seja eu já não lembrava.
-hmm, que bom que também foi insignificante pra você. Levantou e foi colocar seu prato na pia e eu sai. Também??

Subi as escadas e quando me dei conta já estava escrevendo minha raiva e frustração no meu diário.
Tudo bem que possa ser antiquado ou até antigo ter um diário ainda mais pra uma jovem de 18 anos, quase 19 tá! Mas eu sempre amei escrever. Tanto que há pedaços de folhas com poesias de livros antigos que eu retirei dos livros e colei na minha parede. Junto com fotos minhas e das minhas amigas.
Fiquei de frente ao meu grande espelho pensando se eu realmente devia me importar mais com a aparência. Não que eu me ache feia, seria uma hipocrisia, mas parece que me falta um tempero, não sei explicar. E eu me sinto confortável com minhas calças e meus moletons qual o problema?

Por que agora eu estou me questionando em? Que confusão... instinto feminino...

Balancei minha cabeça e deixei isso pra lá, pelo menos eu tentei. A Callie já havia me ligado duas vezes, pensando tantas coisas eu tinha esquecido que marquei de terminar o trabalha na casa dela. Nem respondi desci as escadas e fui atrás do meu pai. É claro que eu ia encontrá-lo no escritório.
-pai você poderia... Edward ainda estava aqui, era claro que ele estava aqui. Meu pai estava com uma cara seria olhando uns papéis intrigado.
-o que Ayla?

Minha Ambição Where stories live. Discover now