Capítulo 11

595 66 26
                                    

16/10/2014Complexo dos Vingadores- New York City

Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.

16/10/2014
Complexo dos Vingadores- New York City.

   
- Amor, eu falo tudo, eu penso tudo, eu sei de tudo, eu sinto tudo pelo seu olhar...- Wanda indaga desconfortada à Natasha que desde mais cedo não demonstrava estar diferente. Há algo entalado.

- Não, é que... eu adiei o treinamento de hoje dela.- Olha de lado em chateamento, mas claro que sabe que a feiticeira tem em mente todas os motivos prósperos que a levaram a fazer isso. Novamente tudo isso é preocupação pois um dia atrás a menina teve seu primeiro treino que resultou em muitas dores em seu corpinho, uma Natasha acordada à noite toda pronta com doses de ibuprofeno se precisasse, obviamente Wanda não ficou diferente, ela discutiu com a coordenação de regimento - como poderiam já introduzir treinamentos assim à ela?-, virou uma fera, e o termo "Fera" seria mesmo um eufemismo-.
      Todos esses ocorridos geraram um estranhamento radical qual esse nunca sentido antes foi. "É inadmissível colocar uma criança pra fazer isso tão cedo, desse jeito".

- Como? Eu não consegui de primeira.- Pega a mão gelada da namorada.
      Wanda também havia tentando antes da Viúva Negra. Ela tentou mudar alguns cronogramas pois indícios mostravam que iria invadir o horário da educação escolar - o mais necessário ao seu ver, no momento-. Mas claro, não conseguiu. Mais um ponto para a cabeça cansada.
     Wanda leva um instinto protetor materno imenso, a que fica o tempo todo em volta, o quanto pode, e foi instantâneo com a garotinha que já percebe as posturas de ambas perante tudo. Um conforto maior. Wanda é a figura doce instintiva, já Natasha a figura doce sentimental.

- Conversei com Fury, disse que eu tomaria conta dos alongamentos dela, que tomaria rédeas dos treinamentos, antes e pós...- Vira o rosto para a mulher.- Eu quero fazer isso de meu jeito, do jeito que ela não sinta tanto pois obviamente vai sentir, obviamente não é seu hábito. Fico preocupada, olhe o exemplo de ontem à noite! Duas colheres de sopa de ibuprofeno!- Volta a olhar para o nada, olhar vidrado, cérebro impaciente, sentidos em colisão ao que acaba de falar.

      Wanda junta seu corpo ao dela logo colocando seu queixo no pescoço da mais velha após deixar um beijo no local.
    Sua preocupação é a mesma da outra, um sentimento angustiante de dor se a outra - logo S/N- sentisse algo. O sentimento de medo repentino e insistente, intrigante por tanto sentir, tanto se presenciar em ambas.
   Talvez a menininha tenha chegado para isso... bagunçar alguns sentidos quais esses dormiam. Os de preocupação extrema, proteção extrema, determinação extrema, carinho extremo... É o que sente, o extremo de tudo.

- Vai ser o melhor a se fazer não é?- Pergunta em partes à si mesma que tem a resposta.

     Um suspiro exausto e audível é deixado escapar de Natasha, ah como queria estabilidade pra menina mais nova, como queria tirá-la disso tudo, como queria que ela não sentisse o que sente agora - Claramente é além das dores musculares-. Ela queria uma vida limpa, não que não seja, mas consequentemente pelo que escolheu seguir a vidinha dela será marcada, marcada de várias formas, dentre elas as piores possíveis. Morte. Caos. Dor. Sofrimento. Injustiça, e tudo isso são apenas gafes, há coisas maiores... E normalmente é o preço a se pagar quando escolhe o caminho que parece ser justo.

𝐈 𝐖𝐀𝐒 𝐀 𝐂𝐇𝐈𝐋𝐃 - 𝗬𝗲𝗹𝗲𝗻𝗮 𝗕𝗲𝗹𝗼𝘃𝗮 𝗫 𝗬𝗼𝘂.Onde histórias criam vida. Descubra agora