Capítulo 13: Espada de Madeira

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  A natureza lupina dar uma espécie de vantagem a mais sobre tudo o mais. Por ser considerado híbridas, as pessoas e os seus lobos, são um só, apenas um ser. Mas os sentimentos, as decisões, as vontades e desejos, descendem do lobo, o verdadeiro eu de cada um. Mesmo que pela civilização, tentem contender o desejo  de seu lobo, não adianta lutar, as vontades reais de cada um, são as do lobo e elas sempre prevalecem, de alguma forma ou de outra. E se caso contender contra isso, terá consequências e às vezes, os danos são irreparáveis.

Há muitos anos atrás, só haviam lobos na terra, estes que passaram a ter sua forma humana um tempo depois. Seres com apenas duas pernas e dois braços, mais inteligentes e astutas, mas nunca como um lobo de verdade, sua natureza real. Desde então, anos e anos se passaram, e o costume de se transformar passou - talvez só o Black mantém o costume em seus Hut - mas as vontades e desejos reais, ainda é o do lobo, e sempre será desse jeito.

O Lúpus não fez a vontade de seu lobo. Ao invés de ir para perto do Ômega, Jeong Kuk subiu para o convés do Destemido. Passando direto para a popa do navio, parou ao lado do leme e passou a mão pela roda, olhando para alguns de seus homens reabastecendo no convés. Caminhou até algumas caixas e se sentou, olhando para a praia, de onde estava, dava para ver o Ômega balançar a espada improvisada para lá e para cá.

E talvez, Jeong Kuk tivesse deixado seu lobo vencer novamente, mas não ficaria muito tempo com Jimin, talvez devesse aproveitar o pouco tempo restante. E assim, nem percebeu o tempo passar, apenas olhando Jimin treinar os movimentos repetidas vezes, de novo e de novo. Até que o Ômega cansou e se sentou na areia, mas mesmo assim, continuou a movimentar, como se estivesse treinando a técnica em sua cabeça.

Então YunGi se aproximou, sem que o Lúpus percebesse até que sentisse o cheiro doce de melancia no ar. Jeong Kuk não precisou virar o rosto, para saber da aproximação do Ômega mais velho, permanecendo na mesma posição. Continuou olhando para Jimin na areia da praia, começando a ficar mais lento e logo se deitou na areia e esticou os braços abertos. Enquanto YunGi espiava o mesmo por cima do Lúpus, sorrindo disfarçadamente.

– está ensinando a ele? – perguntou YunGi para confirmar, desde o dia que quase se machucou, Jeong Kuk não quis mais ensinar, embora fosse o melhor nisso...

– segui o seu conselho, não vamos ficar juntos por mais muito tempo... – respondeu moreno, mantendo os olhos no menor, Jimin não iria se machucar e ficaria seguro.

Esse era o pensamento Jeong Kuk.

– preparem tudo, não vamos mais sair depois de amanhã – pediu Jeong Kuk voltando os olhos para o Ômega mais velho – vamos zarpar nessa madrugada, avisem todos – completou se virando para olhar para o horizonte, quando YunGi se curvou e saiu.

O Sol se escondeu na linha azul e a noite começou a cair lentamente, o Lúpus olhou para o céu escurecer lentamente. Antes de voltar os olhos para a praia, o silêncio e sem os movimentos, apenas a respiração lenta e agradável. O Ômega havia adormecido. 

Os movimentos no convés, indicavam que o Ômega repassou a ordem para que todos se preparassem. Enquanto o Lúpus desceu do tombadilho, caminhando direto para a amurada e e para a praia. Os marujos carregavam o restante dos suprimentos, loucos para curtir a última noite em terra firme, antes de voltar a navegar.

O Capitão passou por cada um deles em direção ao Ômega, sentindo suas botas afundarem na areia branca da praia, até passar por Nam Jun. O Alfa estava cochilando, mas deu um pulo, quando o Lúpus passou ao seu lado, o fazendo se levantar rapidamente e arrumar a postura, limpando a garganta. Que o universo o ajude!

An Omega On BoardWhere stories live. Discover now