Músicas curam almas despedaçadas

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S/n decidira passar a sua primeira semana ignorando a existência e exigência de seu lobo de ver Lizzie Saltzman. Tendo de fugir de cada local em que a sinfão se encontrava conversando, olhando ou estudando.

É claro que Lizzie havia percebido, não era atoa que ela se encontra andando de um lado para o outro treinando seu pedido de desculpas.

—Eu sei que eu errei, eu não tenho nada contra seu corpo defeituoso, quer dizer, eu até acho ele bonito.-Lizzie disparava falando com o vento.—Não é como se fosse o fim do mundo, aliás, algumas bruxas despertaram interesse nele, não estou dizendo que minha fala incrivelmente maldosa ajudou com isso. Talvez um pouco mas não é esse o ponto.

—Meu Deus.-Hope escorou-se na estante.—Está tentando pedir desculpas ou insulta-la ainda mais?.

Lizzie revirou os olhos.

—Quem abriu a jaula dos anões?.-Lizzie cutucou.

—É sério? Estou tentando te ajudar.-Hope gesticulou.

Josie adentrou a biblioteca sorridente indo de encontro com Hope. Tal sorriso que morreu rapidamente ao dar de cara com sua gêmea.

Josie havia aproveitado do momento da confusão de Lizzie e S/n para contar a irmã que namorava Hope Mikaelson. Despertando um surto ainda maior em Lizzie, fazendo ambas ficarem sem se falar desde de o acontecido.

—A tensão desse lugar só está aumentando, podemos por favor fazer o pedido de desculpas para a minha irmã que não falo desde o momento em que ela se isolou com seus fones?.-Hope tomou a fala.

Lizzie e Josie permaneceram em silêncio até que a loira cruzou os braços junto de um suspiro.

—Tudo bem, contanto que minha consciência fique limpa.-Lizzie sentou-se a mesa.

—Porque é tudo que importa pra você, é claro. Os sentimentos de S/n não está em jogo.-Josie se sentou na frente da irmã.

—Assim como o meu não esteve quando você decidiu me trair para namorar a minha inimiga mortal.-Lizzie rebateu.

—Ok, já chega.-Hope colocou os braços na mesa.-Vamos fazer uma coisa de cada vez, primeiro. Eu não entendo o motivo de você me odiar tanto, segundo, S/n está a beira de um surto catastrófico e terceiro, Josie queria contar desde o primeiro dia em que começamos a ficar, mas eu sabia que não iria dar certo por conta dessa rivalidade boba que você tem comigo.

—Primeiro, você interrompeu nossas férias de verão em família quando tacou fogo no seu dormitório, d.e p.r.o.p.o.s.i.t.o, segundo, eu realmente não queria dizer o que saiu na minha boca naquele dia, me pergunto o que aconteceu até hoje e por último, terceiro, se ela tivesse me contado, é óbvio que eu ia ficar chateada.

—Tá vendo.-Hope indagou.

—Mas eu iria aceitar, porque é melhor você Hope Mikaelson como cunhada do que a bruxa satan da penélope.-Lizzie se levantou.

E de repente tudo fez sentido para a sinfão mais velha.

—Espera aí.-Lizzie olhou entre as duas.-Na mesma noite em que vi você e Josie conversando, eu também vi Penélope e Landon.-Lizzie balançou o indicador.-Eles não pareciam querer que alguém ouvisse.

—Com o feitiço certo podemos fazer que nossos inimigos falem o que não queriam para machucar alguém importante para si.-Josie explicou se levantando lentamente.—O que significa..

—Que armaram pra gente.-Hope ativou os olhos de lobo brevemente.

Hope saiu da biblioteca com sangue nos olhos, as luzes do corredor em que a tríbida passara começaram a estourar.

A porta da frente abrira com um vento forte, Hope seguiu até o moinho onde se encontrava penélope conversando com algumas bruxas.

—Aí Penélope.-Hope chamou a atenção da morena.—Pensa rápido.

Hope usou um feitiço para jogar Penélope contra parede, fazendo as bruxas amigas de Penélope contra atacar, recebendo um feitiço de sono em troca.

S/n se encontrava no meio das flores, música alta em seus fones, concentrada no aroma ao seu redor até sentir algumas presenças por perto dali.

A Mikaelson virou o rosto minimamente avistando Hope prendendo Penélope na parede e quatro bruxas em frente a morena caírem

—Agora, bruxa satan.-Lizzie passou na frente de Hope.—Você vai me dizer o que fez comigo.

S/n tirou os fones lentamente enquanto se levantava para caminhar até o moinho.

A Mikaelson mais velha apressou os passos até chegar na velha casa e atrair os olhares para si.

—Quem vai me explicar o que está acontecendo?.-S/n olhou entre as três garotas.—Faz o favor de soltar a garota, Hope.

Hope deu de ombros e deixou Penélope cair no chão, fazendo S/n a olhar com a boca entre aberta.

—Assim não.-S/n indagou.

[...]

Depois que Lizzie, Hope e Josie fizeram Penélope explicar detalhadamente o que ela havia feito com Lizzie e o envolvimento do Landon em tudo. Hope e Josie levaram Penélope para a sala do Dr Saltzman, deixando S/n e Lizzie sozinhas.

—Eu..-Lizzie iniciou.

—Não precisa, não foi você quem disse as palavras.-S/n se levantou.—Não por vontade própria.

—Mesmo assim.-Lizzie sentou-se na escada da casa velha.—Eu fui uma idiota com você desde o momento em que chegou, colocando meus sentimentos acima dos seus, afinal, o Imprinting se trata de nós duas.-A sinfão olhou para S/n.—Mesmo que eu não saiba muito sobre.-Suspirou.

—O imprinting é raro de acontecer, não se ouvia falar dele a alguns anos. É quando um lobo encontra sua alma gêmea, ficando assim, protetor, e muita das vezes possessivo com sua/seu companheira/o.-S/n puxou o ar.—Mas não se preocupe com isso, eu sou capaz de controlar meu lobo.

—Como?.-Lizzie perguntou confusa.

—Músicas.-S/n sorriu.—Com a melodia perfeita, batidas sincronizadas e letras tão belas quanto o por do sol. A mistura destas três coisas é capas de curar um coração ferido.-S/n sorriu.—Não, é capaz de curar uma ferida mais profunda. Uma alma despedaçada por impurezas do mundo.

Lizzie se concentrava na voz calma e serena da ruiva em frente ao seu olhar.

—Afinal, Elizabeth.-S/n virou o rosto para a sinfão.—Pode parar de fingir que já não nos vimos antes.

Lizzie revirou os olhos e passou por S/n que soltara uma risada nasal. A sinfão parou na porta e virou-se para a Mikaelson que a olhava com curiosidade.

—Te vejo na aula de amanhã.-Lizzie correu de volta para a escola.

Deixando S/n com seu lobo agitado para trás.

—É claro, Elizabeth.-S/n sussurrou com um sorriso colocando os fones novamente.

S/n admirava o por do sol que iluminara a velha casa, sentia o aroma das flores se espalhando com o bater de vento contra elas.

Paz

É o que a Mikaelson sente no momento.

𝐎 𝐂𝐀𝐎𝐒 𝐏𝐄𝐑𝐅𝐄𝐈𝐓𝐎 [ Lizzie Saltzman e S/n]Where stories live. Discover now