CURIOSA

947 67 3
                                    


AYLA AT

-Pai!! Cheguei!! Anunciei entrando em casa.
Sem resposta, coloquei minha mochila no sofá e fui procurá-lo. Poucos minutos depois ele me ligou.
-onde está?
-ainda estou no trabalho Ayla, preciso que me faça um favor.
-diga.
-vá ao meu escritório e pegue a minha agenda e a só Edward, também tem um envelope preto dentro da minha gaveta, preciso dele aqui, estou ocupado não posso sair.
-tudo bem. Chamei o único táxi que meu pai me deixava pegar e segui para seu trabalho.

Eu não sei como as pessoas não se perdem aqui de tão grande. Subi o elevador arrumando meu cabelo depois de olhar naquele imenso espelho.
As portas abriram e eu sai em caminho a sua sala. Não sei quanto tempo faz que não venho aqui.
-oi pai, aqui. Disse entrando enquanto ele estava em uma reunião pelo notebook. Desligou o som e levantou pegando as coisa.
-obrigado, vou chegar mais tarde em casa hoje.
-tudo bem.
-feche tudo.
-sim senhor, aliás não quer que eu entregue a do Edward já que está ocupado.
-ta, tenho que voltar. Devolveu sua agenda e beijou minha testa.
Sai da sua sala e fui atrás da do Edward, onde era mesmo? Questionava-me enquanto andava pelo imenso corredor.

Procurei seu nome nas portas e vi mesmo de longe a sua sala no fim do corredor, parei bem em frente à porta girei a maçaneta, foi questão de segundos pra ouvi dentro da sala.
-se você gritar de novo, vagabunda, vai apanhar.
Não de novo não! Fiquei desnorteada e fechei a porta novamente. Foi com tanta pressa que a porta bateu e sua agenda caiu. Peguei de novo e dei passos.
-Ayla! Meu corpo parou por completo mesmo eu não querendo. Sua voz arrepiou meus pelos e eu dei mais dois passos.
-AYLA! Chamou outra vez e senti sua mão agarrar meu braço me levando pra dentro da sua sala.
-vaza. Falou pra mulher sair.
-mas nós não term...
-SAI!
Edward falou e ela desceu rápido seu vestido e saiu contrariada.

Ele virou-se pra mim e me colocou contra a parede.
-vai me contar?
-con...contar o que? Ele estava muito perto de mim. Eu senti raiva de saber que estava transando com mais uma, que tonta sou.
-por que está me vigiando Ayla?
-Eu não estou te vigiando!
-FALA!! Gritou e eu fiquei mais paralisada ainda.
-que mulher mandou você fazer isso?
-eu não estou fazendo nada! Tentei sair e ele me encostou de novo na parede.
-eu não tenho culpa se você é um sem vergonha e todas as vezes que te vejo está transando com uma diferente!
-como é? Desde quando você é uma atrevida? Ou o que é isso Ayla? Perguntou intrigado e eu tentei desviar o olhar, pedindo por dentro pra ele não falar as próximas palavras.
-não está com ciúmes está?
-o que? Claro que... ele segurou meu rosto olhando pra ele.
-não se atreva a brincar de apaixonada comigo.
-eu... jamais ficaria apaixonada por alguém como você.
-isso é música pra mim, não esqueça que posso passar a odiar você em questão de segundos, não brinque disso que está pensando.
-não estou pensando nada me solta.
-muito bom mesmo. Por que ele me olhava assim com tanto desprezo? Ele me soltou e passou a mão nos seus cabelos.
-vá embora. Nem precisava mandar.
-minha agenda! Falou porque já tinha esquecido de devolver.

Joguei ela no sofá imenso da sua sala o qual já devia ter sido usado pra tudo menos pra sentar.
E sai da sala. Meu peito apertado e morrendo de raiva de mim mesma por ter ido aquela sala, por ter ao menos criado isso. Idiota! Coração idiota!

***

Cheguei em casa e subi pro último quarto da sala, aquele com vista pro mar. Abri a janela e fiquei sentindo aquele vento. O som das ondas bem no fundo e deitei de lado olhando. Meu peito apertava de uma forma que não sabia explicar, pois nunca na vida sentia o que estava sentindo. Como um aperto e ao mesmo tempo um vazio.
Eu se quer me dei por conta quando dormi aqui em cima.

***
Acordei ouvindo um barulho de sirene ao longe, uma conversa apavorada e levantei. Olhei pros lados meio desnorteada pelo tempo que não subo aqui. Levantei e dei passos até a porta, virei descendo alguns degraus da escada e vi de longe a porta da frente aberta e uma viatura. Viatura??? Vi quando Edward me viu de longe e veio até mim com uma pressa terrível e fiquei até assustada quando chegou com uma expressão bravo na minha frente um degrau abaixo e ainda ficava mais alto.
-VOCÊ É LOUCA? Falou agarrando meu braço com uma expressão de bravo.
-o que?? O que foi?
-ONDE CARALHO VOCÊ ESTAVA ONDE SE METEU? SEU PAI ESTÁ LOUCO ATRÁS DE VOCÊ!
-mas..  não está entendendo nada.
-FALA! ONDE PORRA VOCÊ ESTAVA? SE QUER FUGIR DE CASA POR QUE AO MENIS NAO INVENTA UMA MENTIRA E DIZ ALGUM LUGAR QUE ESTÁ? NAO É MELHOR DO QUE DEIXAR SEU PAI LOUCO DESDE A MADRUGADA?
-Para de gritar comigo...
-Idiota... falou e me soltou, aquela vontade de chorar veio, engoli novamente com dificuldade é meu pai também me viu da porta e veio até mim, estava me preparando pra outra briga. Eu desci os degraus com muita pressa tentando explicar pra ele.
-pai, desculpa, eu juro que estava em casa, estava dormindo lá em cima, naquele último quarto, desc... ele só me abraçou forte. Muito forte não consegui ver seu rosto só via Edward sentando no sofá.

-você sabe qual meu maior medo Ayla. Meu pai perguntou baixo e eu o abracei também.
-perder você... ver você machucada, não quero que ninguém nunca machuque você.

-eu estou bem, só foi um mal entendido tá?
-por que as merdas das câmeras estavam desligadas? Edward perguntou.
-estavam? Meu pai me soltou e concordou.
Ele foi pra fora dispensar os policiais e eu fui ao banheiro. Voltei e sentei no sofá também, de frente pra ele sem o olhar.

-por que diabos dormiu em um quarto que se quer tem cama?
-se importa?
-na verdade não, mas seu pai sim, e me acordou de madrugada pra ir atrás de você onde quer que estivesse.
-só estava olhando o mar e...
-qual a sina com um monte de água?
-se não olhasse só papéis e calcinhas você perceberia.
-Presta atenção Ayla! Ele mudou seu jeito de sentar e já estava pronto pra desfilar tudo que me machucaria se meu pai não aparecesse.

Ele sentou-se também e eu estava totalmente brava, na verdade eu nem conhecia mais meus sentimentos.
-Bem, eu vou tomar banho. Levantei e fui fazer minhas coisas.
Meu telefone começou a tocar, ouvi desde o banheiro. Depois eu atendia mais lembrei que estava sem senha e tinha minhas conversas com a Callie, sobre o Edward. Sai da banheira o mais rápido que pude. 

                             EDWARD AT

Minha Ambição Onde histórias criam vida. Descubra agora