Coração Despedaçado, Liberdade

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Autumn

*

Eu estremece. Minhas pernas estão tão trêmulas que não conseguia me manter em pé, apoiando as mãos na sua, segurei firme. Eu não queria, mais se os vampiros são fortes, se eu me transformar, vou poder finalmente ser forte, sem me depender de alguém.

Estou com medo. Eu não sei porquê eu disse isso, tipo, sou metade dos dois.

"Faz alguma diferença se eu despertar o meu lado vampiresco?"

_ Não.

Meu corpo fica em choque. Levantei minha cabeça em sua direção. Ele está com uma cara tão séria, ele largou minha mão na minha.

_ O quê?!

_ Você me ouviu bem coelhinho, eu não vou te transformar.

_ Mais eu quero que me transforme!

Ele franziu em cenho.

_ Tu não queres ser um vampiro. Estou sentindo seu medo, sinto seu cheiro de medo. Não queres, só queres por causa das forças, mais tu irá se arrepender de desejar isso. Vós não nascerá para ser um vampiro, não tem forças para isso!

_ Eu tenho sim.

_ Vai? Vai ter forças para machucar alguém? Vai conseguir segurar a tentação de não beber sangue humano?

Sinto meu corpo inteiro tremer.

_ Vai conseguir ver um humano e não ter desejo de beber seu sangue até que ele esteja sem vida? Me escute coelhinho, tu não faz ideia de como é realmente ser um vampiro, depois que beber sangue humano não vai conseguir segurar, vai ser um vício, não vai conseguir parar, demorei anos para conseguir controlar, até hoje tenho problemas para controlar. Eu não vou repetir duas vezes coelhinho. Acho que está noite já basta.

Ele me jogou na cama, sentei na borda da cama, ele se virou quase na porta quando parou.

_ Seu pai biológico estás aqui, no calabouço, estás aqui porquê ele queres de te levar daqui.

Meu corpo tremeu.

"O meu pai? O homem responsável por ser assim? Minhas mãos tremiam. Ele está aqui? Ele veio me buscar?"

_ Se vós quiseres que eu te levar pra ele conhecer você.

_ Eu não quero!

Minhas lágrimas desabrocharam. Senti nojo. Senti raiva. Senti aflição. Senti repugnação. Senti meu corpo inteiro tremia. Aquele homem, o que fez eu ser assim, eu sofri pelas pessoas da vila por causa dele.

"E ele está aqui?"

_ Vai me entregar à ele?

_ És claro que não. Tu és meu agora.

Virei meu rosto para ele.

_ Tu és meu prisioneiro.

_ És isso que tu achás que eu sou?

_ O quê achás que é? És um prisioneiro.

_ És isso que eu sou...

_ És isso que tú és... A gente não tem nada a ver um com outro. Tu não me queres e eu não te quero.

_ Isso mesmo, eu não te quero e tu não me queres. Então vá embora daqui...

_ Eu não consigo...

_ Porquê?

_ Por quê meu corpo não me obedece para sair daqui.

Olhei para ele, ele está perto da porta, mais não saiu. Como se seu corpo tivesse mente própria. Ele estava imóvel de frente da porta.

O Noivo Do Drácula Unde poveștirile trăiesc. Descoperă acum