A Tentativa de Fuga

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Autumn

*

Estava congelando. Os meus braços doem, as cordas pareciam doer cada vez mais. A pequena sela a one me trancaram só tinha uma janela, era pequena demais para que eu possa passar e não conseguia fugir.

Ouço passos longos por trás da porta de madeira, virei-me de costas para ela. Meu coração acelerou. Meu corpo tremeu. Abriu a porta da cela. Fecho os olhos com força assustado.

_  Criança!

Ergue meus olhos para o vampiro alto que adentrou o calabouço. Vestia roupas escuras e uma máscara escura que escondia seu rosto. Seus olhos eram vermelhos.

Ele segurava um prato com um pão e um copo de barro com leite e colocou na terra, ele virou-se para a sela de ferro.

_ Eiii!

Grito. Ele se vira para mim.

_ Caso vossa senhoria, não tenhas percebido, eu estou amarrado, como esperas que eu vá comer?!

Ele olha pra mim e para a corda em meus pulsos amarrados nas minhas costas:

_ Não!

_ E como vou comer?

_ Usa a boca!

Ele deu uma gargalhada amarga rouca que chacoalhou o lugar úmido. Saiu logo em seguida, trancando-o a porta.

"Vampiros desgraçados".

Pensei comigo mesmo.

Minhas pernas ainda estavam fracas, fazia horas que eu não comia. Era melhor comer, do quê nada. Arrasto na terra úmida que suja as mim vestes, não me importei com a pontada de dor que havia me causado. Quando alcancei o prato de barro, abri a minha a boca com a língua para fora bebo o leite como um gatinho. Estava gelado.

Bebi pela metade. E como o pão seco, inclino para baixo dou outra mastigada.

Merda. Isso estava horrível. Inclino para baixo de novo e mastigo com força. Os dois deixo pela metade.

Minha barriga doeu. Esse com certeza foi a pior refeição de todos. Lobos são mais gostosos. Meu estômago roncava. Estava doendo muito.

Eu preciso sair daqui. Olhei em volta do calabouço. Era sujo e fedia. As paredes eram feitas de barro. Minhas narinas arderam pelo odor forte.

Vejo um ferro cortado ao meio no canto da cela. Ótimo vai servir para pelo menos cortar a corda.

Levantei com esforço e me dirigi até lá. Virei de costas e mexi meus quadris de cima para baixo. A corda foi se cortando aos poucos. Mais um pouco, só um pouco.

A corda grossa se soltou e caiu no chão. Estou livre. Ou metade. Tanto faz. O que importa é que eu tirei a corda.

Massageava os meus pulsos doloridos que estavam avermelhados.

Preciso fugir. Puxo a vara de ferro pendurado na parede de barro. Puxo com força, tanta força que meu rosto ficou vermelho.

Grunhi ao usar toda a minha força para solta-la.

Minhas mãos arderam. Ficaram avermelhadas. Pressiono os pés descalços no chão, piso com força, ergo os braços __ aperto com mais força, a parede de barro começou a mostrar rachaduras. Estou sem fôlego. Não importa. Preciso fugir antes que vire almoço.

Puxo. Puxo. Puxo. Minhas mãos queimam. Isso dói. Que se foda a dor. Eu preciso fugir. Eu não quero ficar aqui. A parede se rachou e o barro úmido desmanchou sujando-o o chão.

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