Capítulo 07

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07/09/2025Dias Atuais Complexo dos Vingadores- New York City

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07/09/2025
Dias Atuais
Complexo dos Vingadores- New York City.

    A segundos os olhos não se desgrudam, elas por intuição própria sabiam quem eram, o que deveriam ser uma para a outra mas... Não. O papel dos quais aparentemente foram designados a elas como "tia" ou como "sobrinha" não podem ser atribuídos. Até agora não sabem definir a justificativa para isso, o coração só nega a possibilidade, desta vez uma negação de ambas, ambos os corações não batem para serem uma tia da outra sem justificativa alguma, e está tudo bem. Pelo menos desta vez está tudo bem.

     À mais ou menos uns cinco minutos significativos se encerrou a introdução da jovem nos novos Vingadores. Foi uma introdução rápida, foi apresentada como agente da liga, foi apresentada ao pessoal e só. Só isso. Agora por quererem falar, S/N pediu particularidade nessa conversa, acompanhada claramente, de Yelena.
    Mas talvez essa normalidade foi desfocada por alguém a toda reunião. A loira não tirava os olhos confusos e sentimentais da mulher a nenhum custo, não acreditava que ela viesse ou chegasse tão repentinamente, isso deve ser porque ouviu poucas vezes dela, também deve ser porque uma resposta pra uma pergunta sua nunca havia chegado tão rápido, tão inesperadamente, tão... Emocionante e desejante quanto foi essa.
    Desde o dia que teve uma conversa profunda sobre ela com Clint, desejou lhe ver, lhe conhecer, lhe tocar... Saber como era. E agora a viu, e criou um sentimento diferente do que achou criar pela casca. Por que pela casca? Porque obviamente não poderia sentir algo interior profundo em respeito a mulher, não a conhecia, como poderia?

    Já a mais nova já havia escutado Natasha comparar ela à Yelena algumas vezes, algumas de suas atitudes foram seriamente memórias das da Viúva para a irmã mais velha quando ainda viva. A mais implicante delas era criticar a pose de batalha, antes mesmo de Belova questionar na ironia sobre ela, S/N mais cedo alguns anos já havia dito sobre. Foi essa uma das comparações mais memoráveis da jovem, que nunca a fugiram a memória, fazendo questão de ficar e sempre marcar presença... Talvez Yelena fosse um nome muito bonito para ser esquecido ou jogado ao vento sem ao menos ser declarado segredo.
    Mas não era sempre que ouvia demais, Natasha nunca dizia muito sobre ela, nunca queria prolongar o assunto e como pessoa decente, S/N soube respeitá-los, escutando espontaneamente de sua mãe, ou só perguntando em segredo a "Mama" sobre ela. Foi assim que obteve a resposta do "Ela é a irmã mais nova de sua mamãe". O que a chocou por dias...

- Posso te abraçar...?- Yelena pergunta receosa. Sua emoção falava alto, falava que ela precisa de contato com a mulher a sua frente. Uma linda mulher.

- Claro...- A jovem recebe-a com carinho, sem nenhum receio.
   A primeira impressão que teve sobre Yelena foi a de vastidão, um vasto que precisa ser preenchido, aparentemente seus sentimentos são como o algo enterrado no vasto.

   Já nos braços calorosos da maior ela desaba, chorou porque finalmente pode vê-la, matar a curiosidade, porque finalmente uma resposta para seu recente conflito está a sua frente, ela chorou porque foi acolhida por S/N. Seu maior medo era o de rejeição, que a mais nova a rejeitasse como pessoa, a negasse de toda forma. Mas não... ela abriu seus braços quentes para a tê-la no meio deles e falou baixo calmamente ao pé de seu ouvido. Isso a fez se sentir melhor.

- Desculpa por chorar, eu devia ser mais forte...- Tenta conter suas lágrimas de caírem.

- Não, fique calma, transpareça, é disso que você precisa.- Seus braços apertam a mais velha cuidadosamente.- Conter sentimentos nunca é bom. Eles machucam quando acumulados, tentam achar um jeito de sair de uma vez, te machucando...

