Capítulo 19

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Flashback24/10/2024Baixada secreta de Washington City

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Flashback
24/10/2024
Baixada secreta de Washington City.

        O silêncio no quarto quase sufocava. Mas houve necessidade daquilo por um tempo, agora é como uma tortura funda e seca em um coração quase moderado, que se obriga a voltar ao normal ainda. Há tanta dor e uma breve confusão mental... tantas coisas das quais não queria fazer, tantas pessoas quais poderiam ter sido resgatadas e as metades quais podem ser contadas nos dedos.

        Sentada e encolhida na cama, olhando para o nada, escutando o barulho da chuva forte, sentindo a inflamação de alguns cortes e dores no corpo, a jovem agente fecha o punho esquerdo sobre o coração, como se aquilo a ajudasse a sustentar as inflamações mentais e físicas.
       Lágrimas salgadas descem por seu rosto e passam por cortes vivos fazendo-os arder. Seu queixo bate forte, fazendo um barulho ecoar no interior da cabeça, o barulho das arcadas dentárias se chocando.

         Os pensamentos impressionados a assombram como um monstro incomoda uma criança a noite. Mas há culpa junto, ela não resgatou todo mundo, não é?
    E á uma inocência triste, inocência essa que nunca perdeu por completo... de quando era uma criança. E em partes isso a deixou rasgada, ela era uma criança daquilo. Aquilo era como um episódio de reprise para seu cérebro, para suas lembranças e para seus sentidos. Ela fazia parte daquilo e não era uma coisa boa. E embora nunca tenha chorado por isso após se dar conta de como veio, de onde veio, dos abusos... isso aqui, por outros olhos que um dia estiveram naquela outra visão sem brilho a baleou. Ela foi baleada por um choro de culpa e medo que antes não se deixou sentir. Aquilo lá pesou agora e ela sentiu, ela se permitiu sentir. E não é culpa dela. É culpa da necessidade.

        No quarto escuro ecoa os gemidos baixos, as lamentações e uma conversa interior. É como se pedisse ajuda a si própria, como se deixasse perceber que se perdeu e tentasse se achar mesmo nunca se perdendo antes. Pisando em territórios novos e sentindo uma dor antiga que agora é nova.

         Então, após horas sozinha ali, a porta do quarto se abre e um barulho mínimo de porcelana arrastando lhe passou pelos sentidos. E o corpo maltrapilho ali no canto do colchão se mexeu, ela olhou para trás e o viu ali. Então abriu os braços para que ele a agarrasse com a força que ela não tem.

- Oh minha garota...- David lamentou baixinho andando até ela, mas deixando a xícara no pirex na cômoda.

       Ele a abraçou forte então ela gritou, não só pela dor dor corpo, dos roxos, dos cortes, dos ardores, dos ossos... mas porque a dor não vinha de nenhum daqueles pontos. E porque também sentiu falta de ser acolhida quando chorava, de quando sentia dor.
        S/n passou os braços pelo pescoço do homem e os deixou amolecerem ali. O choro tão alto, a dor tão alta...

- Tá doendo, tá doendo tanto...- Ela chora escorando o queixo no ombro da figura paterna.- E eu quero que pare, por favor...

          O agente mais velho sentiu o corpo tremer e se arrepiar. Como deixou ela ir tão longe?

𝐈 𝐖𝐀𝐒 𝐀 𝐂𝐇𝐈𝐋𝐃 - 𝗬𝗲𝗹𝗲𝗻𝗮 𝗕𝗲𝗹𝗼𝘃𝗮 𝗫 𝗬𝗼𝘂.Tahanan ng mga kuwento. Tumuklas ngayon