Corte Outonal

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Autumn

*

Ouvi os cavalos e as rodas pararem. Escutei o chofer andar em direção até abrir a porta da carruagem, o chofer és um homem mais alto do quê eu os seus  cabelos eram negro ralo.

A sua pele era bronzeada os seus ombros largos e braços fortes, suas orelhas eram pontudas como os meus, eu tenho certeza que ele não és humano. Vestia uma túnica de couro azul marinho de manga longa de botão grossa e uma calça grossa da mesma cor.  Ele deu espaço para eu passar, desci da carruagem, olhei em volta, diferente do lugar do castelo Drácula.

As árvores são altas, aqui as folhas não são escuras como de lá, aqui são misturas de cores, marrons, vermelhos, amarelos e laranjas, o chão é coberto por folhas de diferentes cores, no longo do caminho uma ponte branca que dividia a floresta em dois.

_ Você vai ficar por aqui, vou lhe acompanhar e lhe mostrar como vai sobreviver aqui, no outro lado da ponte tem um chalé, tem cama uma lareira onde vai se aquecer. Tem algum robe que costumava fazer?

_ Gosto de usar arco e flechas, e gostava de pintar, mais parei pra eu me proteger e me virar, acho que faz tempo. Espera, eu não vou mais voltar para o castelo do Drácula? Eu estou livre?

_ Está sim. Nunca mais vai vê-lo, antes que aquilo aconteça.

Meu coração deu um nó, eu não entendia o porquê, mais me deixar aqui, sozinho?

_ Acontecer o quê?

Ele me encara sério.

_ Vós já deve saber, ele lhe contou o que tinha que te contar, vós não pode mais voltar, ainda bem o círculo foi parado a tempo, assim nenhum dos dois ficará juntos.

Aperto a mão no tecido macio da minha capa vermelha, sinto vontade de chorar.

_ Ele faz aquilo comigo e me jogas aqui?

Sinto raiva.

_ Eu sinto muito. O Lorde Drácula não quer nenhuma relação com...

_ ... Comigo eu já entendi...

_ Você não deixou eu terminar criança. Não tem nada a ver somente com você. Ele não quer nada com ninguém. Ele viverá pela eternidade sozinho. Foi a escolha dele. Ele já sofreu muito antes da sua morte. Se ele se vincular com alguém, ele tem medo de sofrer de novo, eu conheci ele antes da sua morte, era um garoto com uma vida miserável, ele não estava mais aguentando o peso de ainda estar vivo. Então escolheu a morte, mais nem isso ele conseguiu, ele só não quer que aquilo aconteça de novo.

_ Ele achás que comigo vai sofrer?

_ Não somente tu, criança, vós já sabes do quê estou falando, já estás sentindo o que ele sentia.

Senti um calafrio no meu peito, me virei para ele, eu estava distante dele, o vendo soava forte, balançando as folhas para o céu, as árvores balançando e as folhas caindo, a capa balançando contra o meu corpo, seu cabelo negro balançando, os braços cruzados para trás.

Eu senti um aperto no peito, eu senti um sentimento de vazio nele quando sai do quarto, mais achava que era maluquice minha achar que esse vazio era dele. Agora eu tenho certeza.

_ Esse sentimento de vazio nele era o que ele sentia quando era humano?

_ Sim.

_ Eu não entendo porque eu senti isso.

_ Faz parte do círculo íntimo, no começo senti uma ligação entre os dois, mais se ficar longe dele o círculo íntimo pode ser quebrado se ele ainda estiver no começo.

_ Eu não entendo.

_ Ele não sabia que isso acontecia.

_ Agora que sabes que és um vampiro e humano, vai entender um pouco mais o seu lado vampiresco, se continuar bebendo sangue de animais vai parar de sentir vontade de beber sangue dele.

_ Eu vou ficar aqui para sempre?

_ Sempre és muito tempo, quando sentir que estás forte, e conseguir sobreviver poderá ir pra qualquer lugar.

_ Então... Ele vai mesmo me deixar aqui?

_ Sim. O Lorde Drácula precisa de mim, tu deve saber como caçar então não vai ter problema.

_ Entendo.

_ Ele quer te proteger dele, não quer que nenhum de vocês saiam machucado, ainda tem tempo para que os dois não saiam machucado.
Venha me acompanhe, vou lhe mostrar o caminho.

Ele passa por mim até a ponte, comecei a ouvir o barulho das correntezas, segui para a ponte, olhei para baixo e vi a água cristalinas correndo, as águas se chocando contra as pedras, saímos da corrente e vi um chalé bem na minha frente, ao caminho uma trilha de pedras, aos redores árvores secas, galhos altos cheio de folhas vermelhas, marrons e laranjas.

Uma casa bem pequeno construída com pedras grossas, uma varanda feitas por madeiras, uma porta e duas janelas de madeiras, ele abriu a porta, nós entramos, o sol iluminava ao redor, de dentro já havia uma cama larga com um cobertor branco com desenhos de flores.

_ O Drácula deve gostar de flores, todos os lugares que eu tinha.

Ele sorriu.

_ Sim. Faz lembrar do vampiro que guiou ele quando virou vampiro.

_ Entendi.

Segui em frente, observando ao redor, de frente da cama uma lareira, do outro lado uma porta de madeira, eu abri lentamente, era o banheiro, uma banheira que era sobre o chão, tinha até degraus que descia, cabe duas pessoas nele, ao redor as paredes eram brancas formadas por desenhos de flores dentro de círculos.

Sai do quarto e fui para a porta dos fundos abri e sai da casa, a casa fica no meio de muitas árvores, as folhas caem de todos os lugares, vi Mor de dentro da casa me olhando.

_ Vamos praticar a caça para você se alimentar.

Ele sai da casa e passa por mim, na carruagem ele pega a bolsa cheia de flechas e arco, ele me entrega e partimos para dentro da floresta.

O Noivo Do Drácula Onde as histórias ganham vida. Descobre agora