    Yelena por sua vez deitou gentilmente a cabeça no ombro da maior, apoiando, se acalmando. Ela a segurou mais firme, se conectando mais, criando segurança.
    A mais nova não faz questão alguma de separar o abraço, isso significa muito para ela, em anos não sentia que pertencia sentimentalmente a um toque. Esse. Esse é seu toque.

- Sabe... Eu não te imaginei como uma mulher, já assim...- Já era de se esperar, talvez teve essa ideia pelo jeito que ouviu Fury ou Clint falarem dela, eles usam palavras infantis ou delicadas demais quando é a se tratar dela, como se palavras fossem quebrá-la facilmente.- Te imaginei como criança, fraca, vulnerável, dependente...

    A agente coloca um sorriso de lado no rosto, do mesmo jeito que a nova Viúva.

- Já eu te imaginei mais velha agora, porque obviamente o tempo passa. Mas quando menor, te imaginei como criança também...- O cheiro do shampoo de Yelena é inebriante, nunca em seu sentido olfativo teve cotanto com esse cheiro, obviamente é novo para ela. O impressionante é que o cheiro da mulher combina com ela, tem um cheiro suave, talvez até destemido. Como descreveria? Muito bom.- Mas eu sou dependente quando me apego demais.

- Já me imaginou? Já ouviu falar de mim?- Essa parte lhe chamou a atenção de imediato.

- Já. Mamãe as vezes já me comparou com você.

- Em que?- Ela realmente está curiosa, não imaginou que Nat fosse falar dela.

- Algumas de minhas atitudes mais novas como... Ahm... Como gostar de música velha...

- Conhece "Miss American Pie"?- Sua voz contém uma pitadinha de esperança, quer identificação maior.

- Claro, é uma das melhores.

- Acha isso de verdade?

- Acho.- Dito isso, Yelena abre mais seu sorriso.

- Did you write the Book of Love?
And do you have faith in God above?
If the Bible tells you so (Você escreveu o livro do amor. E você tem fé em Deus
Se a Bíblia te disser que é assim?).- Canta baixinho, lembrando-se de um pedaço significativo para ela.

- Do you believe in rock 'n' roll?
Can music save your mortal soul?
And can you teach me how to dance real slow? (Agora, você acredita no rock'n roll? A música pode salvar sua alma mortal? E você pode me ensinar como dançar bem devagar?)- Puxa o resto da música, alegrando ainda mais a mais velha, ainda colada em si.

- Isso é bom...

- É, isso é bom...

- Até que pra uma primeira impressão, a sua não foi tão ruim sabe?- Yelena brinca.

- Nem a sua, Miss American Pie.- A risada baixa, rouca, divertida, da mais velha soou pelo espaço inoscentemente.- Por que você não me trás uma vibe de "tia"?

- Não sei, também pensei que você tivesse mais cara de sobrinha.- Ergue seu rosto para encarar o da mais nova que é claramente mais alta que ela.- É.. Você não tem cara de sobrinha.- Ergue uma sobrancelha em diversão.

- Eu tenho que ter cara de sobrinha?

- E eu tenho que passar a vibe de tia?

  Não houve estranhamento na introdução delas, não houve falsas palavras, não houveram preocupações, não houveram conflitos - como a mais velha temeu-. Houve o divertimento, talvez um pouco de maior liberdade, houve também reconhecimento, fusão, fusão de saberes, uma sabe como a outra se sente em questão de muitos questionamentos. Talvez houve compreensão...
    Por enquanto não falariam de radicais, não querem se assustar ou causar algum impacto negativo que deixará uma pequena sequela, talvez se andarem mais devagar podem se achar mais uma na outra, se conectarem como família.
  Mas... De algum modo esses assuntos tem que vir não é?

𝐈 𝐖𝐀𝐒 𝐀 𝐂𝐇𝐈𝐋𝐃 - 𝗬𝗲𝗹𝗲𝗻𝗮 𝗕𝗲𝗹𝗼𝘃𝗮 𝗫 𝗬𝗼𝘂.Onde histórias criam vida. Descubra agora