"Loucos por amarem. Loucos por sentirem. Loucos por se permitirem"
°°°°
Ela queria ser livre! Não precisar mais se preocupar em conferir se a porta estava bem fechada ou com o medo quando um estranho tentava arrombar a mesma. Não precisa de alguém p...
Oops! This image does not follow our content guidelines. To continue publishing, please remove it or upload a different image.
CAPÍTULO 29
Oops! This image does not follow our content guidelines. To continue publishing, please remove it or upload a different image.
Antiga Residência Moretti 24 de Abril, 2000/ 14:56 PM
O grito da criança presa dentro da cela era doloroso. Sua angústia era ouvida, era enxergada através de seus olhos ingênuos. E apesar do eco dentro do cômodo subterrâneo, os três garotos dentro da cozinha em meio a risadinhas baixas para ninguém os escutarem enquanto roubavam um pouco de comida, pareciam não ouvir o pedido angustiante de ajuda.
— Vamos, rápido seus lerdas! Suzy, vai nós pegar — sussurrou o pequeno moreno, tentando imitar uma voz séria, mas assim que encarou o amigo de cabelos tão escuros quanto os seus enchendo a boca com biscoitos de mel, ele não aguentou e caiu numa risada afobada enquanto tentava se silenciar com as próprias mãos.
— Meu deus, Richard! Vai com calma, os biscoitos não vão fugir — o garotinho alvo afirmou quando viu o amigo se engasgar com a comida.
— Aí porra! Vocês me vêem quase morrendo e nem me ajudam — acusou o pequeno Richard, se apoiando na bancada e seus olhos correram pelo cômodo até o outro moreno — Pare de rir, seu doente!
— Desculpe, desculpe..... Eu não consi...
— Faça silêncio, Matt! — pediu o pequeno Enrico enquanto botava um dedo na boca em sinal de silêncio.
— Não me mande calar a boca! — Mattias emburrou a cara, cruzando seus braços. Uma reação um tanto fofa e esperada de uma criança de seis anos.
— Estou ouvido passos, porra! Não é atoa que estou te mandando calar a boca — o menino alvo argumentou, não ligando por ter usado uma linguagem tão suja.
— Crianças!! — a voz femina preencheu o corredor, mostrando a aproximação na grande cozinha.
Os três garotos se encararam em desespero e ansiedade, rapidamente todos correram para pegar os pacotes de bolacha e as garrafas de água. Quando o garotinho alvo passou pela divisória da cozinha para os fundos da casa, a mulher mais velha entrou na cozinha. Observando o cômodo, agora vazio, com irritação. Até porque cuidar daqueles pestinhas, era sua responsabilidade.