A Ressurreição de Autumn

519 63 17
                                    

Autumn

*

Senti um gosto doce na minha boca. Lambe os beiços e senti o sangue na minha língua. Era o gosto dele. O gosto do Lorde Drácula.

Acordei em sobressalto, estava nu. Todo o meu corpo enfaixado nas feridas. Estava em um quarto diferente da última vez...

Era aberto, a visão de um céu Crepuscular. A cama gigantesca com lençóis brancos de seda de cetim e imensos travesseiros fofos. As paredes eram claras e o chão que era xadrez preto e branco. Ao me enrolar nós cobertores finos de seda caminhei para ver melhor as misturas de cores no céu. Uma visão tão bela que meus olhos se dilatam.

As árvores compridos que dava pra ver de tão longe aqui no castelo. Dava também para ver as distantes cidades que de onde estou parecem formiguinhas.

Ouvi a porta se abrir e uma mulher de vestido branco e o rosto tampado por um véu da mesma cor, ela me viu em pé e gritou como se tivesse visto um fantasma. Deixou uma bacia de ferro cheia de água cair no chão pelo seu espanto sujando-o o chão. Sem nem pensar duas vezes, a criada de Lorde Drácula saiu às pressas do aposento.

Eu até entendo o seu motivo de tanto espanto. Havia morrido e voltado. Eu estou em transição para ser um vampiro.

Voltei para a cama e Lorde Drácula adentrou o aposento causando um estrondo alto como jorrada de trovão. Num estante veio em minha direção e me roubou um beijo selvagem empurrando-a a sua língua para dentro da minha boca, sem eu dizer alguma coisa. Suas mãos desceram para as minhas costas cravando suas garras na minha pele.

Sua língua entrelaçou na minha me fazendo estremecer, grunhi sob seus lábios. Ele me jogou na cama e pulou em cima de mim, suas lágrimas pingaram em meu rosto. Meu rosto ficou corado junto do seu. Lorde Drácula estava chorando:

_ Meu coelhinho, você voltou para mim.

Ele beijou minha bochecha e depois o meu pescoço.

Afastei para ver seus olhos dourados.

_ Vós ligou a humanidade?

Ele estremeceu os lábios, estremece os meus, meus olhos se encheram de lágrimas. Agarro por um abraço.

_ Lorde Drácula!

Ele caiu em lágrimas de dor, em soluços agonizantes quase se sufocando. Agarro entre os dedos sob as suas vestes.

_ Está tudo bem, eu estou aqui.

Ele ergueu os olhos para mim com eles encharcados de tanto chorar. Pego em seu rosto com as minhas mãos te dando um beijo. Ele me correspondeu. Me ergueu para o colo com as minhas pernas de cada lado enquanto adentra sua língua na minha boca.

Suas mãos correram nas minhas costas até os meus quadris, as minhas mesmas em volta de seu pescoço cravando as minhas unhas sob a pele. Ele grunhiu entre os nossos lábios.

Desfiz o beijo e nossos olhos se entrelaçam:

_ Me desculpa pelo que eu disse ontem, não sinto pena de você. Desculpa se eu disse coisas ruins para ti.

Suas mãos tocaram em meu rosto limpando as minhas lágrimas.

_ Eu te perdôo, mais agora vós estás à precisar se alimentar. Estás em transição para ser um vampiro. Primeiro beba meu sangue e depois te trago um humano.

Nego e ele fez careta.

_ Se não completar a transição, tú irá morrer... Não vai mata-lo. Uma mordida apenas. O suficiente pra virar um vampiro.

O Noivo Do Drácula Where stories live. Discover now