An Omega On Board

Capítulo 35: Terra das Sereias

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   Há quem dizem que antes de morrer, temos uma visão de toda a nossa vida, como um filme a ser assistido. Onde vamos ver todos as memórias tristes e felizes, todos os seus sonhos e arrependimentos ao longo da curta vida. Jeong Kuk tinha alguns sonhos e alguns arrependimentos, mas todos eram voltados para uma única coisa. Ver o seu Ômega ao seu lado e formar sua família novamente e não ter o encontrado antes, o amado antes e o marcado antes.

Outros dizem que vêem uma luz ao fim de um longo e escuro túnel, que vem em sua direção e os toma, o levando ao tal paraíso. Outros dizem experimentar sensações comuns como satisfação, separação psíquica do corpo e algo mais. Jeong Kuk por alguns segundos, estava apenas sentindo seus batimentos cardíacos ficarem cada vez mais lentos, conforme a pressão arterial caía, junto com a imagem de Jimin caindo no mar.

Por isso não teve muito tempo, além de arrancar o casco e o chapéu - o jogando no chão do convés -, antes de correr e pular atrás, em segundos. Jeong Kuk conseguiu abraçar a cintura de Jimin, dois segundos antes dos dois afundarem no manto azul enraivecido. Os meninos correram para a amurada rapidamente, procurando por algum sinal de Jeong Kuk ou Jimin, mas não acharam nada.

– JIMIN! – gritou Tae Hyeong desesperado tentando subir na amurada, até Hobi o segurar.

– JEONG KUK! – gritou Nam Jun olhando por toda a lateral do navio em busca do moreno ou do menor.

– oh céus, o que vamos fazer? – perguntou YunGi procurando por um sinal dos dois na água, mas não viram nada.

– JIMIN! – gritou Jin começando a tremer de nervoso e preocupação, ao lado de Tae Hyeong, sempre procurando.

A tripulação passou horas chamando pelo casal de Lúpus, mas sem respostas e nem um sinal de sua localização. A tempestade começou a ficar amena aos poucos, diminuindo os ventos e aumentando a esperança da tripulação. Mas algumas horas se passaram e não viram nem um sinal do Lúpus, não os acharam e nem voltaram para o navio.

– é minha culpa... – choramingou o menino e Wonho o abraçou, o acalmando um pouco.

– não é sua culpa, ele te salvou e foi atingindo por outra coisa – disse Wonho baixinho e o menino limpou as lágrimas.

– o que faremos agora? – perguntou Jin com os olhos inchados pelo choro e Tae Hyeong se encolheu, quase sem voz.

– vamos continuar a viagem – disse Nam Jun de repente, chamando a atenção de todos, atônitos.

– o quê?! – perguntou YunGi de olhos arregalados e Tae Hyeong se levantou do chão e olhou para o Alfa.

– você enlouqueceu? – perguntou o mais novo quase rosnando para o Alfa e Hobi olhou para cima, vendo gaivotas – o meu irmão e o Capitão caiu no mar e você está querendo ir para essa merda de ilha? – perguntou Tae Hyeong mostrando as presas.

– ele está certo – concordou Hobi e quando todos se viraram para si, o Alfa apontou para cima e todos olharam.

– o que tem no céu? – perguntou Jin se levantando do chão, a esperança brotando, tinha que terem um plano.

– gaivotas, indica que tem terra firme por perto, nesse caso estamos perto da ilha – explicou Hobi calmamente e os Ômegas olharam de um para o outro confusos.

– mesmo assim, não estou vendo a solução para encontrar Jimin e o Capitão... – resmungou Tae Hyeong massageando a fonte com os dedos e o Imediato tomou a frente.

– as ondas sempre empurram para a praia – explicou Nam Jun tomando o leme e dando ordem para a tripulação fazer o navio voltar ao curso – significa que a chance do Capitão e o Jimin ter sido levado para a areia, é grande – finalizou e os meninos arregalaram os olhos e se encheram de esperanças.