Viagem

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Desci as escadas e não vi ele no escritório, que bom! Também estava fechado e eu sabia que meu pai estava lá pelas chaves ainda jogadas no centro.
Abri a porta e dei de cara com ele já com a mão estendida pra abrir a porta. Aquele nervosismo apareceu novamente só de olhar aqueles olhos azuis intensos, seu tamanho meio que me intimidava e aquela boca que eu já tinha provado era do diabo!

Ele olhou meu vestido mesmo tentando não olhar. Eu vi ele mudar de humor diante dos meus olhos, mas não fez nada, não sei se foi porque não queria ou pelas câmeras na minha casa até que passou por mim sem fazer a mínima.
-eu arrancaria essa merda aqui mesmo!
-uma pena que não possa, tchauzinho.
Falei e segui pro carro.

-não era melhor ir de calcinha Ayla?
-meu pai morreria Jhon, mas é uma opção.

***
Sendo sincera meu o dia na faculdade foi bem normal, a Callie perguntou o que aconteceu e eu contei tudo, ela concordou que era melhor eu me distanciar dele e a Sophia só perguntou se ele beijava bem, o que é um ódio de tão bom!

O Jhon me trouxe e assim que cheguei em casa:
-Ayla? Meu pai me chamou na cozinha fazendo algo, ele tinha voltado muito cedo hoje.
-oi pai.
-liguei na faculdade pra justificar suas faltas futuras.
-quês faltas? Questionei pegando a comida dele pra mim.
-vamos viajar, a negócio, mas não posso deixar você, então vai comigo.
-por que não posso? Já sou maior de idade sabia?
-você é minha menina Ayla, minha menina.
-tudo bem, eu gosto de ser sua menina as vezes...
-as vezes? Ele passou o creme no meu nariz e ficou me olhando. Eu ia contestar mais, porém uma viagem poderia me fazer bem.
-Aliás o passeio com minhas amigas e os golfinhos está de pé não é?
-não vejo motivo pra não está, ou tem?
-não! Não! Só estou perguntando.
-ótimo, faça suas malas, vamos amanhã.
-amanhã já?? Ele confirmou?
-por acaso eu sou corna pra sempre ser a última a saber?
-não, você não tem um namorado, nem vai ter!

-É UM LUGAR QUENTE OU FRIO??
-FRIO.
Gritou das escadas. Ah não, eu odeio frio! Não tem quase nada legal pra fazer a não ser tornar-se o próprio edredom.
Terminei de comer e fui me arrumar pra ir.

Enquanto colocava os mil moletons como quem ia viajar pra vida inteira Callie me ligou.
-que bom Ayla, assim você esquece ele um pouco, fica sozinha e se diverte não tanto quanto comigo, mas seu pai não justificou as minhas faltas.
-você sabe que ele nunca faria isso. Rimos e pelo vídeo mesmo ela me ajudou a escolher algumas roupas.

Fiz tudo que tinha pra fazer deixando meu quarto uma verdadeira zona. Quando eu quero algo eu acho tudo menos o que quero.
Como eu previa que ia passar muito tempo em um hotel entediada levei meu diário.

Me arrumei pra dormir e se quer me dei conta quando ia adormecer...

***
-AYLAAAAA! Eu acordei assustada pulando da cama como um gato.  Olhei a hora e comecei a correr, eu tirei o despertador da aula, mas esqueci o da viagem.
-fui ao banheiro lavei o rosto, escovei e sai o coloquei uma blusa grande com a calça de moletom que estava mesmo e...
-AYLAAAA!
Mais uma vez ele me gritando e ouvi seus passos, mal deu tempo de pentear o cabelo.
Quando abri a porta ele já estava prestes a fazer o mesmo.
-bom dia. Falei e dei um sorrisinho arrumando o cabelo.

-acabou de acordar não foi?
-não, claro que não, só esperando você me chamar. Ele sabia que era mentira. Pegou minha mala e descemos.

-pai como eu presumo que não vai ficar no hotel, eu vou poder fazer o que quiser não é?
-não.
-sim claro que vou!
-já disse que não.
-não sou uma prisioneira e não quero ficar sem fazer nada, sabia que meu tempo é ouro?
-ae é mesmo? E o que você quer fazer? Perguntou e quando abriu o porta mala pra por as coisas eu vi o carro do Edward estacionando na nossa garagem.
-o que ele tá fazendo aqui? Perguntei, mas não era pra ser em voz.
-como assim? Por acaso ele não trabalha comigo?

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