Capítulo 4: Diamante Bruto

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  O Ômega nunca havia sentido algo como aquilo antes, o cheiro maravilhoso enchendo suas narinas, despertando o seu lobo. O pequeno parou de cortar a corda e andou um pouco para ter a uma visão melhor do dono daquele cheiro, que o atraía tanto. Bem no momento que o viu, o Alfa parou no meio da tábua e olhou ao redor, como se estivesse procurando algo e Jimin prendeu a respiração.

O pequeno acabou se abaixando no reflexo, se escondendo por puro instinto. Algo naquele Alfa o deixava sem chão e eufórico ao mesmo tempo, muito perigoso...

Ao não encontrar nada, o Lúpus voltou a andar, e quando Jimin voltou a espiar e percebeu que estava seguro, voltou a cortar a corda. E assim que o maior pisou no convés do Rainha Vermelha, o Ômega atravessou para o navio maior. Jimin enrolou suas mãos na corda cortada e testou sua residência, antes de tomar impulso e pular - se sentindo o próprio Tarzan - do Rainha Vermelha para o outro navio.

O Ômega atravessou para o navio oposto no ar, soltando a corda e caindo sobre a proa, tendo que dar uma cambalhota para diminuir a velocidade em que pousou. E embora seu instinto de sobrevivência o pedisse que se escondesse bem, Jimin não resistiu a vontade de voltar para a amurada e observar o tal Alfa misterioso. O Alfa dono do cheiro mais perfeito e maravilhoso que já sentira em toda a sua curta vida de 24 anos.

A tripulação do Rainha Vermelha estava toda imobilizada - fora o Capitão e o Imediato, amarrados no mastro - todo o resto estavam amarrados sentados de costas um para o outro no chão do convés. O silêncio era cortado apenas pelas respirações ofegantes e gemidos de dor dos Alfas. A tripulação invasora permaneciam em silêncio com suas espadas em punho, até que o som do metal batendo no chão de madeira começou.

O som cortando o silêncio, os fazendo se desesperar e tentarem se soltar, enquanto alguns começaram a clamar os seres divinos por proteção. A expressão de puro pavor em seus rostos, pois eles sabiam, todos eles sabiam, qual era aquele som...

Tlinc... tlinc.. tlinc...

Esse era o som. O que diziam ser o som da morte. Que uma vez que ouviam esse som, significava que era o fim de suas vidas miseráveis. Os passos pesados batendo contra a madeira polida do navio, deixavam os corações das pobres almas piratas do Rainha vermelha sacolejando com violência. O temor faziam o cheiro de medo se espalhar, incomodando o nariz sensível de Jimin no outro navio, enquanto a tripulação do Destemido sorriam de satisfação.

O silêncio foi tomado por gemidos de dor e de desespero, o Capitão Jeon estava se aproximando. E quando um Alfa alto apareceu em suas visões, todos se calaram, mas a tremedeira duplicou. A presença do moreno era assustadora, como se estivessem em uma caixa bem vedada e cada vez mais, ela se encolhia e encolhia, tornando o espaço cada vez menor e sufocante. Esse era o poder do Alfa Lúpus, o lendário Capitão Jeon do Diamante Negro.

– o Capitão deles está aqui – avisou o Imediato para o moreno, que desviou os olhos para o Alfa amarrado no mastro, o fazendo se encolher com o olhar.

– ouvi dizer que você sabe sobre o meu navio... – começou Jeong Kuk com a voz rouca, passando a ponta dos dedos na mandíbula marcada – o que você sabe sobre o Diamante Negro? – perguntou olhando para o Alfa encolhido, que se encolheu ainda mais.

– pegamos todos, Capitão – avisou um dos marujos para o moreno, que sem desviar os olhos do Alfa amarrado, anuiu tranquilamente.

– lembre-se, a cada vez que mentir para mim e eu vou saber... – começou o Lúpus esticando a mão para o mesmo marujo, que lhe entregou a sua espada – você perderá uma peça de seu corpo, está me entendendo, Alfa? – perguntou Jeong Kuk sério, vendo o Alfa anuir rapidamente e soluçar – muito bem... o que você ouviu sobre o meu navio? – perguntou novamente.

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