Capítulo 16

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Flashback 26/10/2024Ohio

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26/10/2024
Ohio

O dia finalmente viera a diminuir a claridade, o sol se esvai devagar, deixando para trás somente a umidade e temperatura que permanecem as mesmas, dezessete graus. Mas nada preocupante, isso não preocupa Yelena, na verdade, o que de fato preocupa a moça é a lembrança do documento de aceitação que deixou em sua cama, em New York, antes de vir para a casa de seus pais, pretende ficar somente o final de semana.
O nó na garganta arde, não sabe como seus pais reagirão quando contar, pois pretende contar nesta vinda. E de algum modo uma parte de si se arrepende, Natasha não suportou aquilo e aconteceu o que aconteceu. Não será a mesma coisa com ela?
E outra parte de si faz isso por ela. Natasha. E novamente porque anda sem rumo desde que saiu dos ThunderBolts, pelo mesmo motivo de se sentir sem um rumo, se sentir novamente na estaca zero... se sentir chateada por não poder culpar alguém.

Nada nunca foi fácil para a mulher, e quando aparentemente tudo estava dando certo, dá errado. Como um tapa na cara, um tapa tão forte que rapidamente atiça seus sentidos lacrimais, fazendo seus olhos despejarem lágrimas rapidamente, incansavelmente. E o engraçado é que, quanto mais chora, mais sente vontade de chorar. A angústia não sai do peito, e não se sente melhor ao olhar o papel da S.H.I.E.L.D, não lhe faz melhor pensar que honra Natasha daquele jeito, sequer queria que fosse assim.

Yelena se levanta da cama de seu quarto, rapidamente sente Fanny em seu encalço. Ela se dirige à sala de jantar, onde sua mãe põe a mesa para refeição e conversa com seu pai. Acredita que eles andam tão mais preocupados e cuidadosos com ela, como se fosse cair e quebrar por qualquer coisa. E essa é sua preocupação, se não aceitarem bem sua entrada aos novos Avengers por medo. Ela também está com medo.

- Hey querida!- Melina diz ao por os olhos na filha que se sentou a mesa, na cadeira de frente para ela.

- Sua mãe fez seu prato favorito hoje!- Alexei diz servindo vodka em copinho.- Quer antes?

Ele estende o copo para ela. Mas Yelena olha e recusa, parou de beber a um tempo, ela se obrigou a isso, se obrigou a deixar que Kate cuidasse de sua saúde, que ainda não é das melhores.
Rapidamente e consequentemente ela lembra de anotar na consciência de ligar mais tarde para Bishop, lhe dizer como foi seu dia, perguntar do dela, dizer como se sente e... falar sobre como foi depois que contar, está determinada em dizer hoje.

- Não pai, obrigada.- Diz baixo, tenta sorri para ele mas a angústia não deixa que faça direito.

- O que há?- Melina que observou as condutas, pergunta.

- Nada...?- Yelena assegura.- Só parei de beber, andava fazendo mal.- Dá de ombros sem ânimo.

Os pais se olham, entendem que é boa a escolha da mulher mais nova e ambos tem o pensamento de que é uma nobre atitude, a bebedeira é como uma cultura e deixar a cultura, por mais feio que seja, é totalmente fora de conforto. E ela parece decidida a sair pelo menos dessa parte da cultura construída. Entretanto, o que lhes chamam a atenção como pais é o comportamento dela agora, e antes. Desde a aceitação ela tem andado conturbada por sua cabecinha, mas eles não sabem que é em partes por isso, na verdade, não sabem de nada que vem acontecendo com a filha. Yelena definitivamente não é mais a mesma e eles definitivamente não são mais os mesmos, desde quando querem que ela não se meta mais nessas coisas, nesse ofício de missões ou morte? Antes não era um orgulho por isso? E quando ficaram tão pegajosos?
As respostas são tão óbvias, sendo todas, uma. Uma única palavra, talvez duas. Um substantivo. Natasha. Natasha Romanoff.
Não querem perder mais uma filha, a caçula, o bebê. É inadmissível que deixem ela ao menos se ralar.

𝐈 𝐖𝐀𝐒 𝐀 𝐂𝐇𝐈𝐋𝐃 - 𝗬𝗲𝗹𝗲𝗻𝗮 𝗕𝗲𝗹𝗼𝘃𝗮 𝗫 𝗬𝗼𝘂.Where stories live. Discover now