A Queda da Corte Primordial

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Drácula

*

Já haviam passados semanas e os vampiros e os humanos que Atlas havia treinado para serem guerreiros, estavam prontos para irmos à corte de Lucy.

Tamilin se ajoelhou para mim só para eu levar ele, meu irmão quer se vingar pela morte de Altas. Este é o meu desejo também.

Sem carruagens, apenas as armaduras de guerreiros e cavalos estávamos prontos.

_ Espere!

Gritou uma voz familiar.

Ao me virar, vejo o coelhinho descer pelas escadas de meu castelo com vestes escuras de couro. Ele estava segurando um arco e flechas.

_ Vou com vocês.

Era uma má idéia, muitos vampiros e os lobos querem o meu coelhinho. Mais pelo seu olhar de aviso, pode ter certeza que não iria adiantar de nada falar alguma coisa.

Seguimos adiante, enquanto íamos correndo. Nossos guerreiros iam de cavalos. O coelhinho ia junto com eles, já que seu poder do lado vampiro ainda não havia despertado.

Ao chegarmos na corte, fomos cercados pelos vampiros. Correram em nossa direção com fúria. Desmontei do mesmo jeito, me lembro perfeitamente de decapitar as cabeças dos vampiros em um piscar de olhos. Os meus fiéis seguidores correram para cima deles.

Foi uma imagem linda de se ver. As flores de Primordial foi coberto por sangue dos vampiros. Os guerreiros que foram treinados pelo Atlas, se vingaram de seu leal companheiro, mesmo que houve mortes dos dois lados. Não é como não me importasse, todos nós sabíamos que os dois lados morreria.

No caso do mortal. O híbrido. Estava montando em uma égua, antes dela parar, o jovem saltou do animal segurando-o uma adaga que logo foi perfurando-se na nuca de um vampiro. O jovem parece não ter medo de nada. Vi seus olhos cor de abóbora cheio de arrogância ao matar os vampiros somente com uma adaga.

Eles cercaram o jovem pronto para atacar, num piscar de olhos estava na sua frente e arranco os corações dos vampiros com as minhas próprias mãos.

_ Obrigado.

Ele se levantou do chão limpando as vestes de couro preta sem nem me olhar nos olhos.

Ele arregalou os olhos para mim em um espanto. O jovem não abiu a boca, só fez um sinal para mim para virar meu corpo. Foi o que fiz, um vampiro veio para cima de com sangue nos olhos, mas o jovem foi bem mais rápido do que eu. Deu um salto acima do meu ombro posicionando as mãos contra o meu corpo para ir ao alcance do vampiro.

O jovem pulou dando uma cambalhota no ar, virou-se e prendeu-o em volta de seu pescoço com as suas pernas e colocou-se no chão virando-o quebrando-o seu pescoço e arrancando a cabeça do vampiro.

Me contive em não me ficar tão esperançoso com tal habilidade, havia mais vampiros vindo em nossa direção. Fomos divididos e cada um de nós separamos para cada lado da corte e atacamos os vampiros sem hesitar.

Não era uma coloração bonita de se ver, era tudo vermelho. Uma montanha de corpos decapitadas estavam na minha frente. Arfo.

Meu corpo estava cheio de sangue até nós meus cabelos, era uma visão monstruosa ao ver cadáveres espalhados pelo jardim. Os homens gritaram agonizantes por terem morrido, outros por ter conseguido matar os vampiros.

Foi correr para o outro lado da corte, me espantei ao ver os homens de Atlas mortos com crueldade. Os homens são fracos, e mesmo assim eles quiseram lutar. Mesmo sabendo que iriam morrer, isso faz com que sejam fortes. Me ajoelhei e tampo os olhos castanhos dilatados de um dos homens:

_ Descanse em paz, vai ver seu velho companheiro no paraíso.

Corri entre as lágrimas para o castelo do Lorde Lucy.

Não sou de chorar, nunca derramei lágrimas na minha vida. Não depois do quê houve comigo. Mas hoje, foi uma exceção. Os homens eram leais ao Atlas e morrerá dessa forma, tão deplorável. Me corta o coração.

Vi o mortal entre os corpos dos vampiros segurando um arco e flecha. Seu corpo estava uma bagunça. Coberto de sangue.

Virou-se para mim com os olhos dilatados e veio até mim.

_ E os homens?

Fiquei calado, coelhinho entendeu o meu silêncio e estremeceu os lábios. Caiu em lágrimas.

Lágrimas agonizantes e as mãos trêmulas. Me ajoelhei e limpei seu rosto:

_ Vamos nos vingar de todos e vamos para a casa.

_ Vamos. O Lorde Lucy está dentro do castelo.

Ouvi voz rouca de Mor que me fez levantar os olhos para ele. E estava coberto de sangue como o meu irmão Tamilin, seus cabelos dourados estavam sujos de sangue.

Fomos para o castelo e vi o Lorde sentado em seu trono.

_ Ora, ora, ora. Olha só quem veio das alturas para me ver.

Rosnou Lucy com ar de arrogância.

Senti vontade de vomitar. Fechei meus dedos em punho.

_ Vim acabar com você. Lucy, e logo vou acabar também com Kael.

Lucy caiu numa gargalhada amarga que chacoalhou o lugar como um tremor.

_ Tente, príncipe das trevas.

Ele correu num estante para cima de mim. Um borrão preto de cabelos brancos deu um sobressalto contra o vampiro e lhe deu um chute no ar.

Antes de Lorde Lucy alcançar o chão, coelhinho atirou várias flechas prendendo-o na parede. Tamilin foi o primeiro atacar, lhe deu um soco tão forte que dilacerou as paredes rachando-o. Descontou a sua fúria da morte de Atlas contra o Lorde.

Num piscar de olhos atravessei o grande salão para cima de Lorde e arranco sua cabeça. Para se matar um vampiro, não precisava de enrolação... Apenas arrancar o coração ou sua cabeça __ já é o suficiente.

Saimos do castelo de Lorde Lucy com a sua cabeça decapitada em uma das minhas mãos.

_ O quê vós vai fazer, Lorde Drácula?

A voz suave de coelhinho me preencheu. Ao me virar, vejo seus olhos cor de abóbora brilhar de alívio por ter matado o Lorde Lucy.

_ Vamos para a Corte Noturna e vou matar Kael. O Lorde dos Lobos. O Lorde da Corte Noturna.

O Noivo Do Drácula Where stories live. Discover now