12|Até que me prove o contrário!

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CAPÍTULO 12

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CAPÍTULO 12

Treinado para matar! Acostumado com situações que muitos achariam loucas e desumanas

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Treinado para matar! Acostumado com situações que muitos achariam loucas e desumanas. Sua própria casa era imagem disso, a infância toda presenciando agressões e mortes. Uma criança em meio ao caos de um mundo cruel. Poderia ser ele diferente? Poderia ser ele a nunca ter que sujar as mãos?

Uma mãe que lutou com garra e até mesmo com a própria vida para proteger um fruto vindo dela. Uma vida inocente, criada para desabrocha apenas seu pior lado! — Sara Moretti tentou até seu último suspiro, manter a integridade de seu filho. Mas mesmo estando viva nunca havia conseguido isso.

Enrico até tentou ser bom, mas quando abaixou a guarda foi ferido. E agora era o que era! Ele já teve que ver seu próprio pai espancando a mãe, enquanto era obrigado a se manter parado no canto da sala e ouvir quê era isso que um homem de verdade fazia.

Cássio Moretti, nunca foi um bom homem! Na verdade, era um lunático e genocida. Que submetia o próprio filho a torturas, não ligando se ele tinha apenas seis anos — em sua cabeça isso o faria ser mais forte — E quando teve sua pequena filha, matou a própria mulher, achando que não seria mais necessária — até por quê, seu primogênito, já vivia e era treinado. A garotinha apenas havia sido um descuido da sua parte — Seu último feito sobre a terra antes de morrer, foi agredir a filha mais nova. Sua cabeça já estava fora dos eixos e sua mente a beira da loucura.

Ele batia na garota de apenas doze anos e a culpava pela morte da sua mulher — a mesma que ele matou após o parto doloroso que tivera — E o garoto alvo tão parecido com ele, observava tudo, sentindo as mãos se fecharem com raiva. Ele não era mais uma criança medrosa! Já era de maioridade e tinha força suficiente para sair daquele canto e lutar contra o próprio pai. E foi isso que fez quando pegou a arma caída sobre o piso da grande residência Moretti. Seus dedos engatilharam a pistola, logo descarregando o pente contra a cabeça do próprio pai.

Sangue do seu sangue!

Os olhos azuis nem piscaram contra o barulho alto, na verdade, o garoto já estava acostumado com o mesmo e com o peso do revólver nas mãos. Mas naquele momento, enquanto tirava o corpo sem vida do próprio progenitor de cima da pequena garota, sentiu um peso cair sobre seus ombros e uma névoa sombria rondar seu coração — Poluindo cada célula boa que ainda sobrava dentro de si! Deixando a essência genuína da criança que era, sumir junto com a casa que ateou fogo.

Minha Propriedade - Ciclos PerfeitosWhere stories live. Discover